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Quando eu sei que é preferível usar generics ou any no TypeScript?

1 Resposta 1

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O ideal é não usar any. Dá para viver sem ele, só que alguns casos pode dar mais trabalho, por isso há raros casos que pode ser interessante usar. any é voltar ser JavaScript e todo (ou quase todo) problema que isso causa.

Toda vez que usa esse tipo está admitindo que não sabe o tipo e o mais adequado é usando-o ou tem alguma ligação com algo do JavaScript que não tem tem tipo (lembrando que é possível ter os tipos do que vem do JS se eles forem declarados separadamente).

Para uso em TS "puro", você usa quando quer uma facilidade que aquela rotina realmente aceita qualquer coisa e faz o mesmo algoritmo nela. Se começar ter muito if para verificar o tipo e decidir o que fazer já está errado. Em alguns casos pode ser útil, mas é bem raro e eu deixaria para alguém muito experiente fazê-lo, na dúvida não use any.

Eu vejo muito programador usar any por preguiça ou por estar mais acostumado com JS. Esses são péssimos motivos para seu uso e o código já está condenado, até porque não será o único erro que essa pessoa cometerá.

Mesmo quando um objeto pode ter mais de um tipo, ele não precisa ter todos, então um union type pode ser usado. A ideia é ser o mais específico no tipo tanto quanto possível, se não der um tipo, tente 2 ou 3. Todos tipos (any) é só quando realmente aceita todos tipos, que não faz diferença o que vem, e isso é muito raro.

Antes mesmo de um union type deve preferir outra solução de polimorfismo, por exemplo generics, então assim está especificando um tipo a ser usado na chamado do método ou tipo maior. Você consegue fazer um método ou estrutura de dados genérico/generalizado, como o próprio diz, mas ele será tratado de forma específica quando chamar e isso será mais seguro (quem sabe um dia até seria mais rápido, hoje isso não é melhorado por depender do JS).

Generics é um mecanismo usado quando algo precisa processar mais de um tipo, mas quer que em cada chamada àquilo o tipo seja diferente, mas faz sempre a mesma coisa. Ele se assemelha ao union type porque costuma ter alguma restrição, você não pode usar qualquer tipo de fato, mas alguns que fazem sentido, então há uma constraint dizendo qual é o tipo pai que é aceito ali. Ao contrário do union type que permite unir tipos diversos, o genérico só aceita um tipo que estabelece herança.

Eu mostro um exemplo onde um tipo único não é ideal.

Na prática a execução de ambos será igual, mas na compilação o any aceita tudo, o generics pode ter uma restrição. Se você não usar uma restrição, o que quase sempre é um erro, então acaba sendo a mesma coisa em TypeScript, porque depois de gerado o JS tudo vira any até porque é só isso que tem em JS (em outras linguagens existem outras vantagens). Mesmo efeito:

function funcao<T>(p: T): T {
    return p;
}

function funcao(p: any): any {
    return p;
}

Já isto muda um pouco:

function funcao<T>(p1: T, p2: T): T {
    return p1;
}

function funcao(p1: any, p2 : any): any {
    return p1;
}

Porque assim o primeiro exige que os dois parâmetros sejam do mesmo tipo, já o segundo código não exige isso, já é uma diferença semântica importante.

E isto muda muito:

function funcao<T extends number>(p1: T): T {
    return p1 + p2;
}

function funcao(p1: any): any {
    return p1 + p2;
}

Coloquei no GitHub para referência futura.

Com a restrição você está estabelecendo um limite do que pode usar, o primeiro pode dar erro se não for possível somar os objetos.

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  • Muito bom, obrigada!
    – Ana
    5/08/2020 às 12:57

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