- Em geral, encerra-se algum procedimento crítico que possa estar sendo realizado no momento. O problema é que durante o encerramento mais erros podem ser gerados no caso em que para encerrar algo, seja necessário alocar mais memória. Os erros podem variar entre segfaults ou silenciosos crashes da aplicação, e são especialmente complicados de serem lidados no caso de serem lançados por uma biblioteca que você não possui o código fonte.
Talvez, sua aplicação crie cache de algo (de um arquivo, por exemplo), e então esse cache pode ser liberado, permitindo que a aplicação inclusive continue executando. Mas casos assim são raros e variam de aplicação para aplicação.
Se não for possível liberar memória e recursos do sistema (descritores de arquivo, etc), provavelmente esta pode ser a única solução, pois pode ser que no momento de realizar o log, o sistema operacional tente alocar memória e então ele também caia em uma situação de bad_alloc
, e neste caso sua aplicação será terminada à força.
Conforme discutido em 1., se sua aplicação cria caches ou pré-aloca recursos, pode ser possível liberar estes recursos e continuar executando normalmente a aplicação.
Este exemplo que dei sobre o cache é utilizado de maneira transparente pelo Sistema Operacional.
Quando por exemplo um arquivo é aberto e lido, ele é mantido em memória por um tempo indefinido. Suas alterações, é claro, são propagadas para a estrutura de armazenamento secundária após um período de tempo (veja a parâmetro commit
do EXT4
para mais informações).
Os dados do arquivo são então mantidos em memória até que esta se encontre cheia (veja observação abaixo). Então, o sistema operacional desaloca memória antes ocupada pelo cache de arquivos até que seja suficiente alocar para a aplicação a requisitando. Se quiser observar este comportamento, o programa top
, além do arquivo /proc/meminfo
são os métodos mais simples de se enxergar esta condição (htop
não exibe os números, não sendo muito efetivo). O Task Manager
do Windows também exibe estes dados, embora eu os ache um pouco menos intuitivos e o Windows seja um pouco mais agressivo no assunto que trato na observação abaixo.
Observação: Liberar a memória apenas quando um programa a necessita é uma operação custosa, e que pode degradar o desempenho da aplicação. Assim, o Sistema Operacional na verdade sempre mantém uma área de memória livre, permitindo que a memória seja mais rapidamente entregue a aplicação que a necessite. Após a entrega, o SO pode ou não remover dados do cache, mantendo sempre uma quantidade livre de memória pronta para alocação. Vale ressaltar que paginação de disco é o último caso a ser utilizado pelo SO (apesar do Windows novamente adorar fugir um pouco a esta regra).
Apenas para exemplificar, a minha máquina (Gentoo) possui 16GB de RAM e 8GB de swap. Estou usando 2.8GB em aplicações, 5GB de buffers, 6.8GB em caches (e 0GB de swap). Ou seja, apenas 1.4GB esta efetivamente livre da minha RAM.