Em uma das funções o que está passando é um valor que está na variável, na outra está passando um ponteiro que indica onde está um valor que interessa. No primeiro quem é copiado para o parâmetro é o valor que interessa. No segundo o que é copiado para o parâmetro é o ponteiro.
Quando você muda o valor do parâmetro, está mudando só isso, o parâmetro, a variável usada como argumento nada tem a ver com o parâmetro, e não é afetada, são variáveis diferentes, mesmo que tenha o mesmo nome, o escopo é outro, é pra isso que existem funções, você isola as partes.
Quando o parâmetro é um ponteiro, e entenda que o array é um ponteiro, acontece o mesmo, se você mudar o ponteiro nada é afetado na variável usada como argumento.
Mas o que a sua função faz não é mudar o ponteiro, ela muda um valor que está dentro de um objeto apontado por esse ponteiro.
Quando você cria um ponteiro, e vou repetir, um array é só um endereço que aponta para uma posição de memória que possivelmente terá uma sequência de valores, você diz onde estão seus valores, o mais comum não é guardar esses valores em uma variável, mas sim você guarda o ponteiro que diz onde os valores estão guardados. Isto chama-se indireção.
Então quando altera um elemento do array está alterando uma posição de memória onde estão os dados do array. Nada é copiado nessa parte, só o ponteiro é, você passa ter duas variáveis diferentes em funções diferentes, mesmo que seja do mesmo nome, já expliquei isso, que apontam para um mesmo objeto, uma mesma a sequência de valores. Se você muda um valor nessa sequência, qualquer ponteiro que se referencie para esse objeto enxergará a alteração, porque é o mesmo objeto.
Então nessa aplicação toda você tem os seguintes objetos:
`x` de `main()`
`x` de `func1()`
`v` de `main()`
`v` de `func2()`
o objeto que é uma sequência de dados que é apontado por duas variáveis diferentes
Nem todos esses objetos existem ao mesmo tempo. O objeto que é a sequência e as variáveis de main()
existem por toda aplicação por ser a função de entrada então tudo o que é criado ali só será destruído no final da aplicação. As variáveis de outras funções s[ó existem enquanto a função estiver sendo executada, não há a variável antes de executar ou depois que ela já foi executada.
Quando faz int v[]
é o mesmo que fazer int *v
.
Código comentado:
#include <stdio.h>
void func1(int x) { //o valor do argumento é copiado para x
printf("endereço de x: %p\n", (void *)&x); //peguei o endereço de x
x = 9 * x; //mudou o parâmetro e logo em seguida é descartado
printf("endereço de x: %p\n", (void *)&x); //peguei o endereço de x
}
void func2(int v[]) { //o valor do argumento é copiado para x, no caso é o valor do poneiro
printf("endereço de v: %p\n", (void *)v); //v já é um endereço
v[0] = 9 * v[0]; //o valor apontado para o primeiro elemento no objeto é mudado
printf("endereço de v: %p\n", (void *)v); //v já é um endereço
}
int main () {
int x = 111, v[2]; //x tem um valor direto na variável x, v tem um ponteiro para outro objeto
func1(x); //111 é passado para a função, só isso, nada a ver com x
printf("endereço de x: %p\n", (void *)&x); //peguei o endereço de x
printf("x: %d\n", x); //x aqui continua sem ser alterado
printf("endereço de x: %p\n", (void *)&x); //peguei o endereço de x
printf("endereço de v: %p\n", (void *)v); //v já é um endereço
v[0] = 111; //colocou um valor lá no objeto criado para ser o array
printf("endereço de v: %p\n", (void *)v); //v já é um endereço
func2(v); //o endereço da memória onde foi colocado o objeto array é passado para a função
printf("endereço de v: %p\n", (void *)v); //v já é um endereço
printf("v[0]: %d\n", v[0]); //acessando um dos elementos ele foi alterado
}
Veja funcionando no ideone. E no repl.it. Também coloquei no GitHub para referência futura.