Em Orientação a Objetos getters e setters participam do Princípio da Ocultação de Informação, o qual garante que uma propriedade esteja disponível para leitura ou gravação apenas em determinadas circunstâncias:
- Private: Apenas quem definiu
- Protected: Quem definiu e quem dele estender
- Public: Todo mundo
Porém, tanto getters quanto setters são opcionais. E isso permite que você simule propriedades somente-leitura e até mesmo somente-escrita (se é que existe alguma aplicação prática pra isso) o que, até o presente momento, não podem ser feitos automaticamente a nível de interpretação:
No seu exemplo, definir visibilidade da propriedade Url::$url como private garante que ninguém possa alterar seu valor diretamente.
Se ela tivesse visibilidade public, isso poderia ocorrer:
$url = new Url;
$url -> url = 'Oi, eu sou Goku!';
E qualquer coisa que dependa de uma URL válida, falharia.
Sendo assim, você tem como garantir que apenas URLs sejam informadas como valor para esse argumento pois através de um setter, você pode validar.
Se esse valor precisar ser lido no contexto da instância, você deve adicionar um getter. Mas se esse argumento não puder ser alterado no mesmo contexto, você não precisa e nem deve ter um setter pois uma vez definida a URL ela deve ser mantida a mesma até o objeto ser destruído manualmente ou ao fim da Requisição.
Porém, apesar de o construtor de um objeto servir para construir o objeto (doh) ele não deve fazer tudo sozinho.
O ideal é delegar a tarefa de validação e atribuição do valor à propriedade através de um setter.
Mas você está se contradizendo!
Sim, pode parecer isso, mas assim como propriedades têm visibilidade configuráveis, assim são para com os métodos, então você pode sim ter um método especificamente criado para validar e setar um valor à essa propriedade, mas que não esteja disponível externamente:
class Url {
private $url;
public function __construct( $url ) {
$this -> setUrl( $url );
}
private function setUrl( $url ) {
if( filter_var( $url, FILTER_VALIDATE_URL ) === FALSE ) {
throw new InvalidArgumentException(
sprintf( '%s is not a valid URL', $url )
);
}
$this -> url= $url;
}
public function getUrl(){
return $this -> url;
}
}
Perceba, também, a diferença nesse código em relação ao seu. Você aceita uma URL inválida o que te força a verificar manualmente se esse valor é uma URL válida quando sua classe precisar usar o valor dessa propriedade, de novo, de novo e de novo.
E isso derrota o propósito de um setter que é justamente garantir que a informação passada seja confiável.
Nesse exemplo, se a URL não passar na validação eu disparo uma InvalidArgumentException, uma Exceção nativamente disponível específica para ser usada quando um dado argumento for inválido para o propósito de quem o definiu.
Bons estudos :)