Este é um conceito bem diferente. Isto quer dizer que as [funções de Python são de primeira classe][1]. Ou seja entre outras características, a função pode ser atribuída para uma variável (obviamente também pode ser passada como argumento ou retorno de função), ou seja, a própria função (código) é tratada como se fosse um valor, um dado. Em geral isto é feito com [funções anônimas ou *lambdas*][2], mas é possível fazer o mesmo diretamente em uma função existente, como foi feito no exemplo.

Neste caso a variável irá guardar a função e não um resultado dela. O tipo desta variável é `FunctionType`. É claro que concretamente ela não guarda o fonte da função (até poderia, mas não conheço nenhuma linguagem que faz isso, seria ineficiente e arriscado), existem mecanismo que se referenciam à função e o compilador/interpretador sabe como tratar esta variável de forma diferente, e seu acesso se dá como uma chamada de função, já que ela **é** uma função.

Este conceito nada tem a ver com orientação a objeto. Mas pode ser que a forma interna de armazenar a função na variável seja através de um objeto (ainda sem mesmo usar OOP). O mais tradicional, principalmente quando não é um [*closure*][3], é que seja apenas um [ponteiro][4]. No caso do Pyhton realmente há um objeto controlando isto, mas é um objeto como outro qualquer. Um dos seus membros é o [`__call__`][5] que permite fazer a chamada.

Em Python nem tudo é um objeto no sentido que as pessoas esperam, a própria sintaxe da classe já dá um dica que precisa ser explícito quanto a isso. Deixando de lado OOP, o conceito do tipo `object` de uma certa forma podemos dizer que tudo em qualquer linguagem é um objeto. Se não é um objeto, é o que então? Claro que essa terminologia pode ser estranha para alguns, mas ela é real. Em C você tem objetos, são não são do mesmo jeito que em Java, por exemplo.

Outra forma menos conveniente de executar o mesmo:

    callable(s, 50, 10)

Uma função possui uma infraestrutura em um objeto que permite que ela seja armazenada no objeto e depois ser chamada. Isto é um mecanismo interno que garante a chamada. Como tudo em computação, não existe mágica, existe engenharia. Alguém viu um problema, e achou um solução viável para resolver o problema. Uma das formas de chamar uma função armazenada em um objeto é através da função [`callable()`][6]. A outra forma é através do compilador chamando a função usando a variável de forma direta. Com a ajuda do compilador a chamada fica mais conveniente e elegante, conforme foi mostrado na pergunta.

Se não tiver certeza se pode chamá-la, pode verificar antes:

    s = 0
    if hasattr(s, '__call__')
        s(50, 10)

Isto não chamará nada e não dará erro, porque neste exemplo a variável `s` não é "chamável", é um inteiro e não uma função. A verificação se a variável poderia ser chamada como função foi feita antes de chamar evitando o erro.
Esta forma permite resolver um monte de problemas de forma conveniente sem recorrer a orientação a objeto.


  [1]: https://en.wikipedia.org/wiki/First-class_function
  [2]: https://en.wikipedia.org/wiki/Anonymous_function
  [3]: https://en.wikipedia.org/wiki/Closure_(computer_programming)
  [4]: https://en.wikipedia.org/wiki/Pointer_(computer_programming)
  [5]: https://docs.python.org/3.6/reference/datamodel.html
  [6]: http://callable