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Complementando.
Victor Stafusa
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Alguns mecanismos diferentes dos citados:

  • Corotinas.

  • É possível também fazer com criação de subprocessos, onde um processo inicia uma cópia de si mesmo. Alguns vírus/worms de computador fazem isso. Uma ou outra vez eu vi sendo usado em um programa legítimo, mas é raro.

  • Função que agenda a si mesma para executar novamente. Exemplo em javascript:

    function teste() {
        alert("Hello");
        setTimeout(teste, 3000);
    }
    teste();

  • Função que é executada periodicamente. Exemplo em javascript:

    setInterval(function(){ alert("Hello"); }, 3000);

  • Muitos vírus/worms enviam a si mesmo para outros computadores através da internet, iniciando então uma nova execução de si mesmos em um outro host da rede. Isso também é uma forma de repetição.

  • Uso de falhas de buffer overflow em C permite que alguns truques sejam possíveis ao escrever-se diretamente na memória que representa a pilha de execução ou o código sendo executado, e com isso é possível fazer com que:

    • Uma função x chama uma função y. Mas quando y retorna, ela vai retornar para um ponto de x diferente de onde y foi chamado.
    • Uma função x chame uma função y. Mas quando y retorna, ela vai retornar para o meio de uma função z completamente diferente de x.
    • Uma função que escreve uma cópia de si mesma em algum lugar da memória e chama essa nova função recém-criada.
    • Uma função que altera o seu próprio código a medida que está sendo executada.

    Enfim, essas maluquices eu só vi em quatro lugares diferentes: (a) vírus (que fazem isso para mascarar o seu propósito e dificultar a engenharia reversa); (b) exploits de falhas de segurança; (c) códigos de proteção contra pirataria e (d) [IOCCC](https://www.ioccc.org/).

Não é muito difícil reduzir o problema de definir o que é ou não de uma forma nova de repetição ao problema da parada. Isso implica que o número de formas de se definir estruturas que repetem é essencialmente infinito. Sempre haverá algum método mais novo e mais sofisticado de fazer isso, não importando quantos métodos anteriores já tenham sido inventados. Ocorre que a maioria dessas formas ou são coisas de nichos e situações bem específicas ou são coisas malucas demais para ter sentido de ser feito por meros mortais. De qualquer forma, a resposta para a pergunta "na programação há algum outro meio de se realizar loops?" é afirmativa.

Victor Stafusa
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