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Como eu posso elevar um número a uma potência sem usar a biblioteca math.h?

Exemplo:

potencia = x ^ 1/2;

Como faço isso em c++?

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  • 1
    Por que não usar a função pronta da libc? Você está fazendo isso para um ambiente sem a libc ou é apenas um exercício para aprender como funciona? 11/02/2014 às 15:05
  • 1
    Só para perceber: qual o porquê de não utilizar a biblioteca math.h?
    – ramaral
    11/02/2014 às 15:06
  • 1
    Para expoentes inteiros é trivial, mas para qualquer outro caso isso é um problema de matemática/análise numérica, praticamente independente da linguagem. 11/02/2014 às 15:11
  • Não é nada trivial, mas se isso ajudar, segue um link para uma implementação: netlib.org/fdlibm/e_pow.c 11/02/2014 às 15:27
  • Possível duplicata de Como elevar número a potência fracionada? 28/01/2018 às 6:07

8 Respostas 8

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Se o objetivo é aprender como a função funciona, uma boa forma é ler o código fonte de alguma implementação da libc, tomarei por exemplo a glibc.

A função powf (chamada internamente de __powf) está definida no /math/w_powf.c. A operação dela se resume a chamar a __ieee754_powf que faz a operação real e depois lida com edge cases. Essa segunda está definida em /sysdeps/ieee754/flt-32/e_powf.c. Não é um código fácil de ler, mas pode valer o esforço. O interessante nesse código é que ele computa em tempo constante. Não há loops ou recursão.

Em uma outra implementação, a dietlibc, a função está no arquivo /libm/pow.c. Ela tem uma otimização para inteiros que calcula em um loop. O pow para não inteiros é calculado como exp(log(mant)*expo), delegando a outras funções. A função exp e log são implementadas em assembly usando instruções apropriadas da FPU que fazem o cálculo em hardware. Ver /i386/log.S e /i386/exp.S.

Recomendo cuidado se pretende implementar sua própria versão de alguma dessas funções. Faça isso apenas se for realmente necessário (você estar em um ambiente extremamente limitado de recursos e não pode se dar ao luxo de incluir uma libc junto a sua aplicação). Escrever uma função equivalente pode ser muito interessante para estudos, mas não em produção.

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  • 3
    Colocando de outra forma: implemente exp(x) e ln(x) usando séries infinitas e depois use a igualdade x^n = exp(n * ln(x))
    – epx
    12/02/2014 às 4:04
  • @epx, a exp(x) é bastante simples de implementar com séries. Mas e quanto ao log(x)? Fiz alguns testes e não pude criar uma série convergente sem limitar o dominio. Alguma sugestão? 12/02/2014 às 13:34
  • Podemos dividir x por "e", por n vezes, até tornar |x|<1, usar a série de Taylor, e adicionar n ao resultado.
    – epx
    12/02/2014 às 13:56
  • @epx O resultado não saiu tão preciso quanto eu gostaria. Fiz algo errado aqui? Coliru 12/02/2014 às 14:15
  • 1
    publiquei uma versão melhorada do seu código como resposta, funcionou razoavelmente bem, só precisaria testar com limites extremos e calibrar a precisão.
    – epx
    12/02/2014 às 16:19
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Bem vindo ao mundo da matemática computacional onde várias funções como Pi, raiz quadrada, seno e coseno são implementadas como o somatórios de séries infinitas convergentes.

Existe uma questão igual no StackOverflow em inglês que vale a pena ler:

https://stackoverflow.com/questions/2882706/how-can-i-write-a-power-function-myself

Também pode ser interessante visitar o wiki da fast inverse square root que fala da implementação performática (e menos precisa) do algoritmo.

http://en.wikipedia.org/wiki/Fast_inverse_square_root

Lembrando que todas esses algoritmos oferecem valores com algum grau de precisão, nunca um valor exato pois uma precisão "infinita" precisaria de processamento infinito e memória infinita.

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  • 2
    Precisão "infinita" pode ser alcançada representando os valores na memória de forma simbólica. Por exemplo sqrt(2) é guardado como sqrt(2) e não como o resultado disso. Assim quando esse valor for elevado ao quadrado, o resultado é perfeitamente e exatamente 2. 12/02/2014 às 13:55
  • 1
    Estamos falando de somatório de séries infinitas convergentes não de matemática simbólica. Me atrevo a dizer que persitir símbolos dessa forma esta completamente fora do escopo da questão levantada pelo OP
    – jean
    12/02/2014 às 15:30
  • 1
    É completamente fora sim. Estou apenas acrescentando. 12/02/2014 às 15:31
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Minha tentativa, baseada no @Guilherme Bernal. Certamente tem problemas com valores extremos, acumulação de erros de arredondamento etc. etc. mas para valores "bem comportados" pareceu funcionar bem.

#include <stdio.h>
#include <math.h>

double epsilon = 1e-15;

double myexp(double x) {
    double old_r = 0;
    double r = 1 + x;
    double div = 1;
    double i = 1;
    double m = x;
    while (fabs(1 - r / old_r) > epsilon) {
       div *= ++i;
       m *= x;
       old_r = r;
       r += m / div;
    }

    return r;
}

double mylog(double x) {
    static const double e = 2.718281828459045;
    int n = 0;
    while (fabs(x) >= 1) {
        x /= e;
        ++n;
    }

    x -= 1;
    double r = x;
    double m = x;
    double old_r = 0;
    double div = 1;
    double signal = 1;
    while (fabs(1 - r / old_r) > epsilon) {
       m *= x;
       old_r = r;
       signal *= -1;
       r += signal * m / ++div;
    }   
    return n+r;
}

int main() {
    printf("exp(1) = %.15f\n", exp(1));
    printf("exp(10) = %.15f\n", exp(10));
    printf("log(exp(10)) = %.15f\n", log(exp(10)));
    printf("sqrt(2) = %.15f\n", exp(0.5*log(2)));
    printf("--\n");
    printf("exp(1) = %.15f\n", myexp(1));
    printf("exp(10) = %.15f\n", myexp(10));
    printf("log(exp(10)) = %.15f\n", mylog(myexp(10)));
    printf("sqrt(2) = %.15f\n", myexp(0.5*mylog(2)));
}

Demonstração: Coliru

exp(1) = 2.718281828459045
exp(10) = 22026.465794806717895
log(exp(10)) = 10.000000000000000
sqrt(2) = 1.414213562373095
--
exp(1) = 2.718281828459046
exp(10) = 22026.465794806710619
log(exp(10)) = 10.000000000000002
sqrt(2) = 1.414213562373096
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  • 1
    Apenas melhorando a sua resposta, pois sqrt(2) != 1.307. Creio que vc quis dizer que sqrt(2) = myexp(0.5*mylog(2))
    – user5299
    14/02/2014 às 16:48
  • Verdade, a conta está errada. Teria de ser exp(0.5*ln(2)) para ser raiz de 2. Consertado programa e resultados.
    – epx
    14/02/2014 às 17:02
  • não conheço essa fórmula para o cálculo de log. Eu respondi uma questão idêntica à essa (não havia percebido que era duplicata, pensava serem apenas relacionadas) usando a definição de logaritmo neperiano através da integral de 1/x dx 28/01/2018 às 6:28
  • Mais fácil usar a série de Taylor, não?
    – epx
    29/01/2018 às 7:46
  • 1
    Se você se interessa pelo assunto, existe uma função log1p() que calcula o logaritmo de (x+1), porque a função log() e mesmo a minha mylog() perdem precisão quando x está perto de 1. Não é culpa da função, e sim de como números de ponto flutuante funcionam. johndcook.com/blog/cpp_log_one_plus_x
    – epx
    30/01/2018 às 16:56
6

Unico modo de fazer isso é pela aproximação

(1+x)^(1/2) ~ 1 + x/2 

quando x é muito pequeno, ou criando uma rotina para a série completa

(1+x)^(1/2) = 1 + x/2 - 3x/4 + 15x/8 - ... 

coisa que a função sqrt() já faz eficientemente. Então, os únicos motivos para não usá-la é se você estiver estudando computação numérica ou quer criar algum algoritmo melhor.

2

Pense em como você faria isso em uma prova de matemática. x^(1/2) equivale a sqrt(x). Com isso em mente, o restante da implementação é bem tranquilo.

Observação: conforme lembrado, de fato x^(1/2) equivale a sqrt(x) e não a 1/x^2, como os colegas me lembraram. A implementação de uma raiz quadrada é um pouco mais complicada do que eu havia planejado, mas continua valendo a intenção da resposta inicial – basta ver como você faria a implementação (ou melhor, o algoritmo).

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  • 2
    Na verdade, x^(1/2) = sqrt(x) 11/02/2014 às 15:07
  • 2
    x^(1/2) NÃO é 1/(x^2). Isso seria x^(-2). 11/02/2014 às 15:08
  • 2
    Ate mesmo sqrt é não trivial de ser implementado. E me parece que o expoente 1/2 foi apenas um exemplo, ele estaria interessado em a^b, podendo ambos ser não inteiros. 11/02/2014 às 15:18
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Boa tarde, o programa com a função ficará assim:

float paw (float x, float y);

main()
{

float a, b, res;

    printf("Entre com o base:");
    scanf("%f", &a);
    printf("\n\nEntre com o expoente:");
    scanf("%f", &b);
    res= paw(a,b);
    printf("O resultado sera:%f\n\n", res);
    system("pause");


}

float paw ( float x, float y)

{

float i;

float a;

if(y== 0 && x!=0)

return 1;

else if(y>=0)

{

a=1;

for( i=0 ; i<=y-1 ; i++)

a = x*a;

return a;

}
else

{

y = -1*y;

a=1;

for( i=0 ; i<=y-1 ; i++)

a = x*a;

a = 1.0/a;

return a;

}

}
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O mais simples possível sem a biblioteca math.h

//Tomás Louraco 19/02/18
//Programa que escreve a potencia
#include <iostream>
using namespace std;

int main()
{
setlocale(LC_ALL,"portuguese");
int b, a, i, c=1;
cout << "\t\tIntroduza o valor de A : ";
cin >> a;
cout << "\t\tIntroduza o expoente : ";
cin >> b;
for (i=0;i<=b;i++)
{
c=c*a;
}
cout << "\n\n\n\t\tResultado : " << c;
return 0;
}
1
  • Só que a questão é pegar justamente casos não inteiros, como 0.5 19/02/2018 às 11:52
-1

Imagino que seja mais ou menos assim:

#include <stdio.h>
main(){
int b,c,d,n,x,y,z;
double p;
printf("Lembrando que: base ^ (numerador/denominador) = potencia\n\n"); //Linha opcional
printf("Digite o valor da base: ");
scanf("%d",&b);
printf("Digite o numerador da fracao do expoente: ");
scanf("%d",&n);
printf("Digite o denominador da fracao do expoente: ");
scanf("%d",&d);
x=1;
z=n;
while (z>0)
{
    z=z-1;
    x=x*b;
}
p=0;
y=0;
while (y<x)
{
    p=p+0.00001;
    c=0;
    y=1;
    while (c<d)
    {
        c=c+1;
        y=y*p;
    }
}
printf("\n\nPotencia: %d ^ (%d/%d) = %.4lf",b,n,d,p);
getchar();
}

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