Há não só exemplos mas também [um site que gera colisões pra você][1]:

>    os dois blocos

>     d131dd02c5e6eec4693d9a0698aff95c 2fcab58712467eab4004583eb8fb7f89
    55ad340609f4b30283e488832571415a 085125e8f7cdc99fd91dbdf280373c5b
    d8823e3156348f5bae6dacd436c919c6 dd53e2b487da03fd02396306d248cda0
    e99f33420f577ee8ce54b67080a80d1e c69821bcb6a8839396f9652b6ff72a70

>    e

>     d131dd02c5e6eec4693d9a0698aff95c 2fcab50712467eab4004583eb8fb7f89
    55ad340609f4b30283e4888325f1415a 085125e8f7cdc99fd91dbd7280373c5b
    d8823e3156348f5bae6dacd436c919c6 dd53e23487da03fd02396306d248cda0
    e99f33420f577ee8ce54b67080280d1e c69821bcb6a8839396f965ab6ff72a70

>    produzem uma colisão MD5.

>    Cada um desses blocos possui o hash MD5 `79054025255fb1a26e4bc422aef54eb4`.

<sup>[Fonte][2]</sup>

[**Exemplo no ideone**][3]

Se você se refere a duas strings **curtas** com o mesmo MD5, acho bastante improvável que exista. A saída do MD5 é de 128 bits. Isso significa que se você gerar 2<sup>128</sup> + 1 strings distintas então *garantidamente* você terá uma colisão ([princípio da casa dos pombos][4]). Mas o conjunto de strings Unicode no BMP de tamanho até 7, juntas, dão menos que 2<sup>128</sup> - 1, de modo que é possível que nesse conjunto não exista uma única colisão.

De todo modo, o problema de usar MD5 para proteger senhas não é sua vulnerabilidade a colisões (pois pra senhas o que importa é a **resistência à segunda pré-imagem**, e nisso o MD5 ainda não foi quebrado), e sim o fato dele ser muito **rápido** (um [bom hash pra proteger senhas][5] precisa necessariamente ser **lento**).

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**Atualização:** um ponto que parece estar causando confusão é que a entrada que um hash MD5 espera é uma sequência **binária**, e não uma sequência de caracteres. De modo que, mesmo que sua entrada seja uma string, primeiro ela teria que ser convertida em uma sequência binária (via uma codificação ou *encoding*) antes de ser enviada como entrada para o algoritmo MD5. Muitas bibliotecas e funções fazem isso automaticamente pra você, por isso *parece* que o MD5 aceita entradas strings, quando na verdade não aceita.

Os exemplos citados são duas sequências binárias, expressas em hexadecimal. não é uma simples questão de usar o texto acima como entrada para o hash, é preciso interpretá-lo da forma correta:

    0xd1 == 209 == 1101 0001

O que é diferente da *string* `"d1"`:

    "d1" == 0x64 0x31 == 0110 0100 0011 0001

Note como as saídas são diferentes. Feito dessa forma, os hashes também serão diferentes...

Se você quiser/precisar colocar o exemplo acima numa string, o jeito é usar um código hexadecimal para cada par de caracteres. <del>Você não disse qual plataforma está usando</del>, mas um exemplo em Python seria: (*Edit:* foi mal, eu é que não sabia o que era esse Workbench... veja [o comentário do TobyMosque][6] para um exemplo)

    a = "\xd1\x31\xdd\x02\xc5...\x70\x80\xa8\x0d...\x70"
    print(hashlib.md5(a).hexdigest())

    b = "\xd1\x31\xdd\x02\xc5...\x70\x80\x28\x0d...\x70"
    print(hashlib.md5(b).hexdigest())

Ou, mais fácil, é converter os dados acima de hexadecimal para binário e testar direto no binário (como eu fiz no [exemplo do ideone][3] mencionado anteriormente).


  [1]: http://www.mscs.dal.ca/~selinger/md5collision/
  [2]: https://crypto.stackexchange.com/q/1434
  [3]: https://ideone.com/9QI8CJ
  [4]: https://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_da_casa_dos_pombos
  [5]: http://pt.stackoverflow.com/questions/2402/como-fazer-hash-de-senhas-de-forma-segura?rq=1
  [6]: http://pt.stackoverflow.com/questions/99194/o-hash-do-md5-pode-se-repetir-para-senhas-diferentes-causando-colis%C3%A3o#comment203244_99194