Um processo de desenvolvimento Ágil é aquele que observa o Manifesto Ágil, ou seja: respeita seus valores e aplica seus princípios em busca de seu objetivo.
E o objetivo é dado pelo primeiro princípio do Manifesto:
Satisfazer o cliente através da entrega adiantada e contínua de software valioso.
Pode ser difícil ou mesmo inviável imprimir todos os valores e princípios do Manifesto na formalização de um processo, por isso espera-se que o resultado seja obtido da assimilação do Manifesto como uma filosofia ou cultura, mais do que do respeito a detalhados processos formais. Afinal o próprio Manifesto "valoriza mais indivíduos e interações do que processos e ferramentas".
Este, que é o primeiro valor do Manifesto, não deveria ser usado como argumento para não se utilizar processo nenhum, pois o próprio Manifesto nasceu a partir de processos que já eram empregados por seus autores na época.
Os exemplos mais célebres de processos Ágeis são o Scrum e o Extreme Programming, cada um deles bastante aberto e cheio de lacunas que permitem serem otimizados para cada ambiente (ou piorados para cada ambiente). O Scrum foca mais no nível de gestão do projeto e o XP se aprofunda mais na engenharia do software, promovendo "práticas ágeis" como TDD e Continuous Integration.
Existem, é claro, muitos outros processos Ágeis e cada dia alguém cria mais um.
Você também pode criar o seu. A rigor, basta respeitar os valores e aplicar os princípios através de práticas e comportamentos, com foco na "satisfação do cliente através da entrega adiantada e contínua de software valioso".
Quanto ao detalhe de como deve ser a documentação, o Manifesto também fala sobre isso:
Valorizamos mais software funcionando do que documentação abrangente.
Então seu processo Ágil deveria obserar este valor também.
Em suma, um requisito para se implantar um processo Ágil, seja de mercado ou proprietário, é estudar e assimilar o Manifesto, aceitando-o em sua essência.