A minha resposta vai ser dada de forma independente de tecnologia de desenvolvimento.
A sua pergunta essencial é:
"Como sabemos quem colocou um código no ambiente de produção?"
Idealmente, o sistema em execução no ambiente de produção é uma versão fechada, bem definida e unicamente identificável por meio de (ao menos) um código de versão como "v.1.0.0". Esse tipo de identificação existe essencialmente pra permitir aos administradores saberem exatamente o que está sendo executado no servidor em termos das funcionalidades implementadas.
Se o seu projeto usa um controle de versão da forma correta, o seu processo de trabalho é resumidamente o seguinte:
- Os desenvolvedores trabalham sobre a correção de problemas e implementação de novidades decorrentes de pedidos específicos, geralmente identificados por números de "tickets" em um sistema de controle de alterações (que pode ou não ser integrado ao sistema de controle de versão). As alterações no código são feitas de forma que sejam rastreáveis em relação a esses pedidos. Por exemplo, ao fazer os commits no Git, os desenvolvedores podem indicar no comentário qual é o número do ticket ao qual as alterações se relacionam.
- Alguém responsável na equipe planeja a próxima versão (por exemplo, v.1.0.1) em termos de quais correções e novidades vão ser entregues. Essa pessoa cobra os desenvolvedores pela implementação do código e os integradores pelos testes de regressão, e eventualmente demanda a produção (compilação) da nova versão, que incluirá apenas as mudanças planejadas. Isso tudo é feito fora do servidor de produção, até porque pode ser feito enquanto o sistema atual está em execução e servindo aos clientes.
- Depois da nova versão gerada, ela é atualizada no servidor de produção (em algum momento oportuno, como por exemplo durante a noite em que o uso do sistema é menor e a interrupção para atualização gerará menos transtornos). A partir da identificação da versão (v.1.0.1) e da matriz de rastreabilidade provida pelas ferramentas utilizadas e, principalmente, pelo processo (em que os problemas são descritos por um ticket específico e os desenvolvedores sempre lembram de indicar tais tickets nos comentários dos commits), é fácil identificar quais alterações foram adicionadas (e quem as fez) ao novo sistema em execução no servidor de produção. Ainda mais importante do que isso, em caso de regressões, é mais fácil identificar a causa.
Em resumo, você só sabe quem colocou algo no servidor de produção se tem o histórico das atualizações efetuadas e as atualizações futuras são feitas de forma independente do que está em execução hoje.
Usar controle de versão no servidor não é um problema em si desde que as áreas com o que é executado e o que está sendo desenvolvido sejam mantidas separadas. Caso contrário, o que está sendo executado (supondo algo que seja interpretado) será constantemente alterado e você simplesmente perde o controle de quais funcionalidades estão em uso. Mas do ponto de vista de desempenho e segurança, não parece ser uma boa ideia usar o mesmo servidor para as duas tarefas. A mesma máquina estará dividindo recursos pra o cliente final e para os desenvolvedores, e qualquer necessidade de parada (para atualizar o seu software de controle de versão, por exemplo) vai impactar na disponibilidade do serviço para os clientes.
Se você não usa nenhum sistema de controle de versão (só FTP, como diz), é ainda mais importante manter as estruturas separadas para você ter ao menos algum controle manual de quais as funcionalidades estarão em execução. Em algum momento, alguém responsável vai precisar interromper as atividades de codificação para "agrupar" o código em uma versão identificável e colocá-la no servidor de produção.