É uma pergunta bastante genérica. Ideal é que você monitore constantemente estatísticas de desempenho de seus bancos de dados e da infraestrutura que os suporta, assim pode medir o impacto das quedas de desempenho e correlacionar eventos que as possam ter causado, assim você ataca a origem do problema.
O que o Genivan disse na outra resposta é fato, você precisa manter seus VACUUMs e ANALYZEs rodando periodicamente, mas isso já é feito automaticamente pelo PostgreSQL e na maioria dos casos as configurações padrão são suficientes. Uma alteração nesses parâmetros deve ser feita com motivos, e para isso é necessário estudo do caso específico.
Algumas sugestões para você identificar melhor o que acontece com o seu banco:
- Não sei qual versão do Postgres você está usando, mas não custa dizer: considere uma atualização de versão.
- Aprenda a utilizar as views de estatísticas do PostgreSQL: pg_stat_activity para ver as queries que estão sendo executadas no momento presente; pg_stat_bgwriter para ver como está o uso do buffer de memória do Postgres; pg_stat_all_tables (e ..._indexes) para ver contagem de operações, últimas manutenções e outras estatísticas de suas tabelas e índices; pg_statio_all_tables (e ..._indexes) para ver estatísticas de uso de disco de suas tabelas e índices, entre outras.
- Aprenda a usar ferramentas de análise de log como o pgBadger e configure o parâmetro log_line_prefix do Postgres para gerar metadados úteis para análise. Você pode utilizar o parâmetro log_min_duration_statement para definir um tempo de query que considere aceitável, assim as execuções mais lentas são automaticamente registradas no log.
- Ative outros parâmetros de log que possam te dar uma luz. Alguns exemplos: log_checkpoints te ajuda identificar a saúde do seu buffer, log_lock_waits te diz se suas queries estão concorrendo entre si, log_temp_files te informa se muitos arquivos temporários estão sendo gerados pelas queries, o que indicaria memória insuficiente ou mal configurada.
- Colete constantemente o uso de recursos de seu servidor: CPU, memória, I/O, volume de trocas de contexto, volume de memória alocada em cache de filesystem... Diversas ferramentas podem fazer isso, minha favorita é o bom e velho sysstat, com execuções periódicas do coletor
sar
agendadas na crontab
. Não sei se há equivalente para Windows.
- Considere utilizar o módulo contrib pg_stat_statements, para coletar estatísticas de execução de suas queries em tempo real.
De posse dessas informações, há várias coisas que talvez você acabe descobrindo sobre seu uso do PostgreSQL, como por exemplo:
- A lentidão começa a acontecer após a execução de uma query específica que retorne muitos registros, concomitante a um aumento no volume de I/O, e melhora com o passar do tempo: pode significar que a query ofensora tome todo o shared_buffers para ela e assim todas as outras precisem usar o disco de forma mais intensiva para realizar seu trabalho. Pode ser necessário aumentar o parâmetro, ou reescrever a query, particionar tabelas, etc. de forma a utilizar menos memória.
- A contenção ocorre sempre nos mesmos horários: pode haver alguma tarefa agendada que tome todos os recursos do banco para ela, ou gere locks em objetos fazendo com que suas outras queries esperem sua liberação.
- O tempo de espera por I/O aumenta significativamente sem que haja necessariamente um grande volume de trabalho para executar, e sua solução de armazenamento é compartilhada com outros servidores: outra de suas VMs está usando esse recurso físico, sem deixar nada para o seu PostgreSQL.
- O volume de arquivos temporários gerado por suas queries lentas é muito grande durante a lentidão, que por sua vez ocorre "no final do expediente", antes de eventuais rotinas de expurgo: o parâmetro work_mem pode estar subdimensionado, sendo necessário uso de disco para manipular grandes volumes de dados quando as tabelas estão mais "cheias".
- Queries corretas em tabelas bem indexadas estão preferindo sequential scans em vez de index scans: pode ser que o planejador do banco esteja com estatísticas de cardinalidade muito antigas, indício de que não estão sendo feitos muitos ANALYZEs nessa tabela.
São infinitas as possíveis causas quando se fala em lentidão de bancos de dados, pois são muitos os fatores envolvidos. A minha intenção com esta resposta foi, sobretudo, deixar claro a importância de coletar estatísticas de desempenho e de conhecer o ambiente com que se está trabalhando.