5

Se possível, vamos imaginar um contexto onde é utilizado Spring Boot e JPA.

Durante a construção de algumas API REST, sempre fico na dúvida se devo realizar o padrão model request/response. Para exemplificar, consider o seguinte cenário.

Nosso objetivo final é ter uma API que realiza o cadastro de agendamentos, onde um agendamento pode sem abstraído como a seguinte classe em Java:

public class Agendamento {

    private Autor autor;

    private String texto;
}

Supondo que cada agendamento tenha necessariamente um autor, utilizando hibernate, nossa classe Entity seria algo parecido com:

@Entity
public class AgendamentoEntity {

    @Id
    @GeneratedValue(strategy = GenerationType.AUTO)
    private Long id;

    @ManyToOne
    private Autor autor;

    private String texto;

}

Deste modo, para o cadastro de um agendamento, os campos necessário poderiam ser apenas o texto e o id do autor. Nos levando para algo do tipo:

public class AgendamentoModelRequest {

    private Long idAutor;

    private String texto;

}

Desde modo, o agendamentoController receberia um objeto da classe AgendamentoModelRequest, que por sua vez seria utilizando por um AgendamentoService, fazendo uso de um AgendamentoRepository para realizar o cadastro.

Mas, neste caso Agendamento é muito parecido com AgendamentoEntity (difere pela falta de id), como também será igual ao AgendamentoModelReponse. Assim, poderíamos "sobrecarregar" o POJO agendamento para o contexto de model request/response e Entity.

Fazer isso é necessariamente uma má prática? Pois isso facilitaria muito, uma vez que o contexto é sobre Agendamento, então o AgendamentoController poderia receber o POJO Agendamento (anotado com javax.validation/persistence annotations e fasterxml.jackson.annotation) e utilizando-o para o ser o próprio retorno da API.

1 Resposta 1

3

Razões para se utilizar esta estratégia:

  1. Quando você deseja garantir que a interface com a sua API seja imutável
  2. Para evitar que sua API apresente comportamento diferente a cada alteração de entidade de banco, correndo o risco de quebrar os sistemas que já estão integrados a ela
  3. Para separar a responsabilidade da entidade de banco ser a mesma a ser requisitada/retornada ao cliente, contendo tanto anotações relacionadas à persistência quanto anotações relacionadas à parse (@Table e @JsonIgnore por exemplo).
  4. Para assegurar uma forma mais fácil de realizar testes por camada (sliced tests) e garantir que duas camadas diferentes estejam funcionando conforme o esperado

Respondi também esta pergunta um tempo atrás explicando um pouco da estratégia de versionamento de uma API, que vai muito de encontro do porque utilizar estas estruturas.

Você deve fazer log-in para responder a esta pergunta.

Esta não é a resposta que você está procurando? Pesquise outras perguntas com a tag .