Existe a regra porque é ambíguo. Se a variável começar com um número o compilador não sabe que é um símbolo (uma variável, por exemplo). Ele vai achar que é um literal numérico.
Perceba que até aqui no site quando você usa o número iniciando o nome, a colorização acha que é um literal (é bem verdade que nestes casos específicos dá para saber que não é um literal, mas depois teria problema em identificar).
Isto é especialmente complicado quando os literais podem ter letras no final para diferenciar o tipo. Se isto não existisse na linguagem, até daria para o compilador se safar e descobrir o que realmente é. É verdade que ainda dá mesmo isto existindo mas só em certos casos. É melhor nem tentar fazer isto. O ganho seria ínfimo e trataria outras confusões.
Nomes só com números não é possível em nenhuma circunstância, não teria como diferenciar. OK, daria para fazer uma gambi, quando está declarando (se a sintaxe deixa claro que é uma declaração poderia aceitar como sendo um identificador e não um número, aí toda vez que encontrá-lo no código considerará que é o identificador e não pode naquele código ter aquele número literal sendo usado. Mas pra que essa maluquice toda?
O PHP pode ser mais permissivo com alguns símbolos já que a linguagem exige um caractere específico para indicar que aquilo é uma variável.
Algumas linguagens poderiam fazer isto com um caractere opcional de escape nestes caso, como é possível usar o @
no C#, por exemplo. Mas novamente, o ganho não compensa o esforço, dá para viver sem variáveis que começam com números. Note no entanto que o C# permite o uso do @
apenas para escapar palavras-chave mas não nomes começados com números.
Se você precisar de um nome assim porque vem de um banco de dados que aceita este tipo de nome, é possível, em C# usar um atributo para nomear melhor, não a variável, mas pelo menos dar uma informação de relação com a coluna no BD.
var 2d = 1;
WriteLine(2d); //está imprimindo "1" (o valor de 2d), ou imprimindo "2.0" que é um double)
var 3 = 1;
WriteLine(3); //está imprimindo "1" (o valor de 3), ou imprimindo "3" que é um int)
Não tem como saber, é ambíguo.
No seu exemplo 4teste
em tese pode não ser ambíguo, mas pra que fazer esta exceção? O ganho não compensa. E se tivesse isto, poderia limitar a expansão da linguagem.
Vamos dizer que um dia a linguagem precise fazer um literal que é determinado pelo sufixo teste
. Pronto, 4teste
já ficaria ambíguo. Claro que você pode achar que teste
é um péssimo sufixo, mas um compilador não pode fazer juízo de valor. E a linguagem poderia criar um mecanismo que o programador cria seus próprios sufixos e ele poderia ser teste
ou outra coisa. Se existisse uma variável com um número e este mesmo nome, complicaria. Exemplo:
var 5dias = 1;
//um dia uma pessoa cria o sufixo dias, aí seria permitido:
var x = 5dias; //antes saberia que está guardando 1 em x, agora pode estar guardando 5 dias
Coloquei no GitHub para referência futura.