Eu não teria problemas com os IF
s para uma rotina específica do sistema com um escopo bem limitado. Seria a forma mais limpa e eficiente.
Mas, se a ideia é temperar seu sistema com um pouco da mágica que os frameworks em geral tanto usam, eu adotaria uma abordagem diferente. Na verdade não é tanto diferente, pois no final das contas é baseada num mapa, como algumas respostas já o fizeram.
Todavia, a diferença fundamental está no tratamento do valor genérico que você quer colocar e tirar de um campo HTML. Não basta recuperar e saber o tipo de dado, é preciso atuar em cima dele. Se apenas colocarmos o tipo num mapa e recuperarmos, ainda acabaremos com vários IF
s.
Uma situação pior ainda é quando os vários desenvolvedores começarem a adicionar tipos diferentes e personalizados aos beans. Será que cada vez que uma nova necessidade surgir você vai precisar mexer nesse código? Não queira essa dor de cabeça!
Uma abordagem seria usar o conceito de conversores (converters), a exemplo do JSF, JPA e outras APIs que já possuem esse tipo de recurso.
Estamos reinventando a roda? Sim! Mas vale a pena, nem que seja para aprendizado!
Definindo um Converter
Vamos definir um conversor que é capaz de colocar e recuperar valores de campos HTML. Tudo o que precisamos é converter um valor de um tipo qualuqer para String e de String para o tipo novamente, ou seja, fazer a ida e a volta para um campo HTML.
public interface Converter<T> {
String toString(Object value);
T fromString(String str);
}
Implementando Converters básicos
String
public class StringConverter implements Converter<String> {
@Override
public String toString(Object value) {
return value.toString();
}
@Override
public String fromString(String str) {
return str;
}
}
Integer
public class IntegerConverter implements Converter<Integer> {
@Override
public String toString(Object value) {
return value.toString();
}
@Override
public Integer fromString(String str) {
return Integer.parseInt(str);
}
}
java.util.Date
public class DateConverter implements Converter<Date> {
@Override
public String toString(Object value) {
return new SimpleDateFormat("dd/MM/yyyy").format(value);
}
@Override
public Date fromString(String str) {
try {
return new SimpleDateFormat("dd/MM/yyyy").parse(str);
} catch (ParseException e) {
throw new IllegalArgumentException("Data inválida: '" + str + "'!");
}
}
}
Gerenciando os Converters
Agora que temos alguns converters, vamos criar uma classe para gerenciar tudo isso.
public class ConverterManager {
private static Map<Class<?>, Converter<?>> converterMap = new HashMap<Class<?>, Converter<?>>();
static {
//default converters
converterMap.put(String.class, new StringConverter());
converterMap.put(Integer.class, new IntegerConverter());
converterMap.put(Date.class, new DateConverter());
}
/**
* Recupera um conversor de um tipo específico
* @param classe Tipo do conversor
* @return Instância do conversor
*/
@SuppressWarnings("unchecked")
public static <T> Converter<T> getConverter(Class<T> classe) {
return (Converter<T>) converterMap.get(classe);
}
/**
* Permite o registro de um novo conversor
* @param classe Tipo do conversor
* @param converter Instância do conversor
*/
public static <T> void registerNewConverter(Class<T> classe, Converter<T> converter) {
converterMap.put(classe, converter);
}
}
A classe ConverterManager
inicializa alguns conversores padrão e permite que o desenvolvedor registre novos conversores para os tipos que desejar.
Exemplo de uso
Um exemplo simples de como fica um código de ida e volta:
//um valor qualquer
Object val1 = 1;
//recupera o converter
Converter<?> converter = ConverterManager.getConverter(val1.getClass());
//converter para String
String str1 = converter.toString(val1);
//converte novamente para inteiro
Integer int1 = (Integer) converter.fromString(str1);
A diferença desse exemplo básico, é que no seu caso você vai precisar usar reflexão para executar os métodos getter e setter ou então acessar diretamente o Field em questão.
Creio que usar os atributos ao invés dos métodos é melhor, pois o código fica mais eficiente e limpo. Entretanto, isso pode causar problemas se houver alguma lógica nos métodos que seja importante.
a.getValue().getClass().getName()
? Daí é só criar um map e associar o nome da classe a um retorno.