Vou te dar um exemplo simples, todo elemento precisa de um mínimo para ao menos existir, e umas dessas propriedades básicas é o display
, todos os elementos tem algum tipo de display
, caso contrário ele seria display:none
e nem na tela ficaria visível pra vc. Como é o casa das tags <script>
e <head>
que por default tem o display
como none
.
Aqui tem uma lista bem legal que vc pode conferir as propriedades padrão de cada elemento: https://www.w3schools.com/cssref/css_default_values.asp
Então existem algumas propriedades mínimas, normalmente estabelecidas pelo user-agent
que são intrínsecas do elemento, para que ele ao menos renderize na tela da forma que diz a especificação e o box-model
.
Um outro esclarecimento é que quando vc muda o display
de um elemento ele vai assumir algumas característica mínimas para funcionar. Então quando vc coloca display:flex
no elemento ele muda de escopo e passa a ser um flex-container
, então tanto ele, quanto os filhos dele passam a assumir características particulares do flex
. O mesmo acontece com o display:grid
e display:table
por exemplo. É um efeito em cascata de pai para filho nesse caso, mas nada impede que vc manipule manualmente esses displays
descendentes herdados (não que isso seja indicado).
Muito disso é feito para ajudar o usuário a não ter que escrever manualmente cada uma das propriedades de cada um dos elementos HTML, se não fosse isso nem faria sentido vc ter mais de um tipo de elemento, vc simplesmente teria um elemento único para tudo e teria que colocar na mão cada uma das propriedades dele, imagina o quanto isso atrasaria e dificultaria escrever um documento HTML mínimo, ter que colocar display
na mão em cada elemento que se cria, ter que definir tudo do zero. Não faria o menor sentido para uma linguagem de marcação como se propõem o HTML