Por causa do termo usado eu entendi outra coisa, Fica a resposta abaixo como complemento.
Ser independente do .NET Framework é diferente de ser independente de qualquer coisa.
É possível criar um executável nativo usando C# ou outra linguagem padrão .NET com .NET Native. Ele é um conjunto de ferramentas que permite converter o CIL para binário nativo da plataforma. Claro que possui uma biblioteca que age como o runtime da linguagem que é necessário. Por exigência do C# esse runtime não consegue ser tão pequeno assim, mas é bem menor que o .NET Framework e pode ficar todo contido dentro do próprio executável nativo.
Essa exigência de não ter mais nada só pode ser atendida por Assembly em mais ou menos C, mesmo assim fazendo algo bem básico. Entenda como o .NET funciona. Dá para reduzir parte de infraestrutura toda, mas não dá para eliminar tudo sem impossibilitar a linguagem de ser o que é, de dar a segurança normalmente oferecida.
Tão pouco dá para funcionar sem várias das classes da BCL. A linguagem se suporta em cima de muitas delas e mesmo as que não são dependência direta da linguagem ainda são usadas na maioria das aplicações. É claro que um executável autocontido não precisa ter mais que o código usado, não precisa carregar toda BCL ou FCL. Igual em toda linguagem. Mesmo C depende de uma biblioteca. Eu só não sei dizer se é inteligente o suficiente para separa o que usa em cada classe ou precisa colocar ela toda, ou ainda toda unidade de compilação se for um linker. Tem caso que nem pode correr o risco de eliminar certas coisas.
Claro que algumas funcionalidades podem ser comprometidas sem a plataforma completa. Reflexão mesmo é um pouco limitada, mas em executável nativo ela tem pouca serventia mesmo.
Também tem o LLILC usando LLVM.
Tem outras formas de usar o meio termo onde não precisa do .NET Framework instalado na máquina, mas também não chega ser um executável nativo. Pode ser o .NET Core, o Mono, alguns modelos do Xamarin. No iOS o Xamarin gera código nativo. Todos eles são independentes do .NET Framework ou outra plataforma que precisa estar previamente instalada.
O .NET Framework é só uma das formas de servir C#.
Sim. Na verdade boa parte do .NET interopera com a Win32. Então é possível você interoperar também. Geralmente estamos falando de trabalhar com código não gerenciado. Tudo o que ocorre nele não tem controle do CLR e de forma geral as alocações de memória devem ser controladas por este código não tendo intervenção do garbage collector, por isso é bem mais arriscado. Mas existe toda uma infraestrutura para suportar a comunicação de forma simplificada entre a parte gerenciada e não gerenciada.
Na verdade é possível interagir com boa parte dos códigos existentes em qualquer linguagem desde que esses códigos atendam certos requisitos, que possua ABI compatível. Qualquer código em C interage bem. C foi pensada nisso e o sistema operacional, seja Windows, Linux e a maioria dos outros são escritos ou pelo menos possui sua API básica em C. É muito fácil chamar código em C a partir do .NET e até fazer algumas partes do código .NET poderem ser chamadas em C. Um exemplo é o SQLite que é escrito todo em C e muita gente o usa como banco de dados embarcado na aplicação .NET.
É possível chamar código em C++ também. E não estou nem falando das partes compatíveis com C, falo das classes também. Existe o C++/CLI no .NET que é um C++ gerenciado que interage bem com o C++ não gerenciado. Particularmente se eu puder evitar eu prefiro, acho a interação com C bem mais fácil. Tanto é complicado que o UWP que nativamente é escrito em C++ usa uma interação com .NET um pouco diferente.
O código não gerenciado deve ficar segregado em outra DLL já que são binários muito diferentes. Em .NET Native não precisa. Então precisa carregar a DLL e criar assinaturas para as funções e estruturas disponíveis no código não gerenciado para que o compilador do C# ou outra linguagem do .NET reconhece aquela função e detecte erros. Algo assim:
using System.Runtime.InteropServices;
public class Program {
[DllImport("teste.DLL", EntryPoint="print")]
static extern void print(string message);
public static void Main(string[] args) {
print("Chamando C");
}
}
Em C:
#include <stdio.h>
void print(const char *message) {
printf("%s", message);
}