Cada arquitetura de processador tem sua própria linguagem *assembly*, é assim desde o início dos computadores modernos na década de 40. A única forma de explorar melhor uma arquitetura é criando uma forma de usá-la de uma forma bem específica. *Assembly* não é *cross platform* por definição. Se isto for necessário, use C.

Atualmente existem centenas ou até mesmo milhares de arquiteturas em uso. Claro que ninguém aprende todos. O mais comum é aprender só um ou dois, quem sabe três.

Aprender várias linguagens *assembly* não é difícil. Difícil é ser muito bom em várias. E não há muito espaço no mercado para quem não é muito bom. Lembremos que hoje quase não se usa mais *assembly* em qualquer tarefa.

E mesmo que se foque em uma arquitetura pode ser que precise aprender sintaxes diferentes de *assembly*. Há *assemblers* que preferem uma sintaxe diferente para fazer a mesma coisa. Para x86 há a [sintaxe Intel e a sintaxe AT&T][1]. Mas a sintaxe é a menor das preocupações.

As arquiteturas mais utilizadas hoje são disparadamente o x86_64 (**maioria** dos *desktops*) e o ARM (**maioria** dos *mobiles*). De uma certa forma o segundo até já ultrapassou o primeiro.

Todas as outras arquiteturas somadas não chegam perto destas duas. Mas algumas podem ser mais importantes para *assembly*. Arquiteturas de dispositivos embarcados, que normalmente não são muito usados, ainda continuam usando *assembly* como linguagem principal. Isto tem mudado bastante. Cada vez mais se usa C ou C++ mesmo nestes casos mas o *assembly* é comum.

A linguagem *assembly* tem vínculo absoluto com o processador e nada mais. Sistemas operacionais não afetam o *assembly* em si. Claro que talvez você tenha que lidar com especifidades deles mas por outros motivos e não pela linguagem. Exemplo:

- Se você não estiver usando um *assembler* (duvido) terá que saber o formato do arquivo executável do sistema operacional.
- Acessar a API (processos, arquivos, GUI, etc) do sistema operacional é sempre feita de forma específica para ele mas não pertence à linguagem.

Note que se você não estiver escrevendo um *backend* de um compilador, saber só o *assembly* é a ponta do *iceberg*. Mesmo neste caso, o *assembly* é apenas um parte do conhecimento necessário.

Aprender *assembly* é muito útil para entender o funcionamento do computador, para ter um *hobby* mas hoje sua utilização prática reduziu enormemente. Raramente se usa mesmo para produzir sistemas operacionais ou drivers. Fora compiladores/[JITters][2] (mesmo assim, não todos tipos), *bootstrap* e alguma arquitetura que não possua outra linguagem, *assembly* é absolutamente desnecessário.


  [1]: http://en.wikipedia.org/wiki/X86_assembly_language#Syntax
  [2]: http://pt.stackoverflow.com/q/146250/101