É o que eu sempre falo, boas ou más práticas dependem do caso. O termo, infelizmente, é usado para criar manuais, "o jeito certo de fazer", e assim as pessoas começam seguir as coisas cegamente. Tudo pode ser bom ou ruim dependendo do contexto. E o contexto envolve uma quantidade inimaginável de variáveis, incluindo aí aspectos técnicos e políticos, passando pelas pessoas que estão trabalhando ou trabalharão no projeto.
As tais das boas práticas têm causado mais problemas que ajuda, já que a maioria das pessoas seguem essas "regras" como se fossem algo que deve fazer sempre.
Então já adianto que não tem problema algum em fazer isso se você tiver um bom motivo e souber o que está fazendo. Se entender o problema que pode causar se fizer assim. E quase tudo pode causar problema em maior ou menor grau. Se não souber o que está fazendo, não faça. Nem comece programar seriamente se não souber como programar :)
Marker Interface
O que esta interface faz é marcar uma classe para dizer algo sobre ela. Isto tem nome: Marker interface pattern.
Interfaces são para indicar que uma classe tem uma determinada capacidade. Daí é possível interpretar de duas formas: a interface deve dizer sempre qual é a capacidade que ela está se referindo, ou seja, deve indicar pelo menos um método que a classe que a implementar deve ter; ou ela apenas precisa indicar algo na classe para dar semântica.
Se tivesse um grande problema ou fosse totalmente contra o que a linguagem permite, obviamente seria proibido ter interfaces com zero membros. Como não é, você pode usar quando achar adequado.
Em determinados contextos, ou seja, em determinadas equipes, ou em determinadas linguagens pode ser que isto seja mal visto. Pode ser considerado um code smell. Mas code smell não é o mesmo que code rotten (acho que inventei o termo :P). Ele não deve ser evitado a todo custo, sob pena de gerar outro code smell. Ele apenas deve ser evitado, tem uma diferença aí.
Por exemplo, tem linguagens que possuem atributos. Nesses casos é melhor usar esse mecanismo. Nas linguagens que não possuem isso, o padrão Marker Interface pode ser utilizado como simulador do atributo. Ele tem até algumas vantagens. Alguns dirão que é abuso, outros dirão que é mais vantajoso que o atributo porque pode ser verificado em tempo de compilação. Mas isto não vale muito para o PHP. E também pode verificar o atributo em tempo de compilação com alguma ferramenta.
Mas que problemas causam?
Sei de um problema: é que todos os descendentes terão esse marcador. Com o uso do atributo (também chamado de anotação) isso não ocorre. Você pode querer isso ou não.
Em PHP, dada a filosofia da linguagem e dada as inúmeras falhas bem mais graves na linguagem, eu diria que não é um grande problema usá-lo, mas não abuse.
Ele pode ser usado como documentador. Aí acho exagero mesmo. Precisa ter uma função clara no código. O código não está claro e não pode melhor isso? Use comentário.
Ele pode ser útil em aplicações que precisem usar programação orientada a aspectos.
Do ponto de vista conceitual, de orientação a objeto, não é comum fazer assim. Diz-se que a interface deveria ter algum membro.
Conclusão
Nós só podemos falar em recomendações, e como disse, isso depende de contexto. Evite, mas se precisar mesmo, vá em frente. Eu particularmente acho que sempre dá para viver sem ele. Mas em códigos mais complexos pode ser uma mão na roda se não houver mecanismo melhor.
Antes de usar alguma coisa você deve encontrar uma boa justificativa. Se você encontrar uma, souber o que está fazendo, pode usar, mas tente achar outra forma antes.
É uma pena que o trecho apresentado não dá uma clara indicação do seu uso. Eu acredito que está sendo usado como uma forma de reflexão e provavelmente alguma técnica de implementação de aspectos (AOP).
Coloquei no GitHub para referência futura.
Traversable
, ele é utilizado internamente pelo PHP somente: 3v4l.org/vho4J . Você deve utilizarIterator
conforme a documentação - php.net/manual/en/class.traversable.phpTraversable
como exemplo de interface vazia, mas valeu pela informação :)