Sem olhar a documentação da biblioteca já dá para dizer que o que ela faz é instanciar um objeto - em Python, via de regra, nomes em CamelCase são nomes de classes - se você "chama" uma classe, cria uma instância dela - e nesse caso, com a chave passada.
Esse objeto criado tem os métodos encrypt
e decrypt
que usam a chave usada na criação do objeto para traduzir bytes entre criptografados e descriptografados.
O interessante de projetos em Python é que é fácil olhar seu código fonte - ou na pasta site-packages
, onde ele é instalado em seu próprio computador, ou direto no repositório onde está o código fonte. Nesse caso, coloquei "pythn fernet github" no google, e o primeiro link foi direto para o arquivo que contém a classe, dentro do projeto "cryptography" de Python: https://github.com/pyca/cryptography/blob/master/src/cryptography/fernet.py
Dentro do arquivo temos a declaração da classe - o método __init__
é bem didático:
class Fernet(object):
def __init__(self, key, backend=None):
if backend is None:
backend = default_backend()
key = base64.urlsafe_b64decode(key)
if len(key) != 32:
raise ValueError(
"Fernet key must be 32 url-safe base64-encoded bytes."
)
self._signing_key = key[:16]
self._encryption_key = key[16:]
self._backend = backend
...
Ou seja - ele prepara a chave para uso, traduzindo-a de uma representação em forma usável em URLs para uma sequência de 32 bytes, e separa os primeiros 16 como chave de assinatura, e os últimos 16 como chave de croptografia - além de selecionar um backend - O restante da classe é código para "pilotar" os algoritmos em mais baixo nível, passando para os mesmos as chaves, trechos a criptografar com tamanho padronizado, dados extras de aleatoriedade como horário e um salt
- de forma que o usuário final só precise de preocupar em chamar os métodos encrypt
e decrypt
.