Acredito que as soluções anteriormente propostas funcionem nos maiores compiladores atualmente (testei apenas com gcc 11.2.0
), mas VLAs (Variable-Length Arrays, em tradução livre Vetores de Tamanho Variável) só são obrigatórios na especificação C99. Seu suporte desde C11 é opcional e, portanto, pode haver compiladores que não implementam essa funcionalidade e mesmo os que o fazem podem deixar de fazer.
Uma solução diferente daquelas e que deve funcionar em qualquer compilador C é a que utiliza alocação dinâmica de memória. Ela se baseia em, como o nome sugere, reservar novos espaços na memória (heap), à medida que necessário.
Segue o código exemplo:
#include <stdio.h>
#include <stdlib.h> // malloc / calloc
// É sempre válido definir um limite para a quantidade de elementos que você
// quer armazenar em memória, especialmente quando esse valor vem do usuário,
// de forma a evitar potenciais problemas devido ao mal gerenciamento de
// memória. Para mais informações: https://pt.wikipedia.org/wiki/Aloca%C3%A7%C3%A3o_din%C3%A2mica_de_mem%C3%B3ria_em_C#Problemas
#define MAX_N_CATEG 10
// Usamos `typedef` para dar um nome ao nosso tipo `struct categoria_st`. Por
// acaso eu defini esse nome como `categoria_st`, mas poderia ter usado qualquer
// outro que não fosse uma palavra reservada da linguagem
typedef struct categoria_st {
char nome_categ[25];
int num_subcateg;
char subcateg_st;
} categoria_st;
int main() {
int n_categ = 0;
categoria_st *cat; // Ponteiro para `categoria_st`
// Para evitar problemas, garantimos que `n_categ`:
// - É positivo
// - É menor ou igual que `MAX_N_CATEG`
while (n_categ <= 0 || n_categ > MAX_N_CATEG) {
printf("Quantas categorias queres adicionar? Escolha um valor entre 1 e %d (0 para sair)\n", MAX_N_CATEG);
scanf("%d", &n_categ);
// Damos ao usuário uma forma de sair do programa sem prosseguir
if (n_categ == 0) {
return 0;
}
}
// Esta é a segunda linha mais relevante do código. Aqui acontece a alocação
// dinâmica de memória. A função `calloc` pede ao Sistema Operacional uma
// quantidade de memória livre com espaço suficiente para armazenar `n_categ`
// elementos do tipo `categoria_st`. Após recebida essa memória, ela é
// inicializada com `0`. Podemos entender essa segunda etapa como uma
// "limpeza" do conteúdo anterior naquele espaço de memória que, para o nosso
// programa, era "lixo" (desnecessário, não fazia sentido).
//
// Outro ponto importante é o início da expressão do lado direito da
// atribuição, `(categoria_st *)`. Esta expressão é usada para fazer uma
// conversão explícita de tipos. A função `calloc` retorna o tipo `void *`,
// um ponteiro para `void`. Em poucas palavras, um ponteiro para `void` é,
// essencialmente, um ponteiro para um endereço de memória específico, sem
// informação de tipo, e que pode ser atribuído a qualquer tipo de ponteiro.
// Ao realizar a conversão explícita estamos tirando qualquer margem de dúvida
// do compilador sobre nossa intenção com essa atribuição: nós queremos um
// ponteiro para uma região da memória que vai armazenar dados do tipo
// `categoria_st`.
//
// Uma opção diferente seria usar a função `malloc`, com sintaxe similar:
// cat = (categoria_st *)malloc(n_categ * sizeof(categoria_st));
// Note que para a função `malloc` é passado apenas um argumento com o tamanho
// total de memória desejado. Outra diferença é que a função `malloc` não
// "limpa" a memória reservada para a nossa variável.
cat = (categoria_st *)calloc(n_categ, sizeof(categoria_st));
// Checamos se a memória foi armazenada e entregue ao nosso programa com
// sucesso. Caso contrário, `cat` terá o valor `NULL`, uma macro definida
// em diversos cabeçalhos da linguagem, entre eles `stdio.h` e `stdlib.h`,
// cujo valor, em C, é, normalmente, `((void *)0)` ou `0`. De qualquer forma,
// seu valor é avaliado como `falso`.
// Para mais informações sobre `NULL`: https://en.cppreference.com/w/c/types/NULL
if (!cat) {
printf("Houve um erro ao reservar memória para as categorias.\n");
return 1;
}
// Aqui vem sua lógica. Você pode usar o operador `[]` pra acessar "posições"
// diferentes dentro de `cat` de forma análoga a um vetor.
//
// Em https://pt.stackoverflow.com/a/91368/76558 há uma comparação bem
// completa sobre ponteiros e vetores, expondo semelhanças e diferenças.
for (int i = 0; i < n_categ; ++i) {
cat[i].num_subcateg = i;
}
// Esta é **a linha mais relevante do código**. Um erro muito comum e um
// grande causador de problemas em códigos com alocação dinâmica de memória
// é não liberar a memória anteriormente reservada. No limite, isso pode levar
// a uma falha por falta de memória disponível para o programa ou mesmo a
// falta de memória para o Sistema Operacional, dependendo do tipo de programa
// em questão. Liberar memória reservada é imprescindível.
//
// Neste caso, como sabemos que, se o programa chegar aqui, `cat` estará
// apontando para um bloco válido de memória, não inclui a validação. Porém,
// é boa prática checar se o seu ponteiro aponta para um bloco de memória
// válido antes de liberá-lo. Isso pode ser feito com:
//
// if (cat) {
// free(cat);
// }
//
// Outro ponto importante é não liberar o mesmo bloco de memória duas vezes.
// Isso levará a um erro em tempo de execução.
free(cat);
return 0;
}
Incluí a maior parte da explicação como comentário no código, mas vou deixar as fontes inclusas aqui para mais fácil referência: