Em geral classes possuem métodos construtores.
Qual a utilidade do método construtor de uma classe? Por que devemos criá-lo? Dá para trabalhar sem ele?
Nem sempre um construtor é necessário. Há linguagens que se viram bem sem um onde sequer é possível criar um construtor.
Construtores devem dar atomicidade na criação do objeto. Ou seja, ou cria o objeto em um estado válido ou não cria.
Se você precisa validar os dados e se alguma validação falhar o objeto não deve ser criado, então um construtor ajuda bastante. Isto é especialmente verdade se para validar um membro um outro já deve estar em estado válido. Fica complicado controlar isto se os membros podem ser inicializados independentemente.
O mesmo vale se algum processamento seja necessário com os parâmetros iniciais antes de criar o objeto. Entre esses processamentos podemos incluir a aquisição de recursos externos, como banco de dados, acesso ao sistema de arquivos, redes, etc., mas pode ser apenas cálculos simples.
O construtor também permite determinar a ordem como cada membro é inicializado, seja automaticamente ou manualmente. Sem um construtor o compilador ou o runtime da linguagem determinará a ordem de inicialização dos membros, o que pode ser documentado ou não, até porque pode não ser determinístico. Obviamente não é possível lidar com formas complexas de inicialização de forma automática. Isto pode ser útil não só para determinar o fluxo correto do processamento mas também validar corretamente.
A criação atômica é especialmente importante quando temos processamento concorrente. Em hipótese alguma podemos disponibilizar o estado de um objeto que pode ser compartilhado com outros caminhos de processamento sem que o objeto esteja inicializado por completo. Entenda "por completo" como o mínimo para gerar um estado válido, não quer dizer que todos os membros precisam estar inicializados, até porque alguns podem ser opcionais mesmo.
Só faz sentido passar para um construtor dados que precisam existir obrigatoriamente em um objeto de forma válida ou que precisam ser processados antes de serem inseridos no objeto.
Se nenhum dado é obrigatório para ter um estado válido ou é possível que todos os dados tenham valores padrões (default) válidos na sua criação, o construtor não é necessário.
Isso não quer dizer que não possa existir, mas faz pouco sentido criar um construtor que aceite dados que não sejam obrigatórios desde o momento zero de sua criação. Embora possa fazer sentido em algumas linguagens que não possuem formas mais convenientes de inicialização de membros.
Em geral é até melhor inicializar os membros pelas suas propriedades assim você os nomina e documenta melhor o código. Isto é possível também em um construtor se a linguagem possuir argumentos nomeados, como é o caso do C#, por exemplo.
Algumas linguagens possuem um construtor padrão sem parâmetros que é usado para a inicialização padrão, mas em geral ele é criado pelo compilador e o programador não precisa se preocupar. Evidentemente que as linguagens que não possuem o mecanismo de construtor acabam inicializando o novo objeto de alguma forma simplificada ou deixa lixo de memória disponível.
Algumas linguagens provêm outras formas de inicializar objetos de forma análoga ou pelo menos aproximada ao que o construtor permite. Claro que provavelmente com limitações. As formas mais comuns são a inicialização por padrão (por defeito) e a inicialização durante a criação do objeto. A segunda deve possuir uma sintaxe e semântica própria na linguagem ou pelo menos uma infraestrutura que ajude a atomicidade, a ordem de execução, etc. C# e C++11 possuem (no fundo acabam tendo um construtor, afinal só funções podem ter execução).
Um erro comum é achar que toda classe deve possuir construtor. Claro que pode existir alguma linguagem que obrigue a sua criação (além do construtor padrão) por algum motivo, mas desconheço algum caso. Normalmente é possível criar um objeto e inicializar seus membros de outras formas, e exceto pelos casos citados acima, sem nenhum problema ou dificuldade.
Se você não sabe porque está criando um construtor provavelmente está criando-o desnecessariamente. Por outro lado, se você não entender todas as implicações de se criar um objeto de forma parcial, não saberá quando o construtor é necessário. Também se você nem pensou se seu objeto precisa de construtor, precisa estudar melhor o assunto.
Note que criar um objeto sem ter todos os membros inicializados juntos não é um problema por si só, na maioria das linguagens, especialmente aquelas que inicializam os membros com algum valor default. Pode ser um pouco mais problemático em linguagens que não inicializam os membros e podem conter "lixo" como seu conteúdo. Depende do contexto da classe o que realmente precisa ser inicializado por um construtor e o que pode ser deixado para ser resolvido ou pelo valor default ou após a criação do objeto, seja por um inicializador ou através de propriedades individuais. A criação por padrão ocorrerá em alguma forma de construtor, mesmo que invisível para o programador.
Idealmente o construtor explícito só deve existir se realmente ele é necessário e só deve receber os parâmetros mínimos para gerar um estado válido manipulando a menor quantidade possível de membros. A preferência, sempre que possível, é que os membros sejam ou inicializados por padrão (ou defeito) ou individualmente no código que vai consumi-lo.
Também não deixe de criar um construtor quando ele traz vantagem, conveniência ou mesmo legibilidade.
Mesmo quando uma linguagem não possui construtores formalmente ainda é possível criar funções que fazem o mesmo trabalho. Isto é comum até mesmo em linguagens que possuem o mecanismo explicitamente. Muitas vezes esta forma é conhecida como Factory Method Pattern mas pode assumir outras formas.
O termo é um pouco incorreto, no fundo se ele fosse chamado de inicializador seria melhor entendido. Pra mim a construção se dá pela alocação mais a inicialização.
Sim, dá para trabalhar sem implementar código no construtor da classe.
A principal utilidade de se implementar o construtor do objeto é exigir parâmetros sem os quais o objeto não pode viver sem, sem os quais ele não faz sentido.
Se para fazer o seu trabalho um objeto exige alguns dados ou possui algumas dependências, faz sentido exigir que isso lhe seja passado já no construtor, a fim de tornar estas dependências explícitas e a fim de garantir que o objeto esteja num estado válido antes de pedir que ele execute algum trabalho ou antes de passá-lo como parâmetro para outro objeto ou serviço.
Considere um objeto repositório de entidades. Este objeto oferece métodos de negócio que entregam e persistem entidades.
Para funcionar, este repositório depende de um objeto que forneça acesso ao banco de dados.
Então esta é uma opção de implementação deste repositório (sem implementar o construtor):
class ClientesRepo {
Dao dao;
void setDataAccessObject(Dao dao) {
this.dao = dao;
}
List<Cliente> clientesAtivos() {
return dao.executeQuery("select c from Cliente c where c.ativo = 'S'");
}
}
Utilizando o objeto acima, eu só posso consumir o método clientesAtivos depois de setar a propriedade setDataAccessObject, então a dependência que o objeto tem de um Dao não está explícita, a abstração foi quebrada: eu terei que olhar o código dentro da classe para entender o que ela precisa para funcionar.
Implementar o construtor ajuda a tornar a dependência explícita:
class ClientesRepo {
Dao dao;
ClientesRepo(Dao dao) {
this.dao = dao;
}
List<Cliente> clientesAtivos() {
return dao.executeQuery("select c from Cliente c where c.ativo = 'S'");
}
}
Agora, quando o consumidor instanciar um repositório de clientes, ele notará imediatamente as dependências deste repositório, e é obrigado pelo compilador a informar esta dependência.
O código ficou mais seguro, mais expressivo.
Um construtor serve para instanciar objetos da classe na qual esse construtor foi definido.
A inicialização de objetos por meio de construtores é necessária para evitar erro de referência nula quando usando objetos que foram declarados mas não inicializados.
O código abaixo, escrito em C#, cria uma classe com um construtor e utiliza esse construtor para inicializar um objeto do tipo de dado definido por esta classe:
// Define uma classe.
public class Classe
{
// Define uma propriedade nessa classe.
public int Propriedade { get; set; }
// Construtor padrão.
public Classe()
{
// código de inicialização da classe aqui, caso o construtor padrão for utilizado na criação do objeto.
}
// Define um construtor simples para a classe, recebendo um parâmetro numérico.
public Classe(int parametro)
{
this.Propriedade = parametro;
}
}
public class Main()
{
// Cria um objeto utilizando o construtor padrão.
Classe objeto = new Classe();
// Cria um objeto utilizando o construtor de parâmetro numérico.
Classe outroObjeto = new Classe(10);
}
É essencialmente um método que retorna um objeto do próprio tipo da classe, e pode receber parâmetros assim como qualquer outro método.
Você pode trabalhar sem construtores. Caso não definir nenhum construtor, geralmente a linguagem de programação irá criar um construtor padrão implicitamente, sem parâmetros, como mostrado no exemplo acima.
O construtor pode ser usado para instanciar um objeto...
// Define uma classe.
public class Classe
{
// Define uma propriedade nessa classe.
public int Propriedade { get; set; }
public IColletion<Classe2> Classe2 { get; set; }
// Construtor padrão.
public Classe()
{
Instanciando uma lista através do contrutor
Classe2 = new List<Classe2>();
}
}
O construtor pode ser usado para instanciar um objeto
. Ponto. É só pra isso que ele pode ser usado. De qualquer forma, note que a pergunta é um pouco mais complexa que isso.
De uma forma simples, é um método que é executado quando da instanciação do objeto. O interessante dele é que você pode garantir que um novo objeto terá um conjunto de valores preenchidos.
Todo código vai com um construtor vazio embutido nele, porém quando você precisar utilizar dados em ordens diferentes na classe principal você precisará dos construtores.