# O seu problema real

O seu grande problema aí é que você está usando uma lista (`[]`) como argumento padrão no método `__init__` - como a linha `def __init__(self,caixa=[]):` é executada uma única vez, essa lista é criada apenas uma vez, e uma única e mesma lista vai ser usada em **todas as instâncias** da classe `f`.

Para arrumar isso, mude seu código para:
```python

class f():
    def __init__(self,caixa=None):
        self.caixa= caixa if caixa is not None else [] 
 ```
Pronto - com essa mudança, uma nova lista é criada a cada instância.


(claro que a classe `g` precisa da mesma mudança na declaração  do `__init__`)

Essa coisa da "lista ser a mesma toda vez que o `__init__` é chamado, pode parecer estranho, mas justamente, uma característica de Python é que não tem "exceções" - esse comportamento foi menos planejado, do que ser uma consequência de como a linguagem funciona. É que pra quem é iniciante não dá pra ter noção de como ela funciona de fato - o comando "def" que cria funções é executado quando um arquivo .py é importado - a execução do comando "def" cria um objeto "function" que é uma instância de "FunctionType". Um dos atributos de uma function é seu código. Outro dos atributos é os argumentos padrão - o objeto colocado como argumento padrão vira um atributo da Função e é o mesmo em todas as chamadas. 

Então, sim, o pessoal que é responsável por evoluir a linguagem sabe bem que é um comportamento anti-intuitivo, e é uma armadilha pra qualquer um que não estude a linguagem a fundo - mesmo que a pessoa tenha muita prática em outras linguagens - mas a opção foi no passado por não criar uma exceção nesses casos - e hoje nem que se pensasse diferente, não é possível mudar por conta da quebra de compatibilidade. O melhor negócio é entender essa característica e usar a seu favor. (E se uma IDE não alertar para o uso de uma lista ou um dicionário como argumento padrão, o certo era abrir um bug contra a IDE)


# O comportamento de  `a = a + b` e `a += b`

O comportamento do  `+=` é dado pelo método `__iadd__` se ele existir na classe do objeto da esquerda. Se não houver - o `__add__` é chamado (ou `__radd__` no objeto da direita) - e o resultado é identico ao uso de `x = x + y`.

Por convenção ainda, o `__iadd__` quando existe vai modificar o _próprio_ objeto (self) - e o `__add__` vai criar uma outra instância.

Então, tipicamente a implementação vai ser algo como:
```
class F:
   def __init__(self, valor):
        self.valor = valor
   def  __add__(self, other):
       return type(self)(valor=self.valor + other.valor)
   def __iadd__(self, other):
       self.valor += other.valor
       return self

```
No caso de listas, e outros objetos mutáveis, é exatamente o que acontece. Então `lista1 += lista2` vai modificar a lista 1 internamente, já 
`lista1 = lista1 + lista2`  vai criar uma _nova_ lista que é a concatenação das listas lista1 + lista2 , e guarda o resultado disso no nome `lista1`, sobre-escrevendo a referência anterior. 

Se você tem alguma referência a lista1, antes da linha `lista1 = lista1 + lista2`, essa referência **não** vai ver alterações, e vai continuar apontando pra "lista1" original.  

# Entendendo o seu problema baseado nessas duas coisas:

É simples: a linha 
`self.listaFs[0].caixa= self.listaFs[0].caixa + ['ok']` cria uma NOVA lista que vai ficar em `a.caixa` -e então os objetos `b` e `c` ainda vão compartilhar a mesma lista- mas `a.caixa` fica sendo uma lista independente.

Enquanto que a linha: 
`self.listaFs[0].caixa+= ['ok']` altera a mesma instância da lista, que está no `a.caixa` -e aí, como ela permanece compartilhada nas instâncias `b` e `c`, você vê essa modificação olhando por aquelas instâncias.