Ambos padrões tratam da forma como você controla sua camada de persistência em um projeto orientado a objeto em bases relacionais. Os dois padrões foram propostos por Martin Fowler no livro "Patterns of Enterprise Application Architecture". Tentando explicar os padrões:
Active Record
No Active Record o objeto possui suas operações básicas de CRUD nele mesmo. Dessa forma, fica mais fácil consultá-lo. Exemplificando em PHP seria mais ou menos assim:
class Customer
{
// Necessário injetar a base aqui
protected $db;
// Propriedades do objeto (colunas)
public $id;
public $name;
public function __construct(PDO $db) {
$this->db = $db;
}
public function do_something() {
$this->bar .= uniqid();
}
public function save() {
if ($this->id) {
$sql = "UPDATE customer SET name = :bar WHERE id = :id";
$statement = $this->db->prepare($sql);
$statement->bindParam("name", $this->name);
$statement->bindParam("id", $this->id);
$statement->execute();
}
else {
$sql = "INSERT INTO customer (name) VALUES (:name)";
$statement = $this->db->prepare($sql);
$statement->bindParam("bar", $this->name);
$statement->execute();
$this->id = $this->db->lastInsertId();
}
}
}
Em minha classe de negócio, para manipular esse objeto, é simples, bastaria chamar os métodos dele mesmo, sem delegar para uma classe terceira. Por exemplo.
class BusinessLogic {
public function saveNewCustomer() {
$customer = new Customer($db);
$customer->name = 'Meu Cliente';
$customer->save();
}
}
Data Mapper
Já no Data Mapper sua classe não possuirá nenhum método relativo ao CRUD ou suas operações. Somente haverá possíveis getters e setters dos atributos (dependendo da linguagem) e alguns métodos como clone()
, toString()
e outros, se necessário. Dessa forma esse objeto fica mais "limpo".
Sendo assim, para trabalhar com um objeto no padrão Data Mapper, você deverá passar o objeto para uma classe terceira que realizará as operações implementadas (geralmente um DAO).
Vamos exemplificar:
// Classe só com os atributos
class Customer {
public $id;
public $name;
}
E então um DAO que realizará as operações em cima do objeto Customer
.
class CustomerDAO {
// Necessário injetar o banco ou conexão aqui
protected $db;
public function __construct(PDO $db) {
$this->db = $db;
}
public function saveCustomer(Customer &$customer) {
if ($foo->id) {
$sql = "UPDATE customer SET name = :name WHERE id = :id";
$statement = $this->db->prepare($sql);
$statement->bindParam("name", $foo->name);
$statement->bindParam("id", $foo->id);
$statement->execute();
}
else {
$sql = "INSERT INTO customer (name) VALUES (:name)";
$statement = $this->db->prepare($sql);
$statement->bindParam("name", $foo->name);
$statement->execute();
$foo->id = $this->db->lastInsertId();
}
}
}
E na minha classe de negócio:
class BusinessLogic {
public function saveNewCustomer() {
$customer = new Customer();
$customer->name = 'Meu Cliente';
$dao = new CustomerDAO($db);
$dao->saveCustomer($customer);
}
}
Finalizando
Bom, eu não vou falar qual é melhor ou pior. Ambos padrões tem suas vantagens e desvantagens. Eu já trabalhei com ambos. Em Java com Data Mappers e em Ruby on Rails com Active Record. Teste os dois. Há diversos frameworks em diversas linguagens. Veja alguns em PHP:
PHP - Active Record
A maioria dos frameworks PHP implementa sua própria solução Active Record. O CakePHP também assim. Além do Cake tem alguns outros:
Da uma olhada, se puder, no Active Record do Ruby on Rails.
PHP - Data Mapper