Determinar qual método utilizar em cada situação sempre é uma discussão delicada. A implementação deve ser conforme as necessidades e limitações do projeto.
Inclusive os métodos, mesmo previstos em uma especificação, RFC 7231, podem variar conforme a aplicação. Pode existir uma API que utiliza o método GET para gerar um novo registro, POST para excluir, etc. Porém, obviamente, imagina a confusão que seria documentar e utilizar essa API? Quanto menos comportamentos estranhos sua aplicação possuir, mais fácil será de utilizá-la.
Sem saber os detalhes do seu projeto, somente com o que foi detalhado na pergunta, vejo duas possíveis soluções:
- Utilizar o método PATCH;
- Criar um recurso próprio;
Mas cada um com suas peculiaridades:
Ao utilizar o método PATCH para emitir a nota fiscal, certifique-se de nunca utilizar o mesmo método para mais nada; caso contrário encontrará problemas. O método PATCH costuma-se ser utilizado para atualizações parciais de um recurso. Bem como disse, a emissão da nota alteraria apenas o status da nota e, de certa forma, faria sentido fazer a emissão no PATCH. Mas e se você precisar alterar outros campos da nota fiscal? Uma forma seria você fazer a emissão da nota somente quando o status da mesma é alterada de um valor qualquer para emitida - e, por favor, use transações aqui. Assim, se fosse para alterar qualquer outro campo, tal como o NCM de um produto, caso necessário, você poderia fazê-lo sem se preocupar se a nota seria emitida ou não.
Mas eu vejo um possível problema com esta abordagem: e se, por algum motivo, uma nota fiscal for emitida manualmente e você deseja apenas alterar o status para emitida? Se definir o status para emitida, o seu sistema tentará emití-la de novo - você pode até tratar o retorno de duplicidade da nota e ignorar o erro, mas é um comportamento estranho para um sistema tentar emitir uma nota já emitida. Alguém de fora, que não participou do projeto do sistema, ao tentar atualizar o status não esperaria que a nota fosse emitida - ela quer alterar parcialmente o recurso, apenas, não emití-la.
Neste caso, eu sugeriria a segunda abordagem: criar um recurso próprio apenas para a emissão da nota fiscal:
POST /api/emissoes/ HTTP/1.1
id=1
Desta forma, você poderia utilizar o método POST para criar uma nova emissão e, assim, já deixa em aberto para possíveis/prováveis implementações futuras de um histórico de emissões. Você pode criar uma tabela no banco de dados onde você armazena a nota fiscal emitida e o retorno obtido do SEFAZ. Com o método GET, você pode obter o retorno de uma determinada emissão ou uma lista de várias emissões a fim de gerar relatórios.
Sem contar que você poderia utilizar o método PATCH para emitir cartas de correção e DELETE para cancelamento de notas, por exemplo.
Mas, ressaltando, que você, que é responsável pelo projeto, que conhece todos os requisitos e limitações, que deverá saber o que é melhor. No chat, por exemplo, questionaram-me se em um endpoint que só aceita GET/POST/PUT, como poderia ser feito uma atualização parcial que seria feita no PATCH. Como possivelmente faria menos sentido criar um endpoint somente para fazer a atualização parcial do recurso, sugeri a utilização do próprio PUT, com um parâmetro adicional indicando se a atualização deverá ser parcial ou não. Nem sempre é a melhor solução, mas para o problema apresentado, parece ser.
E não custa lembrar que existem muitas aplicações que sobrevivem apenas com GET/POST, pois o formulário do HTML é incapaz de enviar outro tipo de requisição.
Nota: aliás, se for uma API de uso interno da empresa, nada te impede de criar métodos HTTP personalizados - desde que o ambiente esteja devidamente configurado. Por exemplo, poderia criar um método chamado EMIT e fazer a requisição: EMIT /nota-fiscal/1 HTTP/1.1
. Só não é recomendado utilizar isso em APIs públicas, pois nem todos os clientes podem suportar métodos personalizados.
/api/emissao/<id>
e fazer um POST para uma nova emissão. Além disso, você pode criar uma tabela no banco para gerenciar as emissões e manter um histórico de tentativas - útil para quando dá erro na emissão.