Tratar manualmente a concorrência em alterações de banco tentando garantir a integridade dos dados dá muito trabalho e geralmente não funciona direito.
A sua solução, por exemplo, tem esse problema de manter bloqueados registros que não estão mais sendo editados devido à queda da sessão e desistência do usuário.
Garantindo a integridade dos dados
A forma mais comum de tratar a concorrência é editando offline todo o conjunto de dados e mandando para o banco todas as alterações de uma vez, numa única operação atômica, usando o controle de concorrência otimista, onde o primeiro usuário a enviar suas alterações ganha.
Em C# isso pode ser feito através de Datasets ou Data tables e Data adapters:
As alterações do usuário que precisam ser atômicas são feitas todas em memória, em datatables. Quando o usuário salva o trabalho, uma transação de banco de dados é iniciada, todas as alterações feitas nos datatables são submetidas de uma vez ao banco e a transação é commitada.
Através de comandos de UPDATE, INSERT e DELETE informados por você ou gerados automaticamente, o ADO.Net percebe se os registros foram alterados por outro usuário entre a obtenção deles e o salvamento no banco, e, se foi o caso, a transação é cancelada e o aplicativo informa o usuário. Você não precisa fazer nenhum bloqueio manual.
Isso se torna ainda mais simples com o uso de frameworks ORM como o Entity Framework ou NHibernate.
Bloqueio para efeito de usabilidade
Você também pode querer fazer um bloqueio prévio a fim de que o usuário não perca tempo editando um registro que ele provavelmente não vai poder salvar porque já tem outro usuário editando.
Este tipo de bloqueio não deveria ser usado para tentar garantir integridade dos dados mas sim apenas como um recurso de usabilidade.
Por exemplo, eu trabalhei num projeto onde havia um grande volume de dados para serem processados por um grupo de usuários. Todos tinham o mesmo trabalho: processar cada registro, e o trabalho deveria ser dividido entre eles (cada um processava um conjunto diferente de registros).
A solução que implementamos foi: quando um usuário obtinha um registro para processá-lo (o processamento consistia em fazer algumas edições em uma coleção de registros), uma marcação era registrada no banco, informando que aquele conjunto de registros já estava sendo processado por algúem. Então o aplicativo não selecionava para processamento os registros que já estavam com a marcação.
A marcação por sua vez não era o id do usuário mas sim um timestamp, e o bloqueio expirava depois de um tempo (que era o tempo estimado que o usuário demorava para processar o registro).
Então, na verdade, em vez de selecionar registros não bloqueados, o aplicativo selecionava registros não bloqueados e também aqueles cujo bloqueio já havia expirado. Isso dispensa uma rotina para desbloquear registros cuja edição foi cancelada.
Veja que este bloqueio tinha o intuito apenas de melhorar a usabilidade, a técnica de concorrência otimista descrita acima é que garantia a integridade dos dados.