A regra básica é não faça isso. Mas se fizer o caminho é este que você apresentou, não tem muito o que inventar. Ou seja, se você não vai seguir uma regra de organização que todos estabelecem como a mais clara, crie então sua regra e assuma o risco.
O ideal é deixar sempre a função responsável por alocar memória ser a responsável por liberá-la, raramente você tem alguma vantagem em fazer diferente. De uma maneira geral a filosofia das funções em C que precisam de uma memória alocada que pode existir além da sua duração é sempre receber um ponteiro para a memória previamente alocada por outro código. É raro, e normalmente considerado errado, alocar memória e retornar isto para uso externo à função criadora.
O motivo para esta "regra" é justamente não tornar ainda mais difícil acompanhar o tempo de vida de um objeto. É muito fácil não só cometer erros mas criar situações potencialmente perigosas. Pode até parecer simples em um exemplo contido assim, mas em um código real fica bem complicado saber se você deve liberar a memória e se ela ainda não foi liberada.
Quem aloca a memória deve ser responsável por todo tratamento necessário. Se não fizer isto se prepare para arcar com um gerenciamento complicado desnecessariamente.
Seguindo algumas regras, gerenciamento de memória dinâmica em C não é tão difícil assim. Claro, você ainda pode se esquecer do que fazer, você pode cometer erros, se confundir, mas seguindo uma boa organização você não se perde facilmente como algumas pessoas imaginam.
O exemplo é bem ruim para demonstrar qualquer coisa realmente útil mas só para mostrar o jeito mais correto de fazer algo semelhante:
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>
int *f(int *ptr) {
//faz alguma coisa com ptr aqui
//do jeito que estava aqui, uma chamada do jeito errado criaria confusão
//ainda não está ideal mas o exemplo todo não está
return ptr;
}
void g(int *ptr) {
//faz alguma coisa com ptr aqui
return;
}
int main(void) {
int tamanho = 5;
//o importante é que o malloc agora está próximo do free, fica mais fácil acompanhar
int *ponteiro = malloc(tamanho * sizeof *ponteiro);
g(f(ponteiro));
if(ponteiro != NULL) { //só isto não garante nada em um exemplo mais completo
free(ponteiro); //não é difícil associar este free ao malloc logo acima
} else {
puts("Memória insuficiente.");
}
}
Coloquei no GitHub para referência futura.
Não pegue uma solução e procure um problema para aplicá-la. Ache a melhor solução para um problema que você tem.
Eu só conheço três motivos para tratar a liberação em outro lugar:
- querer artificialmente diminuir um código em um lugar (não quer dizer que é uma boa coisa);
- ter uma função de gerenciamento de memória que auxilie o trabalho (poucas pessoas sabem fazer isto certo);
- está usando algo ruim criado por terceiros e portanto você não tem controle para arrumar isto.
Em geral APIs em C exigem que o consumidor seja responsável por alocar a memória, é raro entregar uma memória alocada pela API usada.
Mesmo que pareça certo em um exemplo simples pode ser uma má ideia em exemplos mais complexos.
C é uma linguagem onde o gerenciamento deve ser feito manualmente e precisa muito cuidado, se estes cuidados forem tomados nem é tão difícil. Se preferir um gerenciamento mais automático opte por C++ ou uma linguagem com garbage collector.