TL;DR: Webservices permitem que duas (ou mais) maquinas se comuniquem via uma rede.
Para uma explicação mais profunda, imagine o seguinte cenário: A sua empresa negocia produtos em dólar, cujo valor flutua diariamente. É extremamente importante que você tenha esses valores atualizados para que você tome decisões que lhe tragam melhores resultados. Você pode contratar um estagiário pra ficar atualizando esses valores manualmente, ou você pode consumir um serviço que lhe forneça essa informação automaticamente e com confiabilidade.
Esse serviço é o tal do webservice. Você faz uma pergunta (quantos cinco reais que valem um dólar hoje?), e ele lhe responde. Esse processo, a nível de comunicação, se dá por requisições baseadas no protocolo HTTP. Existe um endpoint em um servidor que está sempre esperando pela pergunta e, se ela for feita da maneira correta, ele responde. Em uma busca rápida no google, encontrei um webservice que ilustra perfeitamente o caso da cotação do dólar (e de praticamente todas as moedas), que pode ser acessado aqui.
A pergunta (ou requisição) deve ser feita corretamente, caso contrário o webservice não vai conseguir entender o pedido. No caso da cotação, a pergunta deve conter as duas moedas que você deseja converter, certo? Usando o webservice linkado acima, fiz a seguinte requisição (em termos chulos, entrei nesse site):
http://www.webservicex.com/currencyconvertor.asmx/ConversionRate?FromCurrency=USD&ToCurrency=BRL
e a resposta foi um XML
no formato
<double xmlns="http://www.webserviceX.NET/">3.9818</double>
Ou seja, através de uma requisição GET (os parâmetros estão explícitos na URL), eu consegui a informação que eu desejava dentro de um XML
. Como é que eu sabia quais parâmetros utilizar ou, em outras palavras, qual é o formato correto da pergunta? Neste caso específico, quem forneceu o serviço também forneceu os parâmetros que o mesmo está esperando para que a informação desejada seja alcançada. Experimente fazer a requisição
http://www.webservicex.com/currencyconvertor.asmx/ConversionRate?FromStackOverflowCurrency=USD&ToCurrency=BRL
para ver o que acontece.
A requisição GET é uma das quatro requisições padroes do protocolo HTTP. As outras são POST, PUT e DELETE. Não entrarei em detalhes de como todas elas funcionam, mas você pode ler sobre o protocolo HTTP aqui.
O XML
(que é o formato do retorno) é uma linguagem de marcação, que permite a manipulação do dado (ou dados) com facilidade. No PHP
, o método simplexml_load_file()
permite que você leia um XML
, extraia os dados e faça com eles o que você quiser. Pra fazer um arquivo .php
conversar com outro, você poderia usar o cURL (o qual está me dando uma surra esta semana). Existe também o interminável Ajax, que permite consumir serviços assincronamente. Eu, particularmente, prefiro usar o formato JSON
para as respostas, porquê a maioria das aplicações que consomem os meus serviços são escritas com o AngularJS
.
Existem algumas padronizações para serviços, no sentido de como as perguntas e respostas devem ser feitas e construídas. Na wiki sobre webservices, você pode encontrar uma série de tipos de serviços que se baseiam em linguagens de marcação.
Você pode também se deparar com o termo RESTful APIs, que são basicamente serviços que se baseiam na arquitetura REST. Os serviços que eu construo são sempre baseados nesse modelo. Existe também essa excelente história que explica como a referida arquitetura funciona.
Para a cereja do bolo, e a efeitos de curiosidade, o WordPress está implantando uma API RESTful de nome WP API, que vai basicamente permitir tornar qualquer instância do WP em um webservice. Uma mãozona na roda, na minha opinião. =)