Eu concordo que o ideal seria retornar `true`. O texto da pergunta é bastante confuso e quer que algo seja verdadeiro, mesmo sem ser. É como dizer "eu ando e tudo parece plano, não sinto a inclinação do terreno, portanto a Terra é plana". Em sua defesa tenho que dizer que JavaScript fez algo bem confuso com isso (não só isso). Também está certo na ideia de comparação de endereços de memória, é isto que está fazendo. Se você cria dois objetos na memória, cada um ocupa um lugar diferente, então eles possuem endereços diferentes. Como comparar esses endereços e querer que eles sejam igual, portanto dar `true` nessa tentativa? Essa é a parte que menos faz sentido. Basta tirar essa ideia equivocada da cabeça. > Sendo que ao comparar o mesmo endereço de memoria era pra retornar verdadeiro Não é o mesmo endereço, simples assim. > a comparação está sendo feito pelo mesmo construtor Isso não faz sentido algum, isso não existe. Talvez queria dizer "a comparação está sendo feita com objetos que foram criados com o mesmo valor no construtor". Se a dúvida fosse porque comparar dois objetos que são números simples dá `true` para a igualdade, e com o `Date` isto não acontece, faria mais sentido. E a resposta já está na pergunta. O `Date` é um objeto por referência, e falar em endereços na pergunta mostra que sabe disso. Um tipo que tem semântica de valor compara seu valor e não o endereço onde o valor está, então aí o mesmo conteúdo deveria dar igual, mesmo que os objetos estejam em endereços diferentes. Eu odeio a ideia de comparar objetos pelo seu endereço, isso é errado (pode ter esse mecanismo como algo secundário para algo específico, mas não o padrão). Java errou nisso deixando os tipos por referência comparar pelo endereço da referência e não pelo seu valor. A maioria das linguagens erram, segundo minha opinião, porque permitem que os tipos sejam assim, ainda que permitam que não sejam e alguns dos padrões seguem a semântica de valor, especialmente no tipo `string` que é fonte de confusão porque ele quase sempre é um tipo por referência, mas semântica de valor. Em Java nem `String`, nem `Date` são comparados por valor usando o operador de igualdade. Curiosamente JavaScript acertou em dar a semântica correta para o tipo `String` comparando por valor e não por referência, mesmo o tipo sendo assim. Mas por que diabos o `Date`, que é muito mais um tipo por valor, não tem essa comparação? Aí você pergunta para o Brendan Eich que criou a linguagem. E a resposta provavelmente será algo como "eu tinha dois meses pra entregar, não deu muito para pensar nisso, saiu assim e não deu mais para arrumar depois quando começaram aparecer programadores para usá-la" (no começo programadores sérios não usavam JS, demorou para perceberem o erro). Então a confusão da linguagem é essa, em um tipo muito mais óbvio que a comparação deveria ser pelo seu valor, mas não é assim, compara pelo endereço. Eu adoraria mostrar para você que os endereços de memória são diferentes, mas não há como pegar o endereço de um objeto, a linguagem achou melhor não ter essa possibilidade, então acredite em mim, as variáveis `d1` e `d2` tem endereços diferentes. E por ser um objeto por referência o valor dos objetos referenciados por essas variáveis podem ser iguais ou não, tanto faz. Aí se você pode usar a lógica e pensar que se não pode pegar o endereço da memória como ele compara os endereços? Sim, isso é outra confusão da linguagem, a linguagem faz isso mesmo sendo uma exceção a regra. Por isso que eu questiono que JS seja uma linguagem fácil, linguagens fáceis não possuem exceções, pelo menos não para coisas sem necessidade. Ela teve a enorme oportunidade de ter só comparações por valor. Ou deveria assumir que endereços de memória existem e devem ser usados em qualquer situação, ou seja, serem de [primeira classe][1]. Em todas as tecnologias deve usar um mecanismo depois de ler a documentação, porque se está documentado (mesmo sendo maluco), poderá usar de forma adequada e entender essas maluquices que escolheram fazer. Não use `Date` sem dominar tudo que [está lá na doc][2]. A parte boa é que em uma versão futura poderá ter uma API melhor de tempo e podem resolver isso, ainda que não possam resolver todos os códigos que usam e vão continuar usando a API antiga. Quase todas as linguagens tem uma API de tempo errada e precisam ou precisaram ser melhoradas. Por sorte tem uma forma de comparar por valor, e aí daria `true`. Você pode pegar um valor numérico simples e fazer a comparação por valor. Execute e veja: <!-- begin snippet: js hide: false console: true babel: false --> <!-- language: lang-js --> var d1 = new Date(0); var d2 = new Date(0); console.log(d1 == d2); console.log(d1 === d2); console.log(d1 != d2); console.log(d1 !== d2); console.log(new Date(1) > new Date(0)); console.log(d1.getTime() === d2.getTime()); <!-- end snippet --> Notou uma coisa pior? Quando compara se é maior ou menos aí ele dá a resposta por valor? Então eu te pergunto: por que as pessoas gostam dessa linguagem? É sempre bom questionar, principalmente quando parece estar tudo certo, até porque o que parece certo pode estar errado e só parecer, por exemplo que a Terra parece plana. Esse exemplo por sorte deu errado e obrigou a questionar. Não conte com a sorte. [1]: https://pt.stackoverflow.com/q/227485/101 [2]: https://developer.mozilla.org/en-US/docs/Web/JavaScript/Reference/Global_Objects/Date