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Maniero
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ADVPL em essência é o Clipper (piorado). A linguagem possui uma coisa chamada escopo dinâmico, umas das piores invenções da computação. Mas não é um grande problema, porque este mecanismo é totalmente opcional, você pode usar variáveis locais como qualquer linguagem e ter o escopo léxico normalmente, sem prejuízos. Todo bom programador sabe que não deve escopo dinâmico.

O escopo da variável é determinado pelo momento da execução que ela foi criada e sobrevive e é visível até que o escopo esteja ativo ainda, mesmo que o escopo léxico seja outro. Ou seja, a variável é criada em uma função e todas as funções que ela chamar e as que foram chamadas na pilha toda, a variável existe e é visível normalmente, ela só deixa de existir quando finalizar a função que a criou. Ela é criada por padrão se não colocar nenhum atributo modificador de escopo ou se for explícito e declarar a variável como private.

É uma espécie de variável pública global, onde esta tem o tempo de vida por toda a aplicação a partir do momento que é criada e sempre é visível, mesmo fora (depois de finalizar) de onde ela foi criada, só que a variável privada tem i escopo um pouco reduzido, já que ela só exite pra cima da pilha e não pra baixo.

Você pode pensar, public é pior que private, já que tem um escopo muito mais amplo, certo? Na teoria sim, na prática não. Na prática todo programador sabe que public é perigoso demais e evita o seu uso (nenhum código Clipper/Harbour precisa de public ou provate para ter todo seu potencial, é recurso completamente desnecessário, teste ADVPL também poderia, mas na prática não), enquanto que a variável private (escopo dinâmico) o programador se sente seguro e usa como se a variável fosse tão privada assim, e não é bem assim como já mostrado acima.

Mas advinha? Protheus é todo desenvolvido com private em mente. Você tem que adivinhar quais são as variáveis que estão no escopo naquele momento. e podem ser centenas. E tem que tomar cuidado para não criar uma nova no escopo dessa função porque pode conflitar com a "privada" já existente. É uma loucura, é insano, até para uma aplicação pequena, imagina para uma com milhões de linhas com pilhas de chamadas de dezenas de funções.

Então em seus códigos só use local (ou static em alguns raros casos), não use public ou private em hipótese alguma. Mas consuma as variáveis existentes declaradas assim pelo sistema. Elas acabam fazendo parte do contrato, da API. Considere elas sempre como se eles tivesse sido recebidas como parâmetro.

Aí você pensa: deve ter documentação mostrando todas as variáveis em cada função. Mas não tem, primeiro porque a documentação é fraca, segundo porque quase não faz sentido. Dependendo da ordem de chama serão outras variáveis. A sua função não tem documentação, e é na sua função que elas estarão disponíveis. Depende de quem chamar para mudar as variáveis. É na tentativa e erro, e olhar na depuração quais a variáveis que estão lá agora (o que pode ser diferente dependendo da versão (é ruim assim mesmo).

Lamento você ter que passar por isto.

No seu exemplo makeUniJson() "exporta" a variável _cTabela para todas as funções que ela chama ou as outras que vão sendo chamadas por elas, deve ser o caso de Conv2Json(). Não tem o que fazer para impedir isso, a não ser no seu código que não crie novas variáveis assim. Prefira só exportar o que precisa por parâmetros, como em qualquer linguagem sã.

Maniero
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