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  • O que são exceções NullPointerException?
  • Quais são suas principais causas?
  • Que métodos/práticas podem ser utilizadas para se prevenir?
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  • Uma das principais causas é quando voce tenta acessar uma posicao que nao existe no vetor/array. Tipo o vetor ter 5 posicoes e voce tentar acessar a sexta posicao.. Ou seja , ela nao existe! Commented 12/05/2015 às 23:37
  • 6
    Isso que você falou de posição fora do intervalo é IndexOutOfBoundsException. Já acessar uma posição dentro do intervalo porém de array não-inicializado daria NullPointerException.
    – Piovezan
    Commented 12/05/2015 às 23:39

6 Respostas 6

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O NullPointerException é lançado quando se tenta utilizar o null tal como se fosse um objeto. Ou seja, é quando você tenta manipular as propriedades, campos, atributos ou métodos de um objeto, mas sem ter esse objeto.

Em muitas outras linguagens de programação também existe o mesmo conceito. Por exemplo, no C# há o NullReferenceException. No JavaScript, tentar manipular um null incorretamente produz um TypeError. Da mesma forma, manipular None incorretamente no Python, produz um AttributeError.

O restante desta resposta se aplica ao Java, tal como referenciado na pergunta. Mas nas demais linguagens de programação, o que ocorre normalmente é bem parecido com o que é detalhado abaixo.


No caso específico do Java, o NullPointerException é lançado nas seguintes situações:

  1. Tentar acessar um campo de uma instância cuja referência seja null.

    Pessoa p = null;
    String nome = p.nome; // <-- NullPointerException aqui.
    
  2. Tentar acessar um método de uma instância cuja referência seja null.

    Pessoa p = null;
    String nome = p.getNome(); // <-- NullPointerException aqui.
    
  3. Tentar usar autounboxing de null. Este daqui em especial tende a ser uma pegadinha para iniciantes em Java.

    Integer x = null;
    int z = x; // <-- NullPointerException aqui.
    

    Outro exemplo:

    Integer x = null;
    int z = x + 5; // <-- NullPointerException aqui.
    
  4. Lançar o NullPointerException diretamente (óbvio).

    throw new NullPointerException();
    
  5. Tentar lançar null como exceção.

    Exception x = null;
    throw x; // <-- NullPointerException aqui.
    
  6. Tentar acessar o tamanho de uma variável array que tenha o valor null.

    String[] x = null;
    int tamanho = x.length; // <-- NullPointerException aqui.
    
  7. Tentar acessar um elemento de uma variável array que tenha o valor null.

    String[] x = null;
    String y = x[5]; // <-- NullPointerException aqui.
    
  8. Tentar iterar null usando a sintaxe do for-each.

    String[] x = null;
    for (String y : x) { // <-- NullPointerException aqui.
        // ...
    }
    
  9. Tentar sincronizar (com o bloco synchronized) em null.

    Object x = null;
    synchronized (x) { // <-- NullPointerException aqui.
        // ...
    }
    
  10. Tentar obter uma referência a método a partir de null:

    Pessoa p = null;
    Supplier<String> f = p::toString; // <-- NullPointerException aqui.
    

As seguintes situações NÃO causam NullPointerException, ao menos não diretamente:

  1. Atribuir null à variáveis de tipo objeto.

    String x = null;
    
  2. Atribuir null à variáveis de tipos primitivos. Isso não compila, logo não vai dar NullPointerException :)

    int x = null; // Erro de compilação!
    
  3. Passar null como parâmetro de métodos ou construtores.

    System.out.println(null); // Ok.
    String mensagem = JOptionPane.showInputDialog(null); // Ok.
    JPanel panel = new JPanel(null); // Ok.
    
  4. Retornar null ou obter null como retorno de algum método.

    public String getXpto() {
        return null;
    }
    
    public void algumMetodo() {
        String xpto = getXpto(); // Ok. Recebe null.
    }
    
  5. Colocar o valor null em um array ou ler o valor null de um array.

    String[] array = new String[] {"a", "b", "c"};
    array[1] = null;
    String valor = array[1]; // Ok. Recebe null.
    
  6. Passar null como um parâmetro varargs.

    private void metodo(String... parametros) {
        System.out.println(parametros);
    }
    
    private void outroMetodo() {
        // Não dá NullPointerException.
        // Passa como parâmetro um array com um único elemento que é null.
        metodo(null);
    
        // Não dá NullPointerException.
        // Passa como parâmetro um array com dois elementos null.
        metodo(null, null);
    
        // Não dá NullPointerException.
        // Passa como parâmetro null.
        metodo((String[]) null);
    }
    
  7. Iterar um array ou Collection com elementos null.

    String[] x = new String[] {"a", "b", null, "c"};
    for (String z : x) {
        System.out.println(z);
    }
    

    Entretanto, apesar disso ser válido e até útil em algumas vezes, é importante se ter em mente que esta situação ainda é bem convidativa a eventuais NullPointerExceptions, vez que normalmente não é esperado que a variável do laço possa ser null:

    String[] x = new String[] {"a", "b", null, "c"};
    for (String z : x) {
        System.out.println(z.length()); // <-- NullPointerException aqui.
    }
    
  8. Acessar um campo ou método estático a partir de uma referência null. Isso daqui é uma pegadinha da linguagem Java, pois neste caso a única coisa que importa é o tipo da variável, e não o valor.

    Integer t = null;
    t.parseInt("123"); // Pegadinha: t é null, mas isso NÃO DÁ NullPointerException!
    System s = null;
    Object x = s.out; // Não dá NullPointerException!
    

    É importante ressaltar também que usar uma variável para acessar um método estático é uma má prática de programação, pois deixa o código confuso ao utilizar uma variável de forma desnecessária. Não faça isso.

  9. Tentar utilizar uma variável local não-inicializada ou potencialmente não-inicializada. Isso daqui dá erro de compilação, logo não dá NullPointerException.

    Pessoa p;
    p.setNome("Maria"); // Erro de compilação, a variável p não foi inicializada.
    
    Pessoa q;
    if (x > y) q = new Pessoa(); // Pode inicializar ou não, dependendo da condição do if.
    
    // Erro de compilação, a variável q possivelmente não foi inicializada.
    q.setNome("Maria");
    

    Vale ressaltar que esta regra só vale para variáveis locais dentro dos métodos e construtores. Ela NÃO se aplica a campos de objetos e variáveis estáticas.

  10. Lembre-se que a referência this nunca será null. Portanto um NullPointerException nunca será causado devido a tentativa de manipular-se campos e invocar métodos no objeto this.

  11. Um construtor nunca retorna null. Portanto, sempre que for atribuído a uma variável o resultado da chamada de um construtor, garantidamente o que será atribuído será algo que não é null. Logo, tomando como exemplo o código abaixo, é impossível que a variável p receba null, independente do que estiver ocorrendo dentro do construtor.

    Pessoa p = new Pessoa();
    
  12. O operador instanceof sempre resulta em false quando testado com null, e nunca lança NullPointerException. Logo, se ele resultar em true, o valor testado é garantidamente não nulo.

    Animal p = ...;
    if (p instanceof Cachorro) {
        // Se entrar aqui, além de sabermos que p é instância de Cachorro,
        // também sabemos que p não é null.
    }
    
  13. Casts nunca lançam NullPointerExceptions (mas podem lançar ClassCastExceptions). Em especial, o cast realizado com o valor null sempre será bem sucedido.

    Animal a = null;
    
    // Recebe null. Não lança NullPointerException e nem ClassCastException.
    Cachorro c = (Cachorro) a;
    
  14. Há quem pense que acessar um array em um índice inválido causa um NullPointerException. Isso não é verdade. A exceção lançada neste caso será ArrayIndexOutOfBoundsException. Igualmente, tentar acessar os caracteres de uma String em posições inválidas também não causa um NullPointerException e neste caso a exceção será StringIndexOutOfBoundsException.

  15. Tentar concatenar null a uma String.

    String x = "a" + null + "b"; // Recebe "anullb". Não dá NullPointerException.
    

Quase todos os casos onde um NullPointerException ocorre se deve a algum erro de programação (e por causa disso, quase nunca faz sentido tentar tratá-lo). Portanto, se você obter um NullPointerException, provavelmente você (ou alguma outra pessoa) fez algo errado no código. Por esta razão, para se proteger contra o NullPointerException, o principal a se fazer é examinar a lógica do seu programa para certificar-se que você nunca cairá em um caso onde um NullPointerException possa ser lançado, tal como mostrado nas situações acima no começo desta resposta (e com os contra-exemplos acima também). A sua principal arma contra esse tipo de erro é o if:

if (x == null) {
    // Faz alguma coisa. Não utiliza o x aqui.
} else {
    // Pode utilizar o x seguramente.
}

Também é válido colocar guardas em métodos (e construtores) para se proteger de referências nulas vindas "de fora", usando o if. Isso não vai fazer o erro de programação envolvendo referências null desaparecerem, mas vai fazer eles se manifestarem mais próximos de sua origem, tendo então uma identificação mais fácil e portanto sendo mais fáceis de se rastrear e se corrigir. Além disso, desta forma fica mais simples de garantir que o seu método está livre de erros, pois isso elimina uma categoria inteira de possíveis erros de programação que ele poderia ter e de brinde você garante que ele não causará nenhum efeito colateral estranho por ter executado apenas pela metade antes de ser abortado pelo NullPointerException. A ideia é que se o null estiver sendo usado de forma inadequada (o que é um erro de programação), então o erro de programação não será responsabilidade do seu método, e sim de quem o chamou de forma inadequada. Eis aqui um exemplo simples:

public void cadastrarNome(String nome) {
    if (nome == null) throw new NullPointerException("Não pode cadastrar um nome nulo.");
    // ... Resto do método.
}     

Ou então, você pode usar uma exceção diferente:

public void cadastrarNome(String nome) {
    if (nome == null) {
        throw new IllegalArgumentException("Não pode cadastrar um nome nulo.");
    }
    // ... Resto do método.
}

Isso também não se limita apenas à validação de parâmetros:

public double somarParcelas() {
    if (parcela1 == null || parcela2 == null) {
        throw new IllegalStateException("Nem todas as parcelas foram adquiridas");
    }
    // ... Resto do método.
}

Uma outra forma de se implementar estes guardas é utilizando-se o método Objects.requireNonNull(). Este método lança um NullPointerException se receber como parâmetro null:

public void cadastrarNome(String nome) {
    Objects.requireNonNull(nome, "Não pode cadastrar um nome nulo.");
    // ... Resto do método.
}

public double somarParcelas() {
    Objects.requireNonNull(parcela1, "A primeira parcela ainda não foi adquirida.");
    Objects.requireNonNull(parcela2, "A segunda parcela ainda não foi adquirida.");
    // ... Resto do método.
}

Também é válido encapsular as suas referências com a classe java.util.Optional:

String x = ...;
Optional<String> opt = Optional.ofNullable(x);
// Neste ponto, opt nunca será nulo, e portanto pode ser
// sempre utilizado seguramente (embora o conteúdo dele possa ser nulo).

Assim como se proteger de nulls vindos de fora com os guardas mostrados acima, também é importante não propagar valores nulls se você puder evitar isso. Por causa disso, é bom também evitar retornar nulls nos métodos quando ele for devolver algo que representa "vazio", "não inicializado", "não se aplica", "não existe" ou "não encontrado". Nestes casos, eis o que você poderia fazer:

  • Caso o seu método retorne uma String, talvez seja melhor retornar "" (uma String vazia) ao invés de null.
  • Caso o seu método retorne um tipo empacotado de primitivo (Integer, Double, Long, etc.), talvez seja melhor retornar zero ao invés de null. E se for o caso de retornar zero, mudar o tipo de retorno para o tipo primitivo, se possível, também seria uma boa ideia.
  • Caso o seu método retorne um array, talvez seja melhor retornar um array de tamanho zero ao invés de null.
  • Caso o seu método retorne uma Collection, talvez seja melhor retornar Collections.emptyCollection(), Collections.emptyList() ou Collections.emptySet() ao invés de null.
  • Caso o seu método retorne um Map, talvez seja melhor retornar Collections.emptyMap() ao invés de null.
  • Caso o seu método retorne um Stream, talvez seja melhor retornar Stream.empty() ao invés de null.
  • Caso o seu método retorne um Optional, então é uma péssima ideia retornar null porque isso vai diretamente contra a ideia do Optional. Neste caso seria melhor retornar Optional.empty() ao invés de null.
  • Caso o seu método retorne alguma coisa XYZ para a qual não há algo que represente o "vazio", "não inicializado", "não se aplica", "não existe" ou "não encontrado", talvez mudar o tipo de retorno para Optional<XYZ> seja uma boa ideia. Ou então você poderia usar o padrão de projeto Null Object (que eu explicarei um pouco abaixo).

Na prática, podemos fazer algo assim:

public class MeuBean {
    private String nome;
    private List<Pessoa> pessoas;

    // Outros métodos...

    public String getNome() {
        return nome == null ? "" : nome;
    }

    public List<Pessoa> getPessoas() {
        return pessoas == null ? Collections.emptyList() : pessoas;
    }
}

E por sinal, voltando aos parâmetros, podemos fazer algo parecido com os guardas. Ao invés de apenas rejeitar os nulls com exceções podemos substituí-los pelos objetos vazios:

public void cadastrarNome(String nome) {
    String nomeParaCadastrar = nome == null ? "Sem nome" : nome;
    // ... Resto do método.
}

Esta abordagem tem a vantagem que, diferente da anterior, os erros referentes ao uso inadequado de null tendem de fato a desaparecer ao invés de apenas se moverem. Entretanto, nem sempre esta abordagem é possível ou adequada.

E agora, vamos dar uma olhada melhor no padrão de projeto Null Object. A ideia é que você represente os conceitos de "vazio", "não existe", "não encontrado", etc. com uma instância de um objeto, ao invés de usar o null para isso. Eis aqui um exemplo dessa abordagem:

public class Pessoa {
    private String nome;
    private int idade;

    // ... Métodos.

    // Método que retorna um Null Object.
    public static Pessoa ninguem() {
        Pessoa naoTem = new Pessoa();
        naoTem.nome = "Ninguém";
        naoTem.idade = 0;
        return naoTem;
    }
}

public class Carro {
    private String modelo;
    private String cor;
    private int ano;
    private Pessoa proprietario;

    // ... Métodos.

    // Método que retorna um Null Object.
    public static Carro vazio() {
        Carro carroVazio = new Carro();
        carroVazio.modelo = "nenhum";
        carroVazio.cor = "nenhuma";
        carroVazio.ano = 0;
        carroVazio.proprietario = Pessoa.ninguem();
        return carroVazio;
    }
}

Se você puder trabalhar como interfaces, fica melhor para implementar o padrão Null Object:

public interface Animal {
    public String fazerBarulho();
}

public class Cachorro implements Animal {
    @Override
    public String fazerBarulho() {
        return "Au au";
    }
}

public class Gato implements Animal {
    @Override
    public String fazerBarulho() {
        return "Miau";
    }
}

public class AnimalNenhum implements Animal {
    @Override
    public String fazerBarulho() {
        return "";
    }
}

Novamente, vale frisar que você pode adotar uma destas abordagens para evitar o null se possível. Entretanto, nem sempre uma delas é possível e é comum aparecerem algumas situações aonde realmente deve-se retornar null ou aceitar que algum campo, parâmetro ou variável local possa ser null em circunstâncias normais, e você tem que saber conviver com isso. Saber conviver com os nulls quando eles aparecerem sem causar um NullPointerException faz parte do que o programador Java deve fazer.

No final, todas as formas de se evitar o NullPointerException recaem em organizar a lógica do seu programa de modo a evitar cair em alguma das situações aonde ele possa aparecer. E em quase todas as situações aonde um NullPointerException aparece, ele deverá ser tratado como um erro de programação (como de fato quase sempre é): entenda porque ele ocorre e corrija o código para não mais ocorrer.


Por fim, vale a pena recomendar o SpotBugs, sucessor do famoso FindBugs. Trata-se de uma excelente e poderosa ferramenta de análise de código Java, capaz de detectar uma grande quantidade de erros de lógica, bugs, situações perigosas e más práticas de programação. E tudo isso obviamente inclui muitas situações que podem resultar em NullPointerException.

E se você for usar o SpotBugs (ou alguma outra ferramentas de verificação de código com características semelhantes), talvez você encontre uma anotação @NotNull, @NonNull ou @Nonnull, juntamente com alguma anotação @Null, @Nullable ou @CheckForNull. Várias pessoas de vários projetos diferentes criaram várias versões destas anotações com propósitos similares (o que é ruim, pois seria bem melhor se houvesse um único @NotNull canônico e um único @Nullable canônico). Você pode utilizar estas anotações em campos, variáveis, parâmetros e métodos para dizer para as ferramentas capazes de entendê-las que um null em determinado lugar é explicitamente proibido ou permitido. O SpotBugs é capaz de entender tais anotações, embora ele não necessite delas (mas se estiverem presentes, ele poderá fazer uma análise ainda mais profunda).

Uma outra ferramenta poderosa é o Checker Framework, que usa uma abordagem baseada em anotações (entre elas o @NonNull e o @Nullable) e funciona como um processador de anotações plugável diretamente no compilador. Com ele, é possível até mesmo transformar alguns locais onde poderia ocorrer um NullPointerException em erros de compilação, evitando a dor-de-cabeça de ter que rastreá-los em testes e/ou debugging.

2
  • 2
    Não seria melhor apenas contornar o problema do NullPointerException (i.e. pedindo a reentrada dos dados), ao invés de lançar outra exceção?
    – ptkato
    Commented 13/05/2015 às 21:50
  • 3
    @Patrick, às vezes sim, você poderia colocar isso dentro do while e só deixar sair quando o dado for diferente de null. Mas na prática, essa situação específica de pedir a reentrada dos dados é rara. O grande negócio aqui é: 1. Saber e entender porque que o null surgiu em cada caso particular. 2. Saber se é válido ele de fato surgir e corrigir o código caso não seja. 3. Se ele for de fato válido, corrigir o código para tratá-lo adequadamente. No fim tudo acaba recaindo em projetar a lógica do programa de forma a garantir que todos os nulls sejam manipulados de forma segura. Commented 13/05/2015 às 21:58
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A exceção NullPointerException é lançada quando se tenta usar um objecto que não tenha sido ainda instanciado.

Tendo como base este classe:

public class Endereco{
    public String rua;
    public String localidade;

    public Endereco(String rua, String localidade){
        this.rua = rua;
        this.localidade = localidade;
    }
    public String getMoradaCompleta(){
        return rua + "," + localidade;
    }
}

As situações mais usuais são as seguintes:

1 - Chamar um método de instância de um objeto não instanciado.

public printMoradaCompleta(Endereco endereco){
    String morada = endereco.getMoradaCompleta();
    System.out.println(morada);
}

2 - Acessar ou modificar um campo de um objeto não instanciado.

public printRua(Endereco endereco){
    String rua = endereco.rua;  
    System.out.println(rua);
}

3 - Acessar ou modificar um elemento de um array que não tenha sido inicializado.

public int getSecondElementFromArray(int[] array){

    return array[1];
}

Nas situações 1 e 2 os métodos irão falhar se o endereco passado for null.
Na situação 3 o método falhará caso array seja null ou não tenha sido atribuído nenhum valor ao segundo elemento do array.

A forma de prevenir estas situações é verificar se o parâmetro passado ao método não é nulo e caso seja lançar uma IllegalArgumentException:

public printMoradaCompleta(Endereco endereco){
    if(endereco == null){
        throw new IllegalArgumentException("O endereço não pode ser nulo");
    }
    String morada = endereco.getMoradaCompleta();
    System.out.println(morada);
}

Aqui pode ser encontrado um artigo mais completo sobre o assunto:

6
  • 2
    Só queria te dizer que nomes de variáveis e de métodos deveriam iniciar com letra minúscula, seguindo as convenções de nomes do Java (até a coloração de sintaxe aqui é afetada por isso). Além disso, falta um + no seu método MoradaCompleta na classe Endereco para que ele possa compilar, mas abaixo você usa getMoradaCompleta ao invés de MoradaCompleta. Commented 13/05/2015 às 13:55
  • 1
    Por fim, a sua resposta se limita a verificar se os parâmetros de um método são nulos e lançar um IllegalArgumentException se for. Mas há muito mais além disso a ser feito para evitar o NullPointerException. Aqui você estaria apenas trocando o NullPointerException por um IllegalArgumentException no parâmetro de um método, o que provavelmente não resolve o problema principal da maioria dos iniciantes que usam Java, que é de não saber ao certo quando uma referência é nula ou não. Commented 13/05/2015 às 13:58
  • 1
    Agradeço os seus comentários. Todo o código foi escrito diretamente na caixa de resposta não tendo ajuda a corretor de sintaxe. Além disso os trechos de código são exemplificativos e neste caso não é relevante se compilam pelas razões que apontou. É claro que devemos sempre ter cuidado para evitar que erros como esses ocorram. A resposta poderia, de fato, ser mais completa mas tornar-se-ia muito extensa, daí o link ao artigo. Aguardo com expectativa que poste uma resposta que de certo irá complementar/superar a minha.
    – ramaral
    Commented 13/05/2015 às 14:19
  • 2
    @ramaral não leve a mau. Mas, seu código está fora dos padrões do java como já foi citado e realmente, ele não compila. Você não poderia editar e arrumar ele ?
    – wryel
    Commented 13/05/2015 às 21:32
  • 2
    @wryel Editado.
    – ramaral
    Commented 13/05/2015 às 22:38
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O que é NullPointerException?

NullPointerException é uma exceção lançada quando se tenta acessar membros de um objeto que não existe.

Ou seja, o código presume que uma determinada variável referencia uma instância de um objeto e tenta acessar membros desta instância; então, quando não há instância de fato (a variável aponta para null em vez de referenciar um objeto), uma NullPointerException será lançada.

Veja:

Pessoa pessoa = new Pessoa();

No código acima, a variável pessoa referencia um objeto - ela referencia uma instância de Pessoa.

Pessoa pessoa = null;

E no código acima a variável pessoa não referencia nenhum objeto. Podemos dizer que ela "aponta para null" mas o mais usual é dizermos que "a variável é null".

Se você passar para um método qualquer esta variável que é null e este método tentar acessar um membro do objeto que ele presume existir, será lançada uma NullPointerException:

public void processaPessoa(Pessoa pessoa) {
    int idade = pessoa.getIdade(); //se pessoa é null, aqui será lançada uma NullPointerException.
    ... 
}

Quais são as principais causas de NullPointerException?

Esta exceção ocorre basicamente por dois motivos:

a) Erro de programação.

b) Erro de utilização de uma biblioteca ou framework.

Uma NullPointerException lançada pelo seu código é um erro de programação que você cometeu. E se ela for lançada pelo código de uma biblioteca ou framework de terceiros, não é necessariamente um erro de programação deles - é mais provável que você esteja utilizando a biblioteca da maneira errada (deixou de configurar algo ou configurou da maneira errada, por exemplo).

Que métodos ou práticas podem ser utilizadas para se prevenir de NullPointerException?

Para se prevenir desta exceção você deve evitar cometer erros de programação.

Por que é um erro de programação se o teu código lançar uma NullPointerException? Porque se isso acontecer então você escreveu um código para ser utilizado de um jeito e o está usando de outro jeito.

Considere este método:

public void processaPessoa(Pessoa pessoa) {
    // ... não importa o código que tem aqui.
}

O método acima jamais deveria lançar uma NullPointerException por pessoa ser null porque você jamais deveria passar uma variável null para ele!

A assinatura do método (seu nome e o parâmetro que ele espera) deixa muito óbvio que ele precisa de um objeto do tipo Pessoa para funcionar. Passar uma variável null para este método é um erro de programação.

Tratar no começo do método se a variável é null pode ajudar a diagnosticar o erro de programação mas eu considero uma prática ruim pois o código ficará sujo com validações que não são expressivas para o negócio.

Estas são validações expressivas para o negócio:

public void processaPessoa(Pessoa pessoa) {
    if (pessoa.getIdade() < 18) {
      throw new BusinessException("A pessoa precisa ser maior de idade para poder ser processada");
    }
    if (pessoa.getNotificacao() == null) {
      throw new BusinessException("A pessoa precisa ter sido notificada antes de ser processada.");
    }
    ... 
}

Já esta outra é uma validação ruim pois está sujando o código com instruções que não tem nada a ver com o negócio:

public void processaPessoa(Pessoa pessoa) {
    if (pessoa == null) {
        throw new InvalidArgumentExcetion("O parâmetro 'pessoa' não pode ser null.");
    }
    ... 
}

Este tipo de validação por vezes é defendida por facilitar o diagnóstico de erros, mas não é muito mais difícil perceber que pessoa é null simplesmente deixando estourar uma NullPointerException mais abaixo. Então eu opto por manter o código mais limpo e expressivo e não faço este tipo de validação.

Validações como esta devem ser feitas nos níveis mais altos da aplicação, na entrada de dados. Por exemplo:

// usuário entrou com o CPF da pessoa que ele quer processar

Pessoa pessoa = pessoas.find(cpf);
if (pessoa == null) {
    throw EntityNotFoundException("Não foi localizada nenhuma pessoa com o CPF " + cpf);
}
processaPessoa(pessoa);

Um erro comum ao tentar prevenir NullPointerException

Por ingenuidade ou por alguma característica não virtuosa, há programadores que se livram de NullPointerException assim:

public void processaPessoa(Pessoa pessoa) {
    if (pessoa != null) {
        // código para processar a pessoa.
    } // fim do método
}

O método acima nunca vai falhar por pessoa ser null, mas o sistema provavelmente vai falhar e vai ser do pior jeito possível: silenciosamente.

Todo mundo vai ficar achando que alguém foi processado mas isso não ocorreu e nenhum alerta foi dado.

Então a NullPointerException foi evitada ao custo do sistema ter sua integridade corrompida.

Conclusão

NullPointerException é uma exceção lançada quando se tenta acessar membros de um objeto que não existe.

A maneira de evitá-la não é validando no começo do método se os argumentos são null (pelo menos não na maioria das vezes).

A maneira de evitá-la é validando a entrada de dados nos níveis mais altos da aplicação (entradas do usuário, valores nos arquivos de configuração, fachada de serviços para consumo externo, etc.) e escrevendo código expressivo para que os seus consumidores saibam como consumi-lo.

Além disso, algumas vezes é válido no domínio que um objeto não exista (veja mais acima o exemplo da pessoa que não pôde ser processada porque não tinha sido notificada). Nestes casos, a existência do objeto deve ser validada antes de ele ser utilizado para que tenhamos um erro expressivo para o negócio em vez de termos uma NullPointerException.

Por fim, bibliotecas e frameworks lançam NullPointerException quando são utilizadas da maneira incorreta.

Quando uma NullPointerException é lançada por bibliotecas ou frameworks (pelo servidor de aplicativos, por exemplo) ficamos muito irados porque queríamos que eles tivessem validado os parâmetros e tivessem lançado um erro mais expressivo. Mas, como eu disse, geralmente é mais difícil descobrir por que uma variável chegou nula até ali do que simplesmente identificar que um determinado parâmetro é null.

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Essa exceção é lançada sempre que se tentar acessar um objeto que ainda não foi inicializado.

O que pode lançar a exceção:

  • Acessar métodos de objetos nulos.
  • Acessar ou modificar campos de objetos nulos.
  • Pegar o length de um null
  • Acessar ou modificar os slots de um null
  • Lançar uma exceção como se fosse 'lançável'

Em Java, é necessário sempre fazer duas coisas com qualquer objeto:

  • Declarar o objeto;
  • Inicializar o objeto (definir um valor diferente de null) - isso evita o NullPointerException

Ex comuns:

1º caso:

ArrayList<String> texto = null; //definido como null
texto.add("texto");

2º caso: // pense que a classe pessoa já foi criada com o atributo nome e o get/set

Pessoa p;
System.out.Println(p.getNome());

3º caso:

ArrayList<String> texto = null;
int i = texto.length;

4º caso:

Pessoa p = new Pessoa("maria");
Pessoa pessoas[] = null; 
pessoas[0] = p;

Em todos os casos, o que faltou?

INICIALIZAR O OBJETO (sem null)!!

Fonte: Javadoc

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  • 1
    Acho que as frases "Declarar o objeto" e "Inicializar o objeto" podem estar confusas ou até mesmo erradas, no contexto que você colocou, pois o que é declarado é a variável de referência, que quando inicializada corretamente está referenciando um objeto na memória. Objetos por sua vez não são declarados, são instanciados e podem estar sendo ou não referenciados por variáveis.
    – Math
    Commented 15/05/2015 às 13:39
  • Na verdade, instancias de classes e variáveis são objetos, não? Se estou me referindo aos dois (classes e variáveis), como posso escolher entre declarar e instanciar? Commented 15/05/2015 às 14:07
  • Posso estar sendo detalhista, mas objeto e variável são coisas distintas. Por exemplo o p em Pessoa p; é uma variável, não um objeto. Da mesma forma que é possível criar um objeto sem declarar uma variável para referencia-lo, assim: new Pessoa().getNome();.
    – Math
    Commented 15/05/2015 às 14:21
  • Esta sendo detalhista hehe mas ficou difícil de entender o que eu quis dizer? Se ficou mudo lá, mas não acho que deva ser crucificada por isso :P Até o/ Commented 15/05/2015 às 14:28
  • Com certeza não deve ser sacrificada, rs.. senão já teria levado vários negativos. Só estou deixando claro um ponto da sua resposta potencialmente impreciso. A resposta é sua, mude se achar que deve ;-)
    – Math
    Commented 15/05/2015 às 14:30
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Esse erro ocorre sempre quando eu tento captar uma informação que não teve valor atribuído.

Exemplo:

Vc tem no seu BEAN a class Cliente.

No seu main da classe principal você instância Cliente

Cliente cliente = new Cliente();

O erro ocorre quando por exemplo você vai imprimir o código do cliente.

System.out.println(cliente.getCodigo);

(Perceba que em nenhum momento atribuímos valor ao código do cliente, então o compilador vai exibir o erro NullPointerException, você está tentando imprimir algo vazio).

atribua o valor a cliente.setCodigo(1); depois imprima normalmente vai funcionar.

CORREÇÃO:
Essa exceção não vai ser apresentada no println (pois ele consegue tratar informações null).
O problema mesmo seria atribuir o valor a um jtextfiel, exemplo: seuTextField.setText(cliente.getCodigo());
//O erro vai acontecer pois não temos nada atribuído ao código do cliente.

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  • Votei negativo pelos seguintes motivos: Cliente cliente = new Cliente(); System.out.println(cliente.getCodigo); imprimiria null. Não dá NullPointerException. O System.out.println não tem problema em receber null, então não daria nenhum problema em tentar imprimir vazio. Dizer que o compilador lança o NullPointerException é absurdo, quem o lançaria seria a JVM. Além disso você esqueceu os parênteses após o getCodigo. Commented 13/05/2015 às 13:49
  • Verdade @victor-stafusa, o problema ocorre não quando vamos imprimir no println, mas quando vamos por exemplo atribuir a informação a um jTextFiel. (Exemplo: seuTextField.setText(cliente.getCod()); ) #desculpas Commented 13/05/2015 às 15:07
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Em Java, toda variável ou constante precisa de uma instância para que possa ser utilizada, supondo que temos uma classe Usuario, e passamos o nome no construtor:

Usuario usuarioVariavel = new Usuario("João");
usuarioVariavel = new Usuario("Felipe");

No exemplo acima, a variável "usuarioVariavel" estava com a instância de nome "João", depois foi atribuído uma nova instância de nome "Felipe", esquecendo "João"

NullPointerException é o acesso de um método ou atributo de uma variável que não possui instância

Por exemplo:

Usuario usuario = null;
int idade = usuario.getIdade(); //Gera NullPointerException

O melhor jeito de se previnir é a verificação se o objeto possui instância (diferente de nulo), por exemplo:

if(usuario!=null){
     int idade = usuario.getIdade();
     //...
}

Outro jeito, mas de menor desempenho (visto que quando uma exceção é lançada o Java tem que buscar informações sobre ela) é o tratamento da exceção:

try{
    int idade = usuario.getIdade();
}catch(NullPointerException npe){
    //Usuário não possui instância
}

Muitas vezes podemos evitar o NullPointerException quando o acesso de um método ou atributo não precisa ser obrigatoriamente de uma instância específica, mas sim, a classe em si guarda um determinado valor, onde todos que chamarem tal classe podem usar o método ou atributo, para isso definimos o método e/ou atributo como "static"

public class Usuario{
   private static int quantidadeUsuarios = 0;
   public static int getQuantidadeUsuarios(){
        return quantidadeUsuarios;
   } 
}

E chamasse:

int quantidade = Usuario.getQuantidadeUsuarios();  
//Não gera NullPointerException, porque o método não pertence à uma instância específica

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