A vantagem é uma maior segurança. Mas é claro que isso dependerá da forma que você implementar. Obviamente não é pelo fato de usar dois tokens que a sua aplicação magicamente tornar-se-á mais segura. :)
Antes de tudo, vale entender que utilizar somente um stateless token para garantir acesso à sua aplicação é, muitas vezes, inseguro, já que pode ser roubado — e isso dificilmente pode ser impedido, já que pode ser eventualmente feito a nível de hardware.
Assim, criar unicamente um access token com um grande período de expiração (como o período de uma semana) é um "suicídio de segurança", já que (na maioria das aplicações) não são implementados meios de cancelar um token antes do fim de seu período de expiração. Portanto, se um token for roubado, no geral não é possível fazer nada até que ele seja expirado. E isso traz problemas.
Então, enfrenta-se um dilema para resolver esse problema:
Criar unicamente os tokens de acesso com um tempo de vida muito longo — o que não seria viável a nível de segurança, já que caso o token fosse roubado, não haveríamos como cancelá-lo em tempo hábil.
Criar unicamente os tokens de acesso com um tempo de vida muito curto — o que não seria viável a nível de experiência de usuário, já que no caso do roubo desse token, não haveríamos como cancelá-lo em tempo hábil.
Criar um tipo de blacklist que te permite listar tokens que você não quer que sejam mais acessíveis, mesmo antes da expiração. Mas isso não me parece uma boa opção se você está utilizando um stateless token em primeiro lugar, já que traz inúmeros problemas. O maior deles: acabar com a necessidade de usar um stateless token, pois deixa de ser stateless no momento em que a cada requisição você precisa verificar se o token é válido ou não. Sinceramente, nesse caso vale mais a pena recorrer às boas e velhas sessões.
Criar um mecanismo com autenticação a base de dois tokens, um access token e um refresh token. E este é mais viável, já que nos permite criar um token verificável com grande tempo de vida (o refresh token) e um token para acessar de fato a nossa aplicação com um curto tempo de vida (o access token).
Portanto, nota-se que o access token é usado para dar acesso de fato à aplicação, apesar de ter um tempo de vida curto. Assim, a aplicação verificará a validade do refresh token para gerar um novo access token ao usuário, sem a necessidade de pedir por suas credenciais.
Agora cabe a você decidir como implementará isso. Para o refresh token, qualquer meio é válido.
O que eu costumo fazer é colocar um campo count
no payload do requestToken
, que deve ser igual ao valor count
do registro de um usuário no banco de dados. Se o número for diferente, considero que o refreshToken
é inválido e mando o usuário fazer login para gerar os dois tokens novamente.
Nesse caso, se um token do usuário for roubado, ele mesmo poderá solicitar o "cancelamento" do funcionamento de todos os refresh tokens existentes, bastando a aplicação incrementar o count
em seu registro no banco de dados. Assim, uma vez que os access tokens (que têm, por definição, um curto tempo de vida) foram expirados, o refresh token não terá mais validade, impedindo a criação de novos tokens de acesso.
Note que quando eu digo "tempo de vida curto", me refiro a, no máximo, 5 minutos — e eu ainda acho muito, porque no caso de roubo, o access token levaria, no mínimo, 5 minutos para perder a validade, uma vez que o refresh token só é verificado novamente mediante a expiração do access token. O refresh token, por sua vez, pode ser mais longo. Normalmente, uso 1 semana, mas cabe a você decidir isso. :)