Trocando em miúdos o que disse o Bacco brilhantemente em sua resposta, o termo se refere àquele momento ou ponto único (de singular, por isso o termo Singularidade) na história em que a tecnologia (focada em AI - inteligência artificial) se tornaria tão avançada ao ponto de que as máquinas passariam a ter uma auto-capacidade de processamento e previsibilidade infinita, de modo que elas deixariam de ser apenas escravas baseadas em instruções e passariam a tomar decisões mais amplas e ilimitadas, de forma superior e incompreensível à capacidade humana.
No cinema tal situação foi abordada de forma fictícia em filmes como Matrix (1999), O Exterminador do Futuro (1984), A.I - Inteligência Artificial (2001), entre outros.
Alguns renomados cientistas já previram tal evento décadas atrás. Para citar alguns, como o conhecido matemático Alan Turing:
Em seu artigo de 1951 intitulado Intelligent Machinery: A Heretical
Theory, Alan Turing escreveu sobre máquinas que eventualmente
superarão a inteligência humana:
"Uma vez que o método de pensamento da máquina tenha começado, não
demorará muito para ultrapassar nossos fracos poderes. ... Em algum
momento, devemos esperar que as máquinas assumam o controle, da
maneira que é mencionada no Erewhon de Samuel Butler ".
Outro famoso cientista americano Vernor Vinge, introduziu o termo singularidade tecnológica na edição de janeiro de 1983 da revista Omni de forma especificamente ligada à criação de máquinas inteligentes:
"Em breve criaremos inteligências maiores que as nossas. Quando isso
acontecer, a história humana atingirá uma espécie de singularidade,
uma transição intelectual tão impenetrável como o espaço-tempo atado
no centro de um buraco negro, e o mundo passará muito além do nosso
entendimento. Essa singularidade, acredito, já assombra vários
escritores de ficção científica. Isso torna impossível a extrapolação
realista para um futuro interestelar. Para escrever uma história de
mais de um século, é preciso uma guerra nuclear entre ... para que o
mundo permaneça inteligível".
Mais tarde, desenvolveu mais o conceito em seu ensaio The Coming Technological Singularity (1993):
"Dentro de trinta anos, teremos os meios tecnológicos para criar
inteligência sobre-humana. Pouco depois, a era humana será encerrada.
[...] penso que é justo chamar esse evento de uma singularidade. É um
ponto em que nossos modelos devem ser descartados e uma nova realidade
é válida. À medida que nos aproximamos cada vez mais deste ponto, será
mais vasto e mais vasto sobre os assuntos humanos até que a noção se
torne um lugar comum. No entanto, quando finalmente acontece, ainda
pode ser uma grande surpresa e um maior desconhecido".
É importante enfatizar que, para Vinge, a singularidade pode ocorrer de quatro maneiras:
- O desenvolvimento de computadores que estão "acordados" e
superhumanamente inteligentes.
- As grandes redes de computadores (e seus usuários associados) podem
"acordar" como uma entidade super-humanamente inteligente.
- As interfaces computador / humano podem tornar-se tão íntimas que os
usuários podem razoavelmente ser considerados super-humanamente
inteligentes.
- A ciência biológica pode encontrar maneiras de melhorar o intelecto
humano natural.
Como o assunto é amplo e interessante, para não ficar muito extenso, termino a resposta por aqui. Espero que tenha ajudado um pouco mais na compreensão.
Usei como fonte de pesquisa o site abaixo, que ainda provê 17 definições do termo relacionando seus respectivos cientistas:
https://www.singularityweblog.com/17-definitions-of-the-technological-singularity/