Parto do princípio de que quanto mais enxuto o código, mas rápido o algoritmo será compilado e executado.
Já partiu de um princípio errado. Existem diversos algoritmos complicados que executam rápido justamente por serem sofisticados (ex.: um algoritmo de ordenação que se adapte a listas pequenas, médias ou grandes). E existem muitos algoritmos enxutos mas burros que são lentos por serem simplórios (ex.: um bubble sort, ou um fibonacci de 1 linha que usa duas recursões e refaz uma quantidade imensa de cálculos já feitos).
- Todas as linguagens (ou a maioria) permite esse reaproveitamento de variável?
Não. Linguagens com tipos estáticos não permitirão que a variável mude de tipo. Linguagens funcionais com foco em imutabilidade exigirão que você crie uma nova variável no lugar da antiga. Em Erlang, por exemplo, você precisará escolher outro nome ou usar recursão. Em F# você pode fazer dois ou mais let x = ..., mas serão conceitualmente variáveis diferentes (a última oculta a anterior).
- Isso é uma boa prática?
Não, nem um pouco. Se você tem outro conceito, melhor usar outro nome (portanto, outra variável). Talvez fosse uma boa prática nos processadores de 8 ou 16 bits. Hoje, não mais. Só seria justificável fazer isso caso fosse testado e comprovado que em tal programa, em tal linguagem o reaproveitamento economiza bytes cruciais para o desempenho.
- Há considerável melhoria em consumo de recursos (memória, compilação, execução), ou seja, quanto menos variáveis declaradas, melhor o código em termos de consumo de recursos ou performance?
Não também. Cada variável pode ocupar uma quantidade diferente de recursos. Não vai ser economizando variáveis que você vai conseguir melhorar o desempenho, seja de compilação, seja de execução.
Além do mais, se você criar funções pequenas, você não precisará se preocupar com reaproveitar variáveis, pois tudo aquilo que você não retornar deixará de existir no fim da função (ou logo depois, assim que o garbage collector rodar)!
Lembre-se que um byte não ocupa o mesmo que um Object, que não ocupa o mesmo que um MemoryMappedFile ou Socket, então o número de variáveis é o que menos importa. No caso de arquivos ou sockets, o que economizaria recursos seria fechá-los (com .close() ou algo equivalente) assim que não fossem mais usados. Reaproveitar a variável teria um efeito insignificante, pois o que realmente consome/libera recursos são os procedimentos de abrir/fechar os arquivos ou conexões.
Outro exemplo que explica por que não reutilizar variáveis são os JITs: se o compilador JIT observar que você apenas declarou function f() {...}, ele poderá chamar a função de forma eficiente com poucas verificações adicionais. Entretanto, se no mesmo código você fizer f = 1.0;
ou delete f;
o código precisará ser desotimizado para primeiro verificar o tipo de f, chamá-la se for uma função ou gerar "f is not a function" ou "f is not defined" caso contrário. Esse é um dos motivos por que o "use strict" do JavaScript proíbe o programador de redefinir elementos essenciais da linguagem (como eval
ou arguments
) e de chamar delete em algumas situações. Situações muito dinâmicas são um empecilho para otimizadores.