No R, as funções irão retornar por padrão o último valor calculado, não importanto se return()
foi usado ou não:
f <- function(x) {
x^3
x^2
sqrt(x)
}
f(9)
#> [1] 3
O uso do return
pode te fazer alterar a ordem em que o resultado da função é retornado, caso seja necessário por algum motivo:
g <- function(x) {
x^3
return(x^2)
sqrt(x)
}
g(9)
#> [1] 81
Em particular, no livro Wickham, H. (2015) Advanced R Programming (que é do mesmo autor do link fornecido), temos o seguinte parágrafo, na Seção 6.6, página 94:
Generally, I think it’s good style to reserve the use of an explicit return()
for when you are returning early, such as for an error, or a simple case of the function. This style of programming can also reduce the level of indentation, and generally make functions easier to understand because you can reason about them locally.
Em um tradução livre,
Geralmente, acho que é um bom estilo reservar o uso de um return()
explícito para quando você retornar [o valor de uma função] mais cedo, como para um erro ou um caso simples da função. Este estilo de programação também pode reduzir o nível de indentação e geralmente torna as funções mais fáceis de entender porque você pode raciocinar sobre elas localmente.
Ou seja, ao menos para uma das maiores referência em programação em R, usar a função return()
acaba sendo uma questão mais de estilo de programação do que de obrigatoriedade em si de utilizar este recurso. Eu, particularmente, sempre uso, mesmo quando não é necessário. A meu ver, isso deixa o meu código mais organizado.
Por fim, podemos avaliar se o uso de return()
traz alguma mudança de desempenho no tempo de execução de j01
e j02
, ou seja, se há alguma diferença grande no desempenho da função com ou sem return()
.
j01 <- function(x) {
if (x < 10) {
0
} else {
10
}
}
j02 <- function(x) {
if (x < 10) {
return(0)
} else {
return(10)
}
}
library(microbenchmark)
library(ggplot2)
res <- microbenchmark(j01, j02, times = 100000)
res
#> Unit: nanoseconds
#> expr min lq mean median uq max neval cld
#> j01 25 26 28.55451 27 30 11199 1e+05 a
#> j02 25 26 28.85948 27 30 23723 1e+05 a
autoplot(res)

Como podemos ver, tanto numérica quanto graficamente, a diferença no tempo de execução é mínima (o código com return()
é 0.30497 nanossegundos mais lento em meu computador). Portanto, não faz diferença em termos de desempenho computacional usar ou não return()
em função simples como estas.