No C# 8.0 foi introduzido o operador !
(null-null).
Exemplo:
public static void Main()
{
Person? p = Find("John");
if (IsValid(p))
{
Console.WriteLine($"Found {p!.Name}");
}
}
Qual a sua funcionalidade?
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, neste contexto, é chamado de null-forgiving, também de null-suppression, ou dammit para os íntimos.
O ponto é outro operador e faz o que sempre fez.
C# 8 introduziu o que é chamado de nullable references. Se você conhece bem a linguagem deve imaginar que isso sempre existiu, os tipos por referência sempre foram anuláveis, diferente dos tipos por valor que inicialmente não eram anuláveis e só na versão 2 da linguagem passaram ter essa capacidade opcional usando um truque, e assim esses tipos passaram ser declarados com um ?
depois do nome (ex.: int?
). C# 8 passou tornar linear e os tipos por referência anuláveis passaram ser declarados assim também (ex.: string?
). Mas por questão de compatibilidade o tipo ainda funciona de forma anulável sem o ?
de forma contextual, você pode ligar ou desligar isso. Pode ver mais em Existe desvantagem ou é prejudicial utilizar tipos nulos?.
Então se naquele contexto de compilação estiver ligado o compilador trata os tipos por referência sem o ?
como tipos não anuláveis e o código fica mais seguro do ponto de vista de tipagem já que o nulo é uma distorção da tipagem.
Obviamente que existe uma conversa entre os tipos anuláveis e os tipos não anuláveis e os tipos não anuláveis não podem receber um valor de tipo anulável até que prove que ele não é nulo já que este não é um valor aceitável. Em alguns casos o compilador pode provar isso, em outros o programador precisa dizer isso para o compilador.
è aí que entra esse operador, ele diz que aquele objeto não tem um valor nulo, então o compilador deve calar a boca e aceitar que ele pode ser usado com um tipo não anulável. Sem ele o compilador daria erro para dar mais segurança ao código.
Aí, o que acontece se o objeto der um nulo? Dá erro de execução e quebra a aplicação se não tiver uma captura de exceção) (que é um erro e programação). Você tem que ter certeza que o valor não é nulo, caso contrário tornou seu código menos seguro.
No seu exemplo eu imagino que o método IsValid()
determina que o valor não é nulo (de fato na documentação com código idêntico é assim), então você estaria seguro. O compilador não poderia garantir isso.
Porém esse operador não precisa ser usado em outra situação:
Person? p = Find("John");
if (p != null && p.Name != null) WriteLine($"Found {p.Name}");
Coloquei no GitHub para referência futura.
Assim o compilador sabe que não é nulo e aceita. Pode ser escrito assim também: p is not null
(pattern matching).
Você também marcar certos métodos (\[NotNullWhen(true)\]
) como garantidores que o objeto não é nulo, quando isso estiver disponível poderia dizer que o IsValid()
é um caso desses e aí o compilador pode garantir a não nulidade mesmo no código original, e de fato é mostrado assim também na documentação. Veja mais.
Então seu uso deve ser bem pouco em códigos modernos. O .NET mudou todos seus métodos para deixar o mais seguro possível, mas não pode fazer milagres para não quebrar a compatibilidade, uma pena, pagaremos um preço para sempre por um erro no início. Esse é talvez o maior erro do C#.
p
não é nulo naquele momento. Isso vai impedi-lo de lançar um aviso de possível "Null Reference Exception".p
seja nulo.