Tem alguns pontos que discordo da resposta do @WallaceMaxters, assim como a resposta do @egomesbrandao também não me agradou como um todo. Vou dar uma explanada rápida de como funciona o esquema de pastas e arquivos de um repositório git
e então evidenciar o porquê a afirmação do @egomesbrandao está correta e o porquê que a solução do @WallaceMaxters atende à pergunta.
Também não vou me ater a repositórios bare, a leitura do texto da resposta deve ser feita com isso em mente.
O git
trabalha identificando arquivos, a partir da raiz do repositório (o local onde está situado o diretório .git
). A identificação de um arquivo, no entanto, não é feito da tradicional forma dos sistemas de arquivos convencionais, mas é mais semelhante ao que a Amazon utiliza no S3.
Então, para o .gitignore
da respostas do @WallaceMaxters, o git
identifica esse arquivo pelo nome /logs/.gitignore
. É tanto que mudanças no posicionamento/nome do arquivo o git
sugere que você mudou o arquivo x
para o arquivo y
, independente da mudança ter sido só um renomear arquivo dentro do mesmo diretório, ou ter movido para outro diretório mantendo o nome, ou mesmo mudança de nome e de diretório.
Esse modo de identificação de arquivos implica que não existe o conceito de diretório (dentro da identificação interna do git
pelo menos). Um dos impactos disso é que você não precisa se preocupar em manter os diretórios. Mover todos os arquivos de /outer/inner/deep
para /outer/inner
implica que, quando for dado o próximo clone
, a pasta /outer/inner/deep
não existirá. E você não precisou falar isso explicitamente.
A inexistência desse conceito de diretórios no git
é a essência da resposta do @egomesbrandao, assim como é também a origem de um dos problemas originais da pergunta.
A solução proposta pelo @WallaceMaxters trata de se aproveitar da melhor maneira desse modo de operação do git
. Internamente, pastas não existem. O que existe é identificador do arquivo com barras no meio. Em compensação, ao "extrair" esses arquivos e colocá-los no sistema de arquivos real, diretórios são criados para que o "nome com os diretórios" seja o mesmo do nome interno usado pelo git
.
Meu ponto da discordância da resposta do @WallaceMaxters é: ao dar git add logs
, você não adicionou o diretório (pois esse conceito não existe), mas sim TODO o conteúdo relevante dentro do diretório apontado. O .gitignore
, no caso, é um arquivo oculto em sistemas de arquivo Unix, então a impressão dada é de que o diretório foi criado vazio. Para manter a estrutura do diretório, qualquer arquivo bastaria. Ocultos seriam melhores.
A solução do @WallaceMaxters aponta também para a questão de manutenção do conteúdo vazio da pasta logs
no sistema de arquivos real (com a exceção do .gitignore
, claro). Por isso que o arquivo escolhido para "povoar" a pasta foi o .gitignore
, pois além de ser oculto (ideal para fazer o diretório existir) ele também impede o reconhecimento de novos arquivos.
Em muitos locais é comum usar um arquivo .gitkeep
vazio. Diferentemente da resposta do @WallaceMaxters, o arquivo .gitkeep
não tem interpretação especial, portanto não há porque colocar algo dentro dele. A diferença dessa alternativa é que o diretório onde ele se encontra não será imediatamente ignorado. Essa solução foi usada nesta resposta.