Assumindo de que se trate de um projeto legado ao qual não se possa alterar a hierarquia das classes sem um grande impacto, sugiro que aplique o design pattern: VISITOR.
A intenção do VISITOR é permitir que você defina uma nova operação para uma hierarquia sem alterar as classes de hierarquia. [Steven John Metsker, William C. Wake - 2006, 340 p.]
Procurando responder: porque é que a função contaAlunosLicenciatura esta a devolver 0. Bom, acredito que seja porque na hierarquia a classe pai não sabe quais as suas classes filhas, mas os filhos sabem qual é o pai. A classe filha tem que se comportar como a classe pai:
O Princípio de Substituição de Liskov
Novas classes devem ser lógicas, extensões consistentes de suas super-classes, mas o que significa ser lógico e consistente? Um compilador de Java assegurará um certo nível de consistência, mas muitos princípios de consistência vão esquivar um compilador. Uma regra que pode ajudar a melhorar seus projetos é o Princípio de Substituição de Liskov [Liskov, Barbara,1987], que pode ser parafraseado da seguinte maneira: Uma instância de uma classe deve funcionar como uma instância de sua superclasse. [Steven John Metsker, William C. Wake - 2006, 295 p.]
Chega de teoria, agora na prática:
public interface AlunoVisitor {
void visit(AlunoLicenciatura al);
}
Aluno.java
public class Aluno {
private int numero;
private String nome;
private boolean isAlunoLicenciatura = false;
public Aluno(){
this.nome="";
this.numero=0;
}
public Aluno(int numero,String nome){
this.nome=nome;
this.numero=numero;
}
@Override
public boolean equals(Object obj) {
if (obj instanceof Aluno) {
Aluno aluno = (Aluno)obj;
if (aluno.numero == this.numero)
return true;
}
return false;
}
protected boolean isAlunoLicenciatura() {
return isAlunoLicenciatura;
}
protected void setAlunoLicenciatura(boolean isAlunoLicenciatura) {
this.isAlunoLicenciatura = isAlunoLicenciatura;
}
}
AlunoLicenciatura.java
public class AlunoLicenciatura extends Aluno
implements AlunoVisitor {
private String curso;
private ArrayList<Disciplina> l_dis;
public AlunoLicenciatura(String curso,Aluno a){
super(a.getNumero(),a.getNome());//recebe o numero e o nome de aluno do objecto do tipo aluno ,neste caso, a1 de acordo com o main
this.curso=curso;
this.l_dis=new ArrayList<Disciplina>();
this.visitor(a);
}
@Override
public void visitor(Aluno a) {
a.setAlunoLicenciatura(true);
}
}
P8.java
public class P8 {
public static int contaAlunosLicenciatura(ArrayList<Aluno> a){
int c=0;
for (int i = 0; i < a.size(); i++) {
Aluno aluno = a.get(i);
if(aluno.isAlunoLicenciatura())
c++;
}
return c;
}
public static void main(String[] args) {
Aluno a1 = new Aluno (1, "Gervasio");
Aluno a3 = new Aluno ();
Aluno a4 = new Aluno ();
AlunoLicenciatura al1 = new AlunoLicenciatura("Curso1",a1);
ArrayList<Aluno> v=new ArrayList<Aluno>();
v.add(a1);
v.add(a3);
v.add(a4);
int Stlicen=contaAlunosLicenciatura(v);
System.out.println(Stlicen);
}
}
Importante ter em mente o seguinte:
O VISITOR é um padrão controverso. Alguns desenvolvedores evitam consistentemente aplicá-lo, enquanto outros defendem seu uso e sugerem maneiras de fortalecê-lo, embora essas sugestões geralmente adicionem complexidade. O fato é que muitos problemas de design podem acompanhar o padrão VISITOR. [Steven John Metsker, William C. Wake - 2006, 353 p.]
NOTA: A sugestão acima é uma dentre muitas possíveis. Sei que pode adicionar complexidade, mas impelentar um design pattern requer uma análise de impacto e os respectivos custo X benefícios. Não impelemente um padão apenas por implementar.
Espero ter contribuído.
Referência:
[Steven John Metsker, William C. Wake - 2006], Addison-Wesley Professional; 2 edition (April 18, 2006), DESIGN PATTERNS IN JAVATM: Software Patterns Series.
[Liskov, Barbara,1987]. Data Abstraction and Hierarchy. SIGPLAN Notices, volume 23, number 5. May 1987.