É uma pergunta meio ampla, mas vamos lá.
O maior risco é utilizar uma linguagem de programação de baixo nível, tipo C, porque nela você é obrigado a utilizar ponteiros para manipular strings e buffers. Cedo ou tarde o programador comete um erro e abre uma brecha.
Usar uma linguagem de nível mais alto diminui o risco. É claro que o próprio compilador ou interpretador da linguagem pode ter bugs, porque provavelmente ele é escrito em C, mas via de regra este tipo de código passa por mais escrutínio, e o risco está concentrado numa área menor.
Se usar C é obrigatório, o ideal é utilizar uma biblioteca para strings, por exemplo o venerável QMail usava uma biblioteca do próprio autor. Novamente, a biblioteca pode ter bugs mas você concentra o risco num código relativamente pequeno em vez de espalhar por todo o código de cada programa.
O sistema operacional pode ajudar muito a mitigar os riscos de buffer overflow, com recursos no estilo:
randomização do layout de memória de cada processo: evita que os mesmos elementos ocupem sempre o mesmo endereço na memória virtual. Os ataques tipo "script kiddie" presumem um endereço fixo.
Bit NX (exige suporte da CPU): evita que código na pilha seja executável, o que inviabiliza algumas modalidades de ataque de buffer overflow;
O compilador pode colaborar, detectando alguns tipos de buffer overflow mediante verificação da pilha. Acho que todo compilador moderno incorporou já as idéias do "StackGuard", um fork do GCC popular nos anos 90.
A biblioteca C (libc) colabora checando erros como duplo free(), que não são buffer overflow mas também são vetores de ataque.
Tanto no compilador como na libc há proteções ainda mais fortes, mas que causam quebra de performance, aí o desenvolvedor pode optar por elas se a troca for vantajosa. Muitas vezes herda-se código C de má qualidade, não é possível reescrever e o jeito é defender-se.
Em resumo, todo sistema operacional moderno tem proteções em diversos níveis, e a situação é bem melhor que nos anos 90. Mas a melhor profilaxia é certamente evitar linguagem de baixo nível desnecessariamente.