<p>Embora essa pergunta foi feita há vários anos atrás, existem alguns equívocos que precisam ser corrigidos. </p> <p> O <code>*</code> não é o único quantificador guloso.<br> Os quantificadores gulosos são: <strong><code>?</code> <code>+</code> <code>{}</code> <code>*</code></strong><br> Por exemplo, o opcional <code>?</code> casa 0 ou 1 vez o elemento anterior.<br> </p> <pre> <strong>Texto ER Casou</strong> aa ...? aa aaa ...? aaa </pre> Veja que no segundo texto a ER casou com <strong><em>aaa</em></strong> em vez de <strong><em>aa</em></strong>.<br> Quantificadores gulosos sempre casarão com o máximo que ele puder.<br> No primeiro texto a ER casou com <strong><em>aa</em></strong> apenas porque não havia um terceiro caractere.<br> <p> Já o <code>{}</code> só não é guloso se você o usar na forma <code>{numero}</code>.<br> Como em <code>{3}</code>. Nesse caso ele é exato. <br> Nas outra formas ele também é guloso. </p> <p> Os quantificadores não-gulosos são: <strong><code>??</code> <code>*?</code> <code>+?</code> <code>{}?</code></strong><br> Ou seja, os quantificadores gulosos "colados" com uma <code>?</code> à sua direita.<br> Ao contrário dos gulosos, eles sempre casam com o mínimo possível. </p> <pre> <strong>Texto ER Casou</strong> aa ...?? aa aaa ...?? aa </pre> <p> Observe que embora o segundo texto seja maior, a ER ainda casou com <strong><em>aa</em></strong>.<br> Porquê? Porque o <code>??</code> não é guloso. Ele casou com o mínimo possível. </p> <p> Esses são apenas exemplos simples, e talvez não os melhores exemplos...<br> Bem, de qualquer forma, fazer procuras em arquivos de texto, cadeia de caracteres e validar entradas de dados é algo corriqueiro em programas.<br> Então se aprofundar em Expressões Regulares é uma boa ideia. </p> <strong><em>Editado</em></strong> <p> Um quantificador não-guloso mostra sua verdadeira utilidade quando há um elemento à sua direita. ele vai casando com os caracteres do texto, respeitando a quantidade máxima, até encontrar um caractere que também casa com o elemento à sua direita. nesse caso, ele, como um metacaractere cavalheiro, cede o caractere para seu vizinho, que então casa com esse caractere. </p> <p> Já o guloso vai casando com tudo que ele pode, respeitando a quantidade máxima, até ele não ter mais nada para casar. Então o fominha olha para sua direita, só para ver seu vizinho o encarando feio. Sob livre e espontânea pressão, ele vai descasando caracteres, um por um, da direita para esquerda, até encontrar o caractere que o seu vizinho ranzinza quer casar, cedendo esse caractere para ele. </p> <p> Para demonstrar, veja duas ER aplicadas no texto abaixo: <b>negrito</b><br> <p>parágrafo</p><br> <strong>importante</strong><br> <h1>título</h1><br> </p> <p> Com a ER <code><.*></code>: <code><strong><b>negrito</b></strong></code><br> <code><strong><p>parágrafo</p></strong></code><br> <code><strong><strong>importante</strong></strong></code><br> <code><strong><h1>título</h1></strong></code><br> </p> <p> E com a ER <code><.*?></code>: <code><strong><b></strong></code>negrito<code><strong></b></strong></code><br> <code><strong><p></strong></code>parágrafo<code><strong></p></strong></code><br> <code><strong><strong></strong></code>importante<code><strong></strong></strong></code><br> <code><strong><h1></strong></code>título<code><strong></h1></strong></code><br> </p> <p> A parte destacada e em negrito é o que a ER casou. Observe como a ER com o quantificador <code>*</code> casou tudo do primeiro sinal de menor(<) até o último sinal de maior(>). Enquanto a ER com o <code>*?</code> só casou com as tags html. </p>