Respondi algo parecido em 2017, mas vou tentar refinar um pouco por aqui.
Antes alguns lembretes importantes:
Microdata é uma extensão do HTML para marcar o conteúdo. Imaginar, para efeito prático, como algo que "passa o mouse em cima e descobre a semântica do fragmento".
JSON-LD em geral será usado para a "ficha catalográfica" nesse tipo de aplicação HTML, exceto se amarrar muito bem os identificadores de cada parte do conteúdo.
... Imaginar que um robô da Web Semântica, como por ex. o search.google.com/structured-data/testing-tool, transforma qualquer página HTML em uma "ficha catalográfica" (FICHA) descritora da página:
A marcação Microdata pode ser perfeitamente traduzida em JSON-LD, em RDFa ou RDF.
Imaginar que transformando a marcação toda em simples FICHA, será a mesma FICHA, independente da linguagem.
PS: a definição formal de Microdata foi criada junto com essa tradução (vide "Converting Microdata to other formats" na nova proposta W3.org/TR/microdata).
Microdata é menos expressivo que RDFa ou JSON-LD.
Ou seja, existe FICHA complexa que só pode ser expressa com JSON-LD (vide "Microdata and RDF" na nova proposta W3.org/TR/microdata).
NOTA: não há impedimento técnico ou dicotomia, você pode usar JSON-LD e Microdata juntos na mesma página.
Imagine o HTML de sua autoria apresentando a resenha de um artista, com o <body>
já marcado com Microdata por exemplo de WebPage e propriedades copyrightHolder
(você) e genre
(resenha); aí acrescenta no <head>
ou <body>
o <script type="application/ld+json">
com o JSON-LD de Person, descrevendo o artista.
Cabeçalhos repetitivos de contextualização
[Preferir JSON-LD]
Se o site quer padronizar em todas as suas páginas, propriedades gerais tais como permissões, autoria, etc. é muito mais simples e prático acrescentar o JSON-LD em todas elas. Wordpress e centenas de outras ferramentas adoram fazer isso, justamente porque é feito meio que "às cegas", ou com base em metadados que eventualmente nem estão presentes no conteúdo HTML, mas o CMS (content manager system) tem acesso e pode gerar automaticamente — por ex. ferramentas de SQL tais como PostgreSQL geram JSON a partir de dados relacionais.
PS: se nunca teve muito contato com isso e deseja gerar "na mão", existem ferramentas que ajudam, tipicamente "JSON-LD generators", como este ou este outro. Ex. se a página é sobre uma pessoa, descreva-a com Person com informações públicas básicas.
Marcação semântica mais séria
[Preferir Microdata]
Quando se pretende de fato destacar a semântica de figuras, blocos de texto, etc. como que resumindo para o leitor do que se trata aquele conteúdo, o ideal e mais utilizado é a marcação direta sobre o conteúdo, ou seja, Microdata.
PS: tecnicamente podemos referenciar IDs no JSON-LD, mas ter o conteúdo marcado explicitamente ainda é considerado mais confiável do que referenciar IDs. Ferramentas como dbpedia-spotlight ajudam a fazer a marcação ao longo do texto.
Transparência
[Preferir Microdata]
Por exemplo num contrato ou numa matéria de Diário Oficial, para marcar elementos de identificação, é imprescindível que aquilo que o humano lê é também aquilo que a máquina vai interpretar. Neste caso por exemplo (ou neste outro) garantimos que todos os metadados exigidos pelo padrão LexML sejam exatamente os mesmos que o leitor humano está auditando ao ler o documento.
Regra geral: na dúvida...
Dúvida meramente técnica sobre qual tecnologia usar, o Google e os fissurados por SEO sugerem JSON-LD
Se a dúvida do tipo "o que devo descrever?" aí o melhor é usar Microdata, pois a semântica vai emergindo da sua marcação feita sobre o conteúdo. Se expressar com Microdata é mais simples e existem bons editores.