Talvez minha resposta seja vaga, mas se formos analisar, a pergunta foi muito ampla e eu não possuo reputação para comentar.
Basta você ver a situação da seguinte forma, a proposta das ORM's é uma mentira. É a mesma coisa de dizer que você vai misturar água e óleo. Se você precisa apenas de um liquido qualquer a mistura serve, mas se você precisa dar ênfase em algum dos dois lados, você vai ter que abrir mão do outro.
O que quero dizer é, objetos são formados por duas coisas, obrigatoriamente: dados e comportamento, ou seja, uma classe que não possui métodos ou funções, não é um objeto. É apenas uma "Estrutura de Dados" ou Data Structure.
Como você representaria encapsulamento em uma tabela de banco de dados? ou herança? não tem como embutir comportamento em uma tabela de banco de dados da mesma forma que você faz com um objeto, as duas coisas de fato não combinam.
Mas é possível sim, extrair parte das duas coisas e formar estruturas de dados bem parecidas e que provavelmente vão atender suas necessidades, tudo é uma questão de julgamento. Não me recordo de passar por alguma situação onde "Diferença de Impedância" tenha sido um problema surpresa, o problema existe sim, a gente aprende a conviver com ele.
Edit:
A discussão nos comentários me fez pensar em uma possível solução.
Neste link : http://blog.8thlight.com/uncle-bob/2013/10/01/Dance-You-Imps.html o Uncle Bob descreve como "Tabelas" não são "Objetos de Negócio" e sim "Estruturas de Dados" (ou classes sem método/funções) das quais os verdadeiros objetos de negócio usam como recurso.
Uma forma de evitar "diferença de impedância" é segregar o "objeto relacional" do objeto de negócio. Veja um exemplo:
Objeto de Negócio:
public class Carro
{
public abstract string Placa { get; set; }
public bool PlacaEhValida()
{
return this.Placa.Length == 7;
}
}
Objeto Relacional:
public class CarroORM : Carro
{
[ColumnName("plate_number")]
public override string Placa { get; set; }
}
Desta maneira você evita a tentação de achar que o objeto relacional é de fato um objeto e passa à usá-lo de forma mais similar a uma tabela do banco de dados.