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Qual a diferença entre esses elementos? e qual a importância de cada um, e a relação entre eles? Qual é gerado a partir de qual? e como são gerados/criados esses elementos?

1 Resposta 1

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A diferença depende do contexto.

Seed:

A seed é simplesmente um longo conjunto de bytes uniformemente aleatórios usados para criar as chaves. Ela pode ser mostrada em formato de texto, como o mnemonic phrase, mas isto não é obrigado e nem uma exigência.

Se tem uma seeed, qualquer derivação desse seed, com o mesmo valor, será fixa. As carteiras de criptomoedas geram novas chaves sempre que usa um endereço anterior, os motivos disto estão fora de questão.

Dessa forma precisamos de uma maneira fixa de gerar infinitas chaves, por isso é usado a seed, porque assim conseguimos fazer F(seed, 1), F(seed, 2), F(seed, n). Os resultados serão sempre iguais para mesmo n e seed, mas tendo apenas o resultado deles não informa qual é a seed e nem o n usado.

O Hierarchical Deterministic Wallets é mais complexo do que isto, devido a existência da Public Master Key, inclusive que o torna vulnerável. Mas, ignorando essas exigências, uma seed pode ser utilizada como HASH(seed + n) ou HMAC(seed, n), inclusive isto é parte da construção da HD.

Chaves:

As criptomoedas utilizam DSA, no caso do Bitcoin (e a maioria das outras) se utiliza o ECDSA com a curva Secp256k1. Se você for capaz de assinar a transação com uma chave condizente com o endereço, então você pode mover os fundos.

Portanto é preciso criar uma (ou mais) chave privada. A criação pode usar ou não a derivação da seed. Cada transação que for feita você terá que usar a chave privada para assina-la.

Endereço:

O endereço é simplesmente uma forma de enviar os fundos para alguém que no futuro provará ser dono do endereço. Mas, você não precisa utiliza-la, de duas maneiras.

Isto é mais complexo, porque cada criptomoeda tem sua própria forma. Irei utilizar o Bitcoin como exemplo, em especifico.

Nele você tem o P2SH e o P2PKH. O primeiro deles diz que você quer pagar para um ScriptHash, cada transação do Bitcoin possui o Script, onde utiliza o OPCodes.

Então, você paga para a hash do Script. Ele pode ser um multi-sig, isso é, várias pessoas devem assinar aquilo para a transação ser válida. Portanto, quando você envia para um endereço deste tipo, o proprietário da carteira irá enviar o Script e enviar as assinaturas. A verificação se dar verificando se o Script coincide com as assinaturas (e outras definições do Script) e se a hash do Script condiz com o endereço em questão.

Em caso geral, você vai utilizar o P2PKH, que é simplesmente um endereço com a hash da chave pública. Neste caso o proprietário da carteira consegue provar sua posse informando assinando e enviando a chave publica, se tudo coincidir você tem posse.

O formato do endereço varia, no caso do Bitcoin usa o Base58, mas isso não é geral e não vem ao caso. Os endereços também possuem um checksum, para evitar erros de digitação, no caso do Bitcoin é alguns bytes do SHA256.

Você pode enviar fundos diretamente pela chave publica (não o endereço) sendo então um P2PK (não P2PKH), além disso você pode queimar suas moedas usando o OP_RETURN, onde não envia para ninguém. Essas são as duas formas, que conheço, para não usa-lo.

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