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Anthony Accioly
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Correto é relativo nesse caso. Você está lidando com uma limitação do JPA e quer encontrar a alternativa mais limpa para contornar o problema. Seu código funciona, mas realmente é estranho criar uma superclasse mapeada só para ter algum lugar para estacionar sua named query.

É claro que existem alternativas para sua solução. Cada uma com seu prós e contras.

1. "Emprestar" o escopo de alguma outra entidade relacionada ao problema.

Como Dijkstra3 é um POJO simples você não pode mover a named query para essa classe. Dito isso, talvez você tenha alguma entidade relacionada. Por exemplo, talvez a sua tabela ways esteja mapeada para uma entidade Way no sistema. Como no fundo essa é uma consulta indireta a tabela ways, eu não veria nenhum problema em definir a consulta no topo dessa entidade.

2. Mover a query para um arquivo XML

Essa também é uma opção, por exemplo, usando META-INF/orm.xml:

<named-native-query name="GetDijkstra" result-set-mapping="DijkstraMapping">
    <query>SELECT * from pgr_dijkstra('SELECT gid AS id, source, target, length AS cost FROM ways', 11111, 22222)</query>
</named-native-query>

<sql-result-set-mapping name="DijkstraMapping">
        <constructor-result target-class="meu.pacote.Dijkstra3">
            <column name="seq" class="java.lang.Integer"/>
            <column name="path_seq" class="java.lang.Integer"/>
            <column name="node" class="java.math.BigInteger"/>
            <column name="edge" class="java.math.BigInteger"/>
            <column name="seq" class="java.lang.Integer"/>
            <column name="path_seq" class="java.lang.Integer"/>
        </constructor-result>
</sql-result-set-mapping>

3. Fazer a sua consulta diretamente

Você não precisa definir uma named query, como você tem acesso direto ao EntityManager basta fazer a consulta diretamente usando o SQL. Por exemplo, chamando os métodos createNativeQuery ou createStoredProcedureQuery no seu repositório.

Query query = em.createNativeQuery("SELECT * from pgr_dijkstra('SELECT gid AS id, source, target, length AS cost FROM ways', 11111, 22222)", "DijkstraMapping");
 @SuppressWarnings("unchecked")
 List<Dijkstra3> lista = query.getResultList();

É claro que nesse caso DijkstraMapping precisa ter sido definido em algum lugar. Alternativamente você pode não usar o mapping e mapear a o resultado (List<Object[]>) manualmente ou utilizando uma biblioteca como MapStruct.

4. Usar uma biblioteca em cima do JPA

Como você percebeu o JPA tem suas limitações e já está mostrando sua idade. A última versão do JPA (2.2) é de 2017. Desejo toda a sorte do mundo para o projeto Jakarta EE, mas até agora tudo o que tivemos foi rebranding e renaming de pacotes (o Jakarta Persistence 3.0 é o JPA 2.2 em outro pacote). Quem sabe o Jakarta EE 10 não trará algumas novidades para a especificação de persistência.

Enquanto isso libraries como Spring Data vão ganhando espaço. Como você já está usando Spring talvez valha a pena considerar algo assim. Com Spring Data JPA, por exemplo, você pode combinar a anotação @Query com projeções para fazer o que você precisa (Para mais detalhes, veja essa resposta do usuário Michal Stochmal no Stack Overflow em inglês):

@Query(value = "SELECT * from pgr_dijkstra('SELECT gid AS id, source, target, length AS cost FROM ways', ?1, ?2)", nativeQuery = true)

List callDijkstra(int source, int target);

Em algumas situações inclusive vale a pena tirar o JPA e o Hibernate da jogada. Você pode sempre trabalhar com uma abstração em cima do JDBC como o Spring Data JDBC, JOOQ ou JDBI. Eu admito que apesar de ter criado a tag aqui no Stack Overflow em Português, hoje em dia quando a escolha tecnológica cabe a mim eu dificilmente parto diretamente para um ORM.

Anthony Accioly
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