Os exemplos primeiro e último na prática são idênticos se você estiver usando só C# como linguagem na sua aplicação. Não especificar o que capturar indica que está capturando Exception
. Ou seja, qualquer exceção. Existe uma diferença em um caso.
Se você estiver usando C++ ou outra linguagem que permite lançar qualquer coisa (uma string, um número, uma estrutura de dados qualquer) e mandar o C# capturar esta exceção, vai funcionar no primeiro exemplo. Como ele não especifique o que pegar, pega qualquer coisa. Mas não funcionará no último exemplo, afinal você está especificando que quer exceções do tipo Exception
e, é claro, todas as exceções herdadas direta ou indiretamente da Exception
.
O C# só permite lançar exceções deste tipo e suas derivadas. Então um catch
sem especificação pegará qualquer exceção lançada pelo C#, que é o mesmo que um catch (Exception ex)
.
Você sempre deve usar throw;
.
Quando você emite um throw ex;
você está parando a exceção ali fazendo alguma operação (no seu caso nem isto está feito mas vou considerar que é apenas para ser um exemplo) e depois lança outra exceção dali em diante. Ele perde a informação de onde veio realmente original a exceção real e lança uma nova. É como se tivesse ocorrido um problema novo. Dificilmente existirá um caso onde isto é desejável. No seu exemplo você provavelmente capturará uma exceção mais específica e lançar uma Exception
que é a exceção que você capturou e muito geral que não é desejável (eu respondo muito sobre isto, minha resposta mais recente sobre o assunto é a Há algum inconveniente em sempre capturar Exception
e não algo mais específico?, lá tem um link para outras respostas).
Emitindo apenas o throw;
você está repassando a mesma exceção para frente, então outro trecho do código (onde existe um catch
) poderá capturar e saber o que fazer com a exceção original preservando todas informações necessárias, principalmente o stack trace.
Sempre que você lança uma exceção ela vai parar onde achar o primeiro catch
. Embora raro, isto pode ser logo no mesmo método que a exceção foi lançada, pode ser no método chamador, pode ser no método anterior, e o anterior a ele e assim vai, até que pode ser no Main()
e até mesmo se não encontrar um catch
em lugar algum vai cair em um catch
implícito "escondido" pelo ambiente. Quando você lança um throw não dá para ter certeza onde ele será capturado a não ser que seja uma aplicação muito pequena desenvolvida só por você e não costuma acrescentar coisas novas nela.
O único lugar que uma exceção para é um catch
(claro que um finally
não deixa de ser um catch
. Eu diria que isto é válido para qualquer linguagem, pelo menos é para todas que eu conheço.
Note que se você usar o código apresentado na pergunta em código real ele não faz nenhum sentido. Não tem porque você capturar uma exceção, não fazer nada com ela e repassá-la pra frente para outro catch
tomar alguma providência.
Achei um exemplo no SO que ajuda entender melhor:
using System;
using static System.Console;
public class Program {
public static void Main(string[] args) {
try {
ThrowException1(); // line 19
} catch (Exception x) {
WriteLine("Exception 1:");
WriteLine(x.StackTrace);
}
try {
ThrowException2(); // line 25
} catch (Exception x) {
WriteLine("Exception 2:");
WriteLine(x.StackTrace);
}
}
private static void ThrowException1() {
try {
DivByZero(); // line 34
} catch {
throw; // line 36
}
}
private static void ThrowException2() {
try {
DivByZero(); // line 41
} catch (Exception ex) {
throw ex; // line 43
}
}
private static void DivByZero() {
int x = 0;
int y = 1 / x; // line 49
}
}
Veja funcionando no ideone. E no .NET Fiddle. Também coloquei no GitHub para referência futura.
A saída seria:
Exception 1:
at UnitTester.Program.DivByZero() in <snip>\Dev\UnitTester\Program.cs:line 49
at UnitTester.Program.ThrowException1() in <snip>\Dev\UnitTester\Program.cs:line 36
at UnitTester.Program.TestExceptions() in <snip>\Dev\UnitTester\Program.cs:line 19
Exception 2:
at UnitTester.Program.ThrowException2() in <snip>\Dev\UnitTester\Program.cs:line 43
at UnitTester.Program.TestExceptions() in <snip>\Dev\UnitTester\Program.cs:line 25
Notou que o segundo com throw ex;
perdeu uma informação importante de onde realmente a exceção ocorreu? E aí você fica como "barata tonta" tentando achar alguma coisa em um método. Claro que pode parecer fácil achar o erro mas lembre-se que este é um código simples de exemplo, pode ser que você perca vários níveis de chamadas de métodos, que os métodos sejam mais complexos.
Código CIL gerado quando usa um throw ex;
:
catch [mscorlib]System.Exception {
IL_000b: stloc.0
IL_000c: nop
IL_000d: ldloc.0
IL_000e: throw
}
E com throw;
:
catch [mscorlib]System.Exception {
IL_000b: stloc.0
IL_000c: nop
IL_000d: rethrow
}
A instrução real a ser executada é bem diferente. O primeiro código lança uma exceção de uma forma normal usando como argumento o que estiver na pilha e o segundo faz uma operação completamente diferente. Explicitamente está relançando a exceção ativa (note que não é carregado nenhum argumento com a instrução ldloc
como é feito no exemplo anterior).