Se existe o recurso é porque existe uma razão para seu uso. Salvo existir algo complementar que o torne obsoleto.
Provavelmente a recomendação de não usar é para tentar otimizações. Isso pode ser considerado otimização prematura, principalmente porque o PHP já faz otimização de passar o argumento por referência quando isso é útil mesmo que não tenha nenhuma menção a passar por referência. Claro que se a semântica esperada não é a passagem por referência, a otimização trata de usar a técnica de copy-on-write. Então uma tentativa de otimizar passando algo por referência pode até atrapalhar esta otimização.
Nem vou repetir o que sempre falo que micro-otimizar PHP não costuma ser a coisa mais produtiva.
Embora raro, pode haver o problema de começar ter referências p/ referências e perder o controle se for usado em exagero.
Mas se a intenção realmente é passar por referência, se tem um bom motivo para usar isso, aí não tem problema. E de fato, raramente ela é necessária. Quase sempre quando alguém pensa em usar uma referência, provavelmente está pensando na performance ou não achou uma forma melhor de fazer o mesmo, então o uso é errado.
Quase sempre que a intenção é passar por referência, deveria fazer isso com um tipo que naturalmente é passado com esta semântica.
Mas para tudo existe motivo para usar ou não usar. Como tudo, use se realmente souber o que está fazendo, se entende todas implicações. E não use se não souber porque está usando. Nem todo mundo entende o que acontece com os dados quando usa uma referência. Não é tão complicado, mas é fácil esquecer que está manipulando uma referência e isto tem consequências em toda escrita realizada naquela variável.
Eu entendi o uso da referência no argumento que é diferente do parâmetro. Mas depois da resposta do Zuul eu prestei mais atenção ao exemplo e vi algo diferente.
Tem problema sim.
Uma coisa é você dizer que quer passar um argumento por referência, conforme o título da pergunta, outra coisa é pedir no parâmetro que o argumento seja recebido por referência implicitamente. Ou seja, quem chama não sabe que está passando por referência algo que deveria ser passado por valor em condições normais.
Mas que raio de linguagem permite isto? PHP, claro. E os mantenedores da linguagem se superaram. Eu não sabia mas as versões mais novas tornaram o problema ainda pior.
Obrigar que o chamador use uma referência não é tão ruim assim. Pense bem. Se o chamador está explicitamente passando por referência, ele mostra que sabe que esta semântica está sendo usada, que mal pode causar? No máximo, o que eu citei, o programador não saber direito o que isto significa.
Então uma possibilidade de melhoria na linguagem seria obrigar a chamada usar a referência no argumento quando o parâmetro foi anotado para ser recebido por referência.
Mas o que ela fez? Proibiu fazer :D Isto... é... in-crí-vel!
Aí as versões novas tornou a referência impraticável para quem gosta de código organizado, expressivo, de código que indique sua intenção e não dê margem à interpretação errada. Como a passagem por referência agora é obrigatoriamente implícita use-a se quiser criar confusão.
Isto seria o "certo":
<?php
function something(&$string) {
$string .= 'B';
}
$variavel = 'A';
something(&$variavel); //<============ Note aqui
echo $variavel; //Irá mostrar "AB"
Mas isto não compila. O certo era isto ser obrigatório. Assim a "assinatura" da chamada bate com a assinatura da definição da função. Ou seja, ambas possuem a referência.
Veja funcionando no ideone. E no repl.it. Também coloquei no GitHub para referência futura.
Não estou dizendo que programadores cuidadosos não possam programar usando referências implícitas sem causar problemas. Mas programadores cuidadosos programam em C, em Assembly :) O que eu quero dizer é que PHP não deveria ser uma linguagem onde você tem que ter este tipo de preocupação. Na verdade esta especificamente, nem C tem. Em C você tem que ser explícito.
Claro que não estou falando do tipos que são conhecidos por serem por referência, aí como é de conhecimento de todo programador fica mais fácil entender.
Concluindo, tem problema de legibilidade, sim, mas não quer dizer que não deve ser usada em hipótese alguma. Eu realmente evitaria e quando fosse preciso usar, eu documentaria de forma ostensiva.