Não tão off-topic: URI é Universidade Regional Integrada, uma universidade de Erechim, RS. Online Judge é uma plataforma de programação competitiva, ou algo assim.
Esse problema é iterativo: são N
casos de teste e cada caso tem um certo número de disparos da tal arma. E para cada disparo a reação será J
ou S
, jump ou stand still. 2 linhas trazem os pares altura do tiro / atitude do jogador, e a saída para cada série é o número de vezes em que o cara foi atingido.
A decisão é uma tabela: a altura do tiro vai de 1 a 7. No caso de ele ficar parado a altura ser 1 ou 2, ele será atingido. E caso ele pule e a altura seja 3 ou maior, também será atingido. Nada mais. Eis a tabela:
Alt < 3 Pula? Resultado
N N A Salvo
N S Atingido
S N Atingido
S S A Salvo
No exemplo, essa tabela em C tem os 4 resultados
int destino[2][2] = {0, 1, 1, 0}; // os resultados
Exemplo em C
Claro que já tendo os 4 casos do exemplo seria melhor poder testar logo com esses e ler de um arquivo, e apenas se desse certo leria da entrada padrão, como o caso do programa no tal Online Judge.
Ler dados do teclado é muito mais chato e complicado que ler de um simples arquivo que você digita no próprio IDE, e vou mostrar no exemplo que pode usar o mesmo código...
Eis os dados de entrada de exemplo
4 repeticoes
9 pulos
1 3 2 3 3 1 2 2 1
JJSSSJSSJ
49 pulos
1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 4 4 4 4 4 4 4 5 5 5 5 5 5 5 6 6 6 6 6 6 6 7 7 7 7 7 7 7
SSSSSSSSSSSSSSJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJJ
4 pulos
1 2 2 1
SJJS
1 pulo
1
J
Dependendo de como você ler em C pode até deixar texto no arquivo pra não ter que ficar procurando os testes no meio do arquivo...
E o resultado esperado
4
49
2
0
Então o mais simples é colocar esses dados em um arquivo, como
exemplo.txt
E o programa em C aceita um parâmetro opcional que é o óbvio nome do arquivo. Assim você pode testar com dados de um arquivo que digita no próprio editor, e se não usar o parâmetro o programa lê do teclado mesmo...
Rodando o exemplo
Os 4 testes óbvios: 2J 4J 2S 4S
lembrando que com a altura menor que 3 se pular se salva, e com a altura maior que 2 se pular é atingido, e 0 indica que não foi atingido...
SO>./f1-0903
1
1
2
J
0
SO>./f1-0903
1
1
4
J
1
SO> ./f1-0903
1
1
2
S
1
SO> ./f1-0903
1
1
4
S
0
Claro que a saída seria apenas a quarta linha de cada caso, o número de hits.
0
1
1
0
chamando com o arquivo que tem os dados do exemplo
SO> ./f1-0903 exemplo.txt
4
49
2
0
Claro que f1-0903
era o nome do programa na máquina de teste.
E esse é o resultado esperado.
lendo do arquivo OU do teclado
FILE* ent;
if (argc > 1)
{ // veio algo entao e o nome do arquivo
ent = fopen(argv[1], "r");
if (ent == NULL) return -1;
}
else
ent = stdin; // nao veio o arquivo...
Basta isso. Se não vier nada na linha de comando lê os dados do teclado.
Não faz sentido ficar digitando dados a toa para cada teste.
No exemplo usei fgets()
para ler os valores que vem sozinhos na linha pra não perder tempo com lances de buffer, e para poder escrever no resto da linha pra não ter que ficar contando no editor :)
Depois de ler o total de testes o programa tem um loop para fazer os testes, e termina.
O loop dos testes lê o total de disparos e o vetor de alturas.
Não é preciso ler o vetor de ações porque de nada serve. Só precisamos saber a ação porque já temos a altura do tiro, e então pode somar direto no número de hits em uma linha de acordo com a tabela que tem acima
mortes += destino[altura[t] < 3][mov == 'J'];
o programa todo
/*
EXEMPLO C relativo a questao
https://pt.stackoverflow.com/questions/526544
e ao problea 1250 do URI Online Judge
https://www.urionlinejudge.com.br/judge/pt/problems/view/1250
*/
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
int main(int argc, char** argv)
{
char linha[200];
FILE* ent;
if (argc > 1)
{ // veio algo entao e o nome do arquivo
ent = fopen(argv[1], "r");
if (ent == NULL) return -1;
}
else
ent = stdin; // nao veio o arquivo...
int destino[2][2] = {0, 1, 1, 0}; // os resultados
fgets(linha, sizeof linha, ent);
int N = 0; // o total de testes
int res = sscanf(linha, "%d", &N);
if (res < 0) return -1;
// os N testes
for (int n = 0; n < N; n += 1)
{ // o teste 'n'
int T = 0; // disparos
fgets(linha, sizeof linha, ent);
res = sscanf(linha, "%d", &T);
if (res < 0) return -2;
// os 'T' disparos
int altura[50];
for (int t = 0; t < T; t += 1)
{
// le o vetor das alturas
res = fscanf(ent, "%d", altura + t);
if (res < 0) return -2;
}; // for(t)
fgets(linha, sizeof linha, ent); // le o '\n' da linha anterior
// calcula as mortes afinal
char mov; // movimento
int mortes = 0;
for (int t = 0; t < T; t += 1)
{ // para cada altura testa se foi atingido
res = fscanf(ent, "%c", &mov);
if (res < 0) return -2;
mortes += destino[altura[t] < 3][mov == 'J'];
}; // for(t)
printf("%d\n", mortes);
fgets(linha, sizeof linha, ent);
}; // for (n)
fclose(ent);
return 0;
}
sobre seu programa
int rep, mov, ace, i, i2;
scanf("%d", &rep);
for (i = 0; i < rep; i++)
{
ace = 0;
scanf("%d", &mov);
Evite esse tipo de construção. Mesmo sendo um programa para "competição" mostre ao sujeito que estiver usando o programa o que espera ler. E não seria demais mostrar o que leu. Muitas o programa dá errado porque está achando que leu algo e não leu, como ao confundir '0'
a letra e 0
o número.
Teste sempre o retorno de scanf()
. Como nesse caso só tem um especificador pode retornar 1
, 0
ou -1
. Se ler o número vai retornar 1
, mas se não ler qual o sentido de seguir com o programa? Experimente teclar um x
nessa hora...
No for
declare sempre a variável de controle do loop. Esse era um problema da linguagem, corrigido há uns 40 anos.
Evite declarar mais de uma variável por linha. Linhas são grátis. E inicialize todas as variáveis. Vai te salvar muitas vezes.
Use nomes mais expressivos, em especial em casos como i
e i2
que são globais em main()
Não pode declarar
int tiro[mov];
deve ser ser um valor conhecido em tempo de compilação, como
int tiro[300];
Ou deve alocar na hora, como em
int* tiro = (int*) malloc(300 * sizeof (int))
exemplo
Recortando e colando de seu programa, compare com um modo comum de escrever isso:
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
int main()
{
int rep = 0;
int mov = 0;
int ace = 0;
printf("rep? : ");
int res = scanf("%d", &rep);
if (res < 0 ) return - 1;
printf("rep = %d\n", rep);
for (int i = 0; i < rep; i++)
{
ace = 0;
printf("mov? : ");
res = scanf("%d", &mov);
if (res < 0) return -2;
if (mov > 512) mov = 512; // um limite...
printf("mov = %d\n", mov);
// le os tiro[0] a tiro[mov-1]
int* tiro = (int*)malloc(mov * sizeof(int));
for (int i2 = 0; i2 < mov; i2++)
{
res = scanf("%d", &tiro[i2]);
if (res < 0) return -3;
}
// mostra os caras...
printf("Tiro:\n");
for (int i2 = 0; i2 < mov; i2++)
{
printf("%d ", tiro[i2]);
if ((i2 % 4) == 3) printf("\n"); // 4 por linha
}
printf("\n");
free(tiro); // apaga o vetor
}
return 0;
}
que aloca o vetor 'tiro[]` a cada repetição e apaga ao final
saída
rep? : 1
rep = 1
mov? : 8
mov = 8
1
2
3
4
5
6
7
8
Tiro:
1 2 3 4
5 6 7 8