Como separar o que é um novo vértice do que é uma nova aresta. Imagino que eu precise comparar o último caractere da string com ':' ou ';', mas como eu identifico esse último caractere se as entradas possuem tamanhos diferentes?
A julgar pelos arquivos que mostrou o vértice é o primeiro campo de cada linha e as arestas vem a seguir. Sabe que terminou a lista de arestas quando a linha acaba
Como fazer um laço que leia todos esses vértices e arestas, mas pare antes da última linha que indica o tipo de representação do grafo ou então sirva também para tratar essa linha?
A primeira linha do arquivo não diz exatamente isso? São 2+n
linhas onde a primeira linha diz o valor de n
. Seu primeiro exemplo tem 10 linhas para 8 vértices. O segundo tem 11 linhas...
Exemplos em C
Duas maneiras comuns de fazer isso em C:
- usar
scanf()
que foi escrita para consumir esse tipo de dado
- usar uma maquina de estados e ler letra a letra.
[1] usando scanf()
As arestas vem linha a linha, e os delimitadores podem ser :
ou ;
ou um '\n'
então para scanf()
se pode usar
char mascara[] = "%[^\n;:]%c";
como especificadores para consumir os dados: o primeiro especificador %[^\n;:]
consome o campo e o segundo consome o caracter que encerrou o campo. Nada mais. Lembrando que o ^
na primeira posição inverte a condição, de modo a aceitar tudo exceto os 3 símbolos que vem a seguir.
2 problemas:
- seria mais simples garantir que as linhas não terminem por
;
e apenas com '\n'
para não ter que tratar os dois casos
- espaços em branco no arquivo são um inferno e vão parar dentro das strings
Deixei as duas opções nos arquivos para testar, como pode ver acima.
[1] o exemplo usando scanf()
main.c
#include <stdio.h>
#include <string.h>
void trim(char*);
int main(int argc, char** argv)
{
const char* tipo[] = {
"matriz de adjacencia", "listas de adjacencia"};
char mascara[] = "%[^\n;:]%c";
char campo[4096], delim[4];
int n = 0;
int campos = 0;
delim[0] = 'x';
const char* padrao = "f2.txt";
char arquivo[132];
strcpy(arquivo, padrao);
if (argc > 1) strcpy(arquivo, argv[1]);
FILE* ent = fopen(padrao, "r");
char* p = fgets(campo, sizeof(campo), ent);
if (p == NULL)
{
fclose(ent);
return - 1;
}
int n_vert = atoi(campo);
if (n_vert <= 0)
{
fclose(ent);
return -2;
}
printf("%d Vertices\n\nArestas:\n", n_vert);
while (n_vert>0)
{
n = fscanf(ent,mascara,campo,delim);
if (n < 1)
{
fgetc(ent);
--n_vert;
continue;
}
trim(campo);
switch (delim[0])
{
case '\n':
// terminou uma linha
printf(" [%s]", campo);
--n_vert;
break;
case ':':
// novo label
printf("\n\t[%s]: ", campo);
break;
case ';':
// nova aresta
printf("\t[%s]", campo);
break;
default:
// algo errado
printf(
"\nErro! Delimitador = %d\n", delim[0]);
break;
}; // switch()
campos += 1;
};
p = fgets(campo, sizeof(campo), ent);
if (p == NULL)
{
fclose(ent);
return -3;
}
n_vert = atoi(campo);
if (n_vert <= 0)
{
fclose(ent);
return -4;
}
printf("\n\nRepresentacao: %s\n", tipo[n_vert!=2]);
fclose(ent);
return 0;
};
void trim(char* str)
{ // elimina os espacos de str
size_t n = strlen(str);
size_t br = 0;
char* pin = str;
char* pout = str;
while (*pin != 0)
{ if (*pin == ' ') br++;
else
{ if (pin != pout) *pout = *pin;
++pout;
}
++pin;
};
*(str + n - br) = 0;
return;
};
[2] exemplo usando uma máquina de estados
Aqui não precisa de trim()
porque a própria máquina pode eliminar os espaços. A lógica é a mesma e os estados são auto-explicativos: procura os vértices, depois as arestas até terminar
o código do segundo exemplo
// os estados da maquina
#define ARE_ 3
#define ERR_ 2
#define PRE_ 1
// o fim de linha
#define EOL '\n'
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
#include <string.h>
int main(int argc, char** argv)
{
char st_ = PRE_; // o esado
const char* tipo[] = {
"matriz de adjacencia", "listas de adjacencia"};
char campo[512];
const char* padrao = "f2.txt";
char arquivo[132];
// trata o parametro nome do arquivo
strcpy(arquivo, padrao);
if (argc > 1) strcpy(arquivo, argv[1]);
FILE* ent = fopen(arquivo, "r");
char* p = fgets(campo, sizeof(campo), ent);
if (p == NULL)
{
fclose(ent);
return -1;
}
// identifica o n. de vertices
int n_vert = atoi(campo);
if (n_vert <= 0)
{
fclose(ent);
return -2;
}
printf("%d Vertices\n\nArestas:\n", n_vert);
// tenta ler os vertices e arestas
int c = fgetc(ent);
if (feof(ent))
{
fclose(ent);
return -3; // arquivo vazio
}
while (n_vert > 0)
{
switch (st_)
{
case ARE_: // lendo arestas
switch (c)
{
case ':':
st_ = ERR_;
break;
case ' ':
case '\t':
break;
case ';':
*p = 0; // termina string
// nova aresta
printf("\t[%s]", campo);
p = campo; // reinicia
break;
case EOL: // fim da linha
*p = 0; // termina string
if (p[0] != 0)
printf("\t[%s]\n", campo);
p = campo; // reinicia
st_ = PRE_;
n_vert -= 1; // achou mais um
break;
default:
*p++ = (char)c;
break;
}
break;
case PRE_:
switch (c)
{
case ':':
*p = 0; // termina string
// novo label
printf("\n\t[%s]: ", campo);
st_ = ARE_; // busca arestas
p = campo; // reset
break;
case ' ':
case '\t':
break;
case ';':
st_ = ERR_;
break;
default:
*p++ = (char)c;
break;
}
break;
case ERR_:
fprintf(
stderr, "\n\tErro no arquivo %s\n",
arquivo);
fclose(ent);
return -4;
break;
default:
break;
}; // switch()
c = fgetc(ent);
if ((feof(ent)) && (n_vert != 0))
{
fprintf(
stderr, "\n\tErro no arquivo %s\n",
arquivo);
fclose(ent);
return -4;
}
}; // while()
// sai do loop com o criterio lido
// 1 = listas de adjacencia
printf("\n\nRepresentacao: %s\n", tipo[(c=='1')]);
fclose(ent);
return 0;
};
A saída dos dois programas é, claro, a mesma
Os programas esperam o nome do arquivo como parâmetro. Na falta deles um valor padrão é assumido.
Considere os arquivos
f1.txt
8
a:b;
b: c ;e ;f
c:d;g;
d:c;h
e:a;f;
f:g
g:f;h;
h:h
2
f2.txt
9
undershorts: pants; shoes;
pants: belt; shoes;
belt: jacket;
shirt: belt; tie;
tie: jacket;
jacket:
socks: shoes;
shoes:
watch:
1
saída dos 2 programas
PS C:\so> .\teste f1.txt
8 Vertices
Arestas:
[a]: [b]
[b]: [c] [e] [f]
[c]: [d] [g]
[d]: [c] [h]
[e]: [a] [f]
[f]: [g]
[g]: [f] [h]
[h]: [h]
Representacao: matriz de adjacencia
PS C:\so> .\teste f2.txt
9 Vertices
Arestas:
[undershorts]: [pants] [shoes]
[pants]: [belt] [shoes]
[belt]: [jacket]
[shirt]: [belt] [tie]
[tie]: [jacket]
[jacket]:
[socks]: [shoes]
[shoes]:
[watch]:
Representacao: listas de adjacencia
e deve servir como exemplo para casos como esse. A função trim()
existe para remover eventuais espaços DENTRO dos campos no arquivo, como é o caso do exemplo que o autor postou. Sem isso as arestas poderiam ter nomes diferentes a cada vez, em existindo espaços no arquivo de entrada. Um inferno. O exemplo aceita campos terminados por ;
ou por '\n'.
usando isso em um programa
Ao invés de mostrar os vértices e arestas como o exemplo apenas insira os valores na lista de vértices e as arestas na matriz ou nas listas conforme o caso. É claro que seria mais esperto se a opção que define como vai armazenar as arestas viesse antes da leitura... Do modo como está vai precisar de algo intermediário.
:
ou;
e então ja tem a resposta pra tudo aquilo que está no buffer. 2 - A primeira vez que ler é o quantidade de linhas seguintes que irá ler, dpoeis de ler toda as linhas (Que você ja sabe a quantidade, foi informado antes), só voltar a ler o numero (e que ao ler, volta a ler as linhas, como no mencionei antes).