Acho que fica mais fácil entender se refizermos os desenhos, vendo o que acontece linha a linha.
Linha 3:
Rabbit one = new Rabbit();
Aqui é criada uma instância de Rabbit
, para a qual a variável one
aponta. Ou seja:

variável |
valor |
one |
Rabbit criado na linha 3 |
Linha 4:
Rabbit two = new Rabbit();
Criamos outra instância de Rabbit
e atribuimos na variável two
:

variável |
valor |
one |
Rabbit criado na linha 3 |
two |
Rabbit criado na linha 4 |
Linha 5:
Rabbit three = one;
A variável three
aponta para o mesmo local onde one
está apontando (ou seja para o Rabbit
criado na linha 3):

variável |
valor |
one |
Rabbit criado na linha 3 |
two |
Rabbit criado na linha 4 |
three |
Rabbit criado na linha 3 |
Até aqui tudo bem, temos 2 instâncias de Rabbit
e 3 variáveis, sendo que duas delas (one
e three
) apontam para uma instância de Rabbit
e uma (two
) aponta para a outra instância.
Linha 6:
Agora acho que é o ponto que te deixou confuso:
one = null;
Aqui fazemos a variável one
apontar para null
. Ou seja, ela deixa de apontar para a instância de Rabbit
:

variável |
valor |
one |
null |
two |
Rabbit criado na linha 4 |
three |
Rabbit criado na linha 3 |
Repare que somente a variável one
é nula, mas three
ainda continua apontando para a instância de Rabbit
. E como cada uma das instâncias de Rabbit
ainda contém referências a elas, nenhuma está elegível para o GC.
Mas por que three
não fica nula, se ela apontava para o mesmo local que one
? Isso acontece porque as variáveis não são o objeto em si, e sim referências para ele. Fazendo uma analogia, imagine que eu tenho duas folhas de papel e escrevo meu endereço em ambas. As duas têm uma referência para o mesmo endereço, mas nenhuma delas é o local de fato (elas só apontam para o local, só têm um referência que indica onde é). Se eu rasgar/queimar/triturar uma das folhas, a outra continuará intacta e apontando para o endereço.
É isso que acontece aqui: one
e three
apontavam para o mesmo objeto (para a instância de Rabbit
criada na linha 3). Ao deixar one
nula (ao "rasgar o papel"), somente ela deixa de apontar para o objeto, mas three
não é afetada e continua apontando.
Linha 7:
Rabbit four = one;
Aqui criamos outra variável (four
) e fazemos ela apontar para o mesmo lugar onde one
está apontando. Mas lembre-se que one
agora é null
, então four
também o será:

variável |
valor |
one |
null |
two |
Rabbit criado na linha 4 |
three |
Rabbit criado na linha 3 |
four |
null |
Ou seja, as duas instâncias de Rabbit
continuam tendo referências apontando para elas, e portanto ainda não estão elegíveis para o GC.
Linha 8:
three = null;
Agora sim three
passa a ser null
:

variável |
valor |
one |
null |
two |
Rabbit criado na linha 4 |
three |
null |
four |
null |
E veja que agora sim a instância de Rabbit
criada na linha 3 não tem mais ninguém apontando para ela, e portanto ela passa a ser elegível para o GC.
Linha 9:
two = null;
two
passa a ser null
, ou seja:

variável |
valor |
one |
null |
two |
null |
three |
null |
four |
null |
Então agora o segundo Rabbit
(que foi criado na liinha 4) não tem mais nenhuma referência a ele, e portanto também fica elegível para o GC.
Linha 10:
two = new Rabbit();
É criado uma nova instância de Rabbit
, para a qual two
aponta:

variável |
valor |
one |
null |
two |
Rabbit criado na linha 10 |
three |
null |
four |
null |
Vale lembrar que chamar System.gc()
não garante que o GC será executado. A única coisa que sabemos é que determinados objetos estão elegíveis para serem coletados, mas quando isso será feito é algo que não controlamos.