Sockets são as extremidades de uma comunicação entre dois processos (aplicativos) através de uma rede de computadores. No sistema operacional essas extremidades são recursos que o sistema cria por solicitação dos processos para que estes possam se comunicar pela rede. Como hoje em dia a maioria da comunicação entre computadores é baseada no Protocolo de Internet, a maioria dos sockets são sockets de Internet. Do ponto de vista do programador eles são acessados através de uma API (do sistema operacional ou indiretamente através de uma biblioteca) que torna possível estabelecer comunicação com um "endereço de socket" (uma combinação única de um endereço IP e um número de porta).
Dois tipos de socket são mais comuns, os stream sockets (que por debaixo dos panos usam o protocolo TCP na camada de transporte, por isso costumo chamá-los de sockets TCP) e os datagram sockets (que usam o protocolo UDP). A diferença entre eles é que os sockets TCP mantêm a conexão com o outro lado aberta ao longo de toda a comunicação e garantem a chegada dos dados (bytes) na sequência em que foram enviados. Já os sockets UDP não estabelecem conexão, apenas "jogam" um pacote de dados na rede e não garantem que esses dados cheguem ao outro lado nem que sua ordem seja respeitada.
Com sockets você pode implementar comunicação entre processos ou até mesmo um protocolo de mais alto nível (chamado de protocolo de aplicação, devido à camada que ele se localiza no modelo ISO/OSI) que outros desenvolvedores poderão usar, como o próprio HTTP ou o WebSocket, que são protocolos de aplicação implementados sobre sockets TCP.
Como o HTTP segue uma sequência bem definida de passos (abrir a conexão, fazer a requisição, receber a resposta e fechar a conexão), em geral ele dá a impressão de não ser persistente. Mas por baixo dos panos ele está executando esses passos sobre uma comunicação persistente, permitida pelo TCP. Existem técnicas que mantêm a conexão HTTP aberta por um longo tempo para transmissão persistente de dados (vide Comet). São "gambiarras".
Porém, uma forma mais apropriada de se manter uma conexão aberta entre navegadores pelo JavaScript para troca de dados em tempo real é o comparativamente novo protocolo WebSocket. Ele é um protocolo de aplicação, também baseado em TCP, que pode ser implementado por servidores web e servido na mesma porta do HTTP (porta 80). O HTTP foi relativamente bem pensado e permite essa "migração" de um protocolo de aplicação para outro, após ter sido feito um handshake inicial em HTTP.
Pode-se concluir então que, apesar da similaridade dos nomes, são conceitos diferentes. WebSocket é um protocolo de comunicação entre aplicativos (navegadores), que por debaixo dos panos tem seus dados transportados pelo protocolo TCP, que por sua vez faz a ponte entre dois sockets (conceito do sistema operacional). Em outras palavras, o WebSocket usa sockets.