Eu resolvi responder porque parece ainda ter fica dúvidas em relação a resposta do Renan.
Que fique claro que os antivírus não precisam e não se preocupam com o código fonte da aplicação.
Existem principalmente duas estratégias para detectar um vírus.
- uma delas é procurar por uma assinatura no código executável mesmo. Ele verifica se tem uma certa sequência de bytes que é sabido anteriormente que aquilo é um vírus.
- outra é analisar se há chamadas à certas APIs ou padrões de código de uma certa forma que podem ser usadas para causar problemas. Por isto há falsos positivos em certas aplicações.
Certamente existem outras estratégias, é possível até mesmo verificar algo durante a execução ou pode interceptar certas chamadas de APIs.
O que o Renan falou é que tudo o que uma aplicação faz está disponível para consulta. Todas instruções que um processador executará e tudo o que a aplicação invocará na aplicação está codificado em um binário. Todos aqueles bytes tem um significado que pode ser entendido por quem sabe (o processador por exemplo), não é algo aleatório ou criptografado. Só é um pouco mais complicado de um humano entender.
Se meu código é compilado e não dá pra saber como foi escrito, como os antivírus sabem que ele pode ser perigoso?
Dá para saber como ele está escrito (em forma binária), não dá para saber o exato código fonte.
#Descompilar
Se tem um programa no seu computador você não tem o código fonte, mas é possível obter algo próximo ao código fonte que gerou aquele binário. Não obterá algo igual, faltará comentários, nomes de símbolos locais, e talvez até símbolos públicos modificados, e o fluxo exato não será o mesmo, apenas criará o mesmo resultado.
Descompilar é especialmente possível em linguagens que usam bytecodes e metadados. Mas quando o código é ofuscado se torna bem mais difícil conseguir resultados usáveis.
Mas não é exatamente um processo fácil e está longe de gerar bons resultados na maioria dos casos.
O objetivo do antivírus não é obter o código fonte, é apenas entender o que o binário faz.
#Proteção de fonte
Essa ideia de linguagem interpretada e compilada já é errada.
É possível roubar código de qualquer aplicação.
Essa ideia de roubar código fonte é dito por ingênuos e leigos. Código bom é complexo demais para ingênuos entender e para especialistas se interessarem em roubar aquilo. Códigos toscos só seriam de interesse de pessoas muito fracas. Dica, a imensa maioria dos códigos escritos são bem toscos e não servem como referência para ninguém. Em geral autores de códigos toscos é que querem se proteger.
Como curiosidade o código do Windows foi vazado e não obtido por engenharia reversa, por isto tem até os comentários.